Prólogo

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Alice

Acordei cedo, precisava ir para a faculdade, estava cansada demais, pois cheguei tarde da festa. Após, três anos em uma relacionamento tóxico, com um cara escroto. Uma noite inteira e a metade da madrugada, em uma festa, é o mínimo que eu mereço né.

Me levantei e fui tomar um banho, eu estava com uma imena dor de cabeça, por causa da ressaca, mas não podia faltar a faculdade, por causa da merda, das provas.

Coloquei uma blusa preta, listrada na  manga, da Adidas; um short jeans e um tênis Vans. Soltei meu cabelo, e só penteei um pouco, não passei nada de chapinha ou algo do tipo, estava acordada pela força do ódio.

- Bom Dia. - Falei dando um beijo na bochecha da minha mãe e dando um tapinha na cabeçada minha irmã.

- Bom Dia meu amor. - Minha mãe disse devolvendo o beijo.

- Ai que susto. Me avisa quando for aparecer, tenho problema de coração. Tá parecendo uma caipora, com esse cabelo todo pra cima - Isabel disse colocando a mão no peito esquerdo, fingindo estar passando mal.

- Vai se fuder. - Falei mandando o dedo do meio pra ela. Ela riu

- Olha a boca mocinha. - Minha mãe disse sentando ao nosso lado na mesa.

- Tome Ali, fiz seu ovo mexido com bacon. Do jeitinho que você gosta. - Dolores, nossa funcionária, disse me entregando meu prato Como eu a amo, ela é tão doce.

- Obrigada meu amor. - Falei dando um beijo na bochecha dela.

- Venha, sente-se conosco Doli. - Isabel disse puxando uma cadeira para a nossa cozinheira se sentar.

- Não, eu não posso. Quem sou eu para me sentar com vocês? - Ela disse envergonhada.

- Não seja tola, sente-se Dolores. Eu insisto. - Minha mãe disse sorrindo.

- Vai, senta Dô. - Falei pegando ela pela mão.
- Tá bom. Mas será rápido. - Ela disse tímida.

- Rápido nada. Você pode demorar o tempo que for necessário. - Isabel disse entregando um prato a ela. - E você, Alice. Amarra esse cabelo, senão irá assustar a Dolores. - Concluiu me olhando com um sorriso no rosto.

- Garota! Você é insuportável. - Falei encarando ela. Isabel, é a minha irmã mais nova, ela tem 16 anos. Muitos dizem que ela é parecida comigo, só que ao invés de cabelos loiros, os dela são castanhos, e ao invés de olhos verdes, os dela são azuis. Eu não me acho, nem um pouco parecida com essa peste. Eu sou um amor, e ela é um "anjo" (Pra não falar ao contrário), que Deus mandou na minha vida, para testar a minha paciência.

- Não fale assim, Bel. Sua irmã é linda. - Dolores disse me dando um beijo na testa.

- Linda sou eu, ela é no máximo arrumadinha. - Se gabou. - Olhe só para os meus olhos, são azuis como o mar. E os dela, são verdes, como diarreia. - Ela sorriu para mim. Como eu tinha vontade de matar aquela praga.

- Mãe, eu vou bater nela. - Falei ignorando-a e olhando para a minha mãe.

- Parem de bobeira, vocês já estão bem grandinhas, sabia? - Minha mãe disse olhando para nós duas. - E outra. Não está na hora das mocinhas irem estudar? - Olhou no relógio em seu pulso.

- Vou entrar mais tarde hoje. - Falei colocando a mão na cabeça. - Tô com uma ressaca enorme. - Conclui dando um gole no meu café.

- E você? - Ela virou-se para Isabel que estava encostada na pia.

- Eu já estou indo. - Bel disse colocando o copo na pia. - Sister, me dá uma carona? - Ela disse me olhando.

- Não! Sou feia demais pra isso. - Falei fazendo um coque em meu cabelo.

- Feia? Por favor, você é linda sis. - Ela disse vindo até mim e massageando minhas costas.

