CAPÍTULO SETE

961 76 10
                                    

Jimin's Point of View

Devo confessar que não esperava que Jungkook fosse me buscar no Inferno, quer dizer, no colégio. Não que esteja reclamando, longe de mim repudiar a chance de irritar o meu paizinho. Mas bem que ele podia ter chegado depois que eu já tivesse esfolado com um pau atolado no meu rabo, não é?

Puta sacanagem!

Fiquei quietinho no banco de trás do carro do papai com o mesmo sentado na outra extremidade. Sentei como se fosse um garotinho obediente, com as pernas juntinhas e as mãos no colo e o olhar para a frente. Fazendo a plena, e ignorