A Coroa Perdida (Em Revisão)

Prólogo.

"O tempo criou a vida e a morte, e com isso criaram o universo."

— Vão e criem a vida por todo o universo, matem e destruam tudo e a balança estará em equilíbrio. — disse o tempo.

Bilhões de anos depois...

Eu nasci no continente Larcadia, aqui como em qualquer lugar desse mundo tem muitas criaturas mágicas e bem diferentes, eu sou um mercenário, não me leve a mal, eu cumpro minhas missões para sobreviver ao dia a dia. Eu cresci em um orfanato, não conheci meus pais e soube que eles foram mortos pelos elfos, basicamente eu não me importo com isso e só penso em mim. Nós mercenários, temos dois códigos: "Não abandonarás a missão em que lhes foi dada, independente de qual". Então eu jamais poderei cancelar um contrato de missão que eu assinei, e outra, cada um sabe seus limites e riscos. O outro código é: "Nunca trairás". Nós temos um rank de mercenários e missões cumpridas, quanto mais alto for o rank da missão mais recompensado você será e poderá subir o rank, os 10 primeiros mercenários do rank, são os mais fortes do mundo. É uma comparação entre o céu e a terra. Eu aceitei uma missão que mudará meu destino para sempre, uma missão Rank-A. O objetivo era simples. Eu teria que matar um cara chamado Raynard, eu não sei do por que o rank dessa missão ser tão alta, só para matar uma pessoa, então parece muito fácil e também suspeita. 

Depois de rasgar o cartaz eu fui conversar com o organizador de missões e ele me disse que esta missão realmente tem esse rank e não tinha nada de errado, eu não pude acreditar mas já que está no cartaz não vou duvidar, fui falar com o conselheiro para assinar o contrato, assim que fui andando até o salão de contrato um dos dez estava lá, era o Carrasco. Assim que olhei para ele, comecei a soar de nervoso, ele realmente era uma pessoa temível. Nem sei se posso chamar aquele ser de humano, ele me passava uma sensação de puro terror e medo, parecia que tinha uma faca apontada para o meu pescoço, eu estava tomado pelo medo e angustia... Fui andando em direção ao conselheiro e assinei o contrato, algumas missões não tem tempo para expirar, como está. 

Então aproveitei por bastante tempo, fui em alguns bares, arrumei boas brigas, transei com boas mulheres, também fui ao orfanato que eu cresci por que aliás, eu devo muito a eles, quando eu tinha 8 anos eu era bem encrenqueiro e arrumei muita confusão e isso acabou custando muito dos fundos do orfanato e por isso eu costumo visitar lá e divido meu dinheiro com doação para o orfanato, assim eles poderão criar sempre de crianças que tiveram um passado assim como o meu, eu posso parecer um cara frio e durão mas eu não sou tão ruim assim.

O garoto procurado está na cidade de Regar, eu fui até a cidade e lá era bem bonito, tinha bastante entretenimento, eu sou uma pessoa bastante avoada, e acabei esquecendo do contrato, esse é o mal dos contratos que não tem data para expirar, e eu sou uma pessoa bem esquecida. 

— Será que devo ir naquele lugar? — perguntou o mercenário.

A cidade era próspera e comecei a observar coisas esquisitas acontecendo, acho que essa é a famosa cultura de Regar, pareciam que as lendas eram verdadeiras, os gigantes totens pela cidade, uma enorme fogueira no meio dela, e pessoa cultuando os seus deuses, bom... Não que eu me importe mas acho isso meio idiota, idolatrar entidades que já nos abandonaram a muito tempo.

— Ham? — No passar de uma silhueta.

Perplexo, uma sombra bem rápida passou pelo canto de seus olhos, como sou um mercenário, eu tenho um senso bem aguçado, todos nós mercenários passamos por um treinamento bem rígido, para podermos lidar com as missões sem muita dificuldade, eu resolvi seguir imediatamente a suposta sombra.

— O-oque? Ele está fazendo? — se perguntou o mercenário.

O cara do cartaz da minha missão estava diante de mim, por pura sorte não vou precisar ficar procurando-o, mas ele não estava sozinho, quem é esse outro cara? Eu não posso deixa-lo fazer nada com minha presa.

— Droga a situação complicou, eles não parecem nem um pouco aliados. — o mercenário preocupado com o que irá acontecer.

Raynard não parecia preocupado com a hostilidade do oponente, será que eu devo interferir, mas o que eu vou dizer? — "Eu vim matar você Raynard". — pensei. Será que dará certo?

— Eu vim matar vocês dois, saia daí mercenário — disse o desconhecido bem convicto.

— Ora, como você sabia que eu estava aqui? — refutou o mercenário preocupado.

Os dois me viram saindo de trás de uma velha casa, o que será que tá pegando com esses caras? eu só vim cumprir minha missão.

— Haha... — ele deu uma pequena risada.

Me veio uma coisa parecida em meus pensamentos, já aconteceu algo parecido no passado, e antes que eu pudesse pensar qualquer coisa, o desgraçado partiu pra cima de nós dois, em um instante só deu pra eu ver o brilho de sua adaga, por puro instinto de sobrevivência puxei minhas duas adagas e me defendi, enquanto defendia o ataque desse cara estranho, Raynard o atacou mas... Esse cara veio realmente preparado, ele puxou duas adagas também e defendeu o ataque de Raynard.

— Merda, seu desgraçado, quem é você? — disse o mercenário cauteloso com a situação.

Esse está encapuzado, não tem como ver nada, e ele é bem forte por ter conseguido atacar e defender o ataque de outro cara, impressionante... Não acredito que logo na minha missão acontece uma coisa tão complicada desse jeito, tenho uma ideia.

— Raynard, corre para o lado dele, vamos fazer um ataque sincronizado, você consegue? — falou ele bem baixo com ele.

— Parece uma ótima ideia! — afirmou Raynard.

Eu não acredito que isso vai dá certo, mas não custa tentar atacar juntos, fomos então atacar, agora que me veio na cabeça do por que essa missão ter um rank alto, talvez eu não fosse o único a ir atrás desse cara, outros caçadores de recompensas também estão envolvidos, que problema. Partimos para cima dele, eu deslizei no chão para cortar as pernas dele, e o Raynard o atacou por cima, esse Raynard é um rapaz bem ágil, ele entendeu perfeitamente o plano, na investida que ele deu, logo chegou ao oponente a frente, em seguida com minha adaga e a espada dele acertamos em cheio.

O homem encapuzado conseguiu desviar de meu ataque pulado, mas quando ele percebeu o Raynard já estava encima dele, o manto que guardava sua identidade logo rasgou, era um cara bem estranho, tinha longos cabelos negros que pareciam a noite mais densa e seus olhos eram vermelhos parecido com o sangue. Ele tinha uma pele pálida e um expressão gélida, após este nosso ataque ele recuou. Eu vejo que esse Raynard vai me dar bastante problema, bom... Talvez ele sirva de grande ajuda, ele é bem novo e é bem forte, parece que está em desenvolvimento ainda, acho que seria bom trazer esse cara para o nosso lado ao invés de mata-lo e desperdiçar um talento e tanto.