- Sai daqui, sua falsa. - Empurrei-a devagar, fazendo a mesma rir.

- Vamos logo, não posso me atrasar. - Bel disse pegando a mochila de cima da cadeira e se despedindo da minha mãe e da Dó. - Tchau pra você também, Cristóvão. - Ela sacudiu a mão, em sinal de "Tchau", para o nosso mordono. Que andava, sempre de cara fechada, mas no fundo, eu sabia que ele tinha um coração bom.

- É. Vão, e você Alice, tome um remédio antes de sair. Ninguém merece ficar o dia inteiro com dor de cabeça, e da próxima vez que você beber assim, você vai ver. - Minha mãe disse me entregando um comprimido.

- Ela vai apanhar? Pelo amor de Deus, diga que sim. - Isabel disse com um olhar brilhante e um sorriso extremamente largo.

- Se caso eu empurrar ela, pela janela do carro. Foi sem querer. - Falei e minha mãe riu.

- Ah, e não se esqueçam. Que mais tarde, iremos ao Shopping comprar presentes para o Ben. - Minha mãe disse e eu acenti.

- 34 aninhos do meu irmão favorito. Que orgulho! - Isabel disse, por incrível que pareça, sem deboche.

-Ele é seu irmão favorito? - Perguntei levantando a sombrancelha.

- Sim, ele me criou né? - Ela disse e eu acenti. Realmente, o Ben era o cara mais foda do mundo.

~

Sai correndo da faculdade, peguei Bel na escola e fomos em direção ao shopping, encontrar com nossa mãe.

- Graças a Deus vocês chegaram. Eu já estava preocupada. - Minha mãe disse vindo ao nosso encontro. - Se demorasse mais um pouco, eu chamaria a polícia. - Conclui.

- Por quê eres tão dramática mamãe? - Bel perguntou e eu ri.

- Tenho que concordar com a pirralha, não demoramos nem meia-hora. - Falei rindo.

- Sou mãe né. Me preocupo! - Ela disse nos abraçando na frente de todo mundo. - Ai minhas bebês, amo tanto. - Ela nos apertava e beijava.

- Mamãe, para! Está nos envergonhando. - Bebel disse tentando sair do abraço.

- Mãe, tem amigos meus da faculdade aqui. - Falei tentando empurrar ela.

- Não tenha vergonha da mãe de vocês, aposto que esses jovens adorariam ter uma mãe presente. Como eu. - Ela se gabou.

- Aposto que não. - Bel disse me fazendo rir.

Uns meninos bonitinhos passaram por nós, e a dona Margot, não queria nos soltar. Estávamos cada vez, mais vermelhas.

- Está mulher é louca. Eu não a conheço! - Isabel disse olhando para os meninos.

- Eu sou mãe delas rapaizinhos. - Ela disse indo até os meninos e estendendo a mão. - Prazer, se interessou mas minhas filhas? - Perguntou sorridente.

- Elas são muito lindas senhora, parabéns. - O menino moreno, dos olhos cor de mel disse sorrindo gentilmente. O sorriso dele, era lindo. Mas pelo o que eu percebi, ele era menor. Os três pareciam, pra falar a verdade.

- Okay né. Vamos mamãe? A festa do Ben é começa as 19:00. - Bem disse puxando a minha mãe.

- Ás 19:00? Mas que festa adulta, começa às 19:00? - Perguntei indignada.

- As festas organizadas pela mãe e pela Kat. - Ela disse revirando os olhos. - A festa começa às 19:00, e termina às 21:00. Muito divertido! - Ela debochou

- Festa boa é assim. Acaba cedo, assim ninguém acorda com dor de cabeça. - Mamãe disse e Bel bufou.

- Ah claro. Ótimas! Tô me sentindo uma criança da pré escola. - Ela disse e eu ri.

Fomos em várias lojas, atrás do presente perfeito. Depois de horas, e horas procurando... Finalmente, cada uma comprou o que achava melhor.

Agora precisávamos voltar correndo, não podíamos perder a festa.

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