Kagome POV's
Na tarde daquele mesmo dia...
- Você não vai me alcançar! – disse rindo.
- Keh! Você acha que foge de mim? – Ele pulava, quase me alcançando, senti seu toque roçar minha coxa esquerda por cima de minha zubon e num movimento de esquiva consegui desviar dele. Acabando por fazê-lo perder o equilíbrio e caindo com a cara no chão. Ri alto e o ouvi resmungar. – Sua maldita, como ousa?! – parecia uma criança emburrada.
- Você que não tem equilíbrio! – Saltei até uma árvore e me sentei, esticando as pernas no galho, dobrando depois uma acima da outra e encostando o corpo no tronco. – Venci outra vez! – disse vitoriosa.
Ele pulou na minha frente fazendo o galho balançar e ouvi o ranger dos dentes dele.
- Você trapaceou! – cruzou os braços e me fiz de desentendida.
- Não acredito que disse isso! – cruzei os meus também.
- Keh! Não me engana com esse teatro... – olhou-me de rabo de olho.
- Prova então que fiz de propósito?
Ele ficou quieto e amarrou a cara, depois sorriu de canto e fez uma cara de inocente.
- Seu equilíbrio é bom agora, não é?
- Sim, melhor que o seu! – desconfiei das palavras dele.
- Vamos testar então! – balançando o galho freneticamente. Eu me segurava enfiando minhas garras na madeira.
- Páraaaa! – pedi.
- Me mostre que é melhor!
- Bakaaaa!
Enfim perdi o equilíbrio e cai sentada, ele ria de mim enquanto se segurava igual à um macaco, com uma mão apenas e o corpo pendido balançado levemente.
- Tonta! Isso é vingança por rir da minha cara. – soltou-se e caiu de pé na minha frente.
- Hunf... – virei a cara e fiz o mesmo que ele fizera antes, franzi o cenho e cruzei os braços.
- Ora... Se não foi uma vitória minha agora... Eu não sei o que foi! – Abaixou-se, forçando-me a olhá-lo.
- Baka... – falei baixinho.
- O que? O que disse? – provocou-me, pois é lógico que havia escutado.
- Ba-ka! – falei.
- Me chama de "baka" mais uma vez... Vai...! – ameaçou, mas disse isso enquanto erguia meu rosto e se aproximava. Sentia a respiração dele já se misturando a minha. – Fale...! – roçou de leve os lábios nos meus, sem me beijar.
Eu não iria cair de novo em suas armadilhas, então fiz uma cara séria e levantei-me tranquilamente.
- Não vou perder tempo com você. – Me virei e me pus a andar em direção do estábulo do castelo.
- Oe! Kagome...! – a voz dele com certeza combinava com a cara de espanto.
- "Ele caiu..." – ri internamente.
- Kagome! – me alcançou e pegou meu braço, me virando. – Desculpe... Você se machucou...? – pensando que de fato eu tinha me machucado na queda.
- Você não viu como eu cai? – fechei os olhos para não vê-lo, mas eu quis muito rir da cara dele, e bom... Ele percebeu.
- Teme... Omai... – me puxou sem dó pela cintura e me deu um beijo. Mordendo o meu lábio inferior. Depois parou e ainda com os lábios roçando aos meus, disse: – Você está bem esperta para uma hanyou recém transformada...
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Inteiros
RomanceKagome se sentia deslocada. Sabia que faltava algo, uma parte de sua história. Mas, sua mãe não contava sobre seus antepassados, das quais envolviam os poderes espirituais e envolvimento com youkais que a tanto intrigavam... Porém, sua curiosidade a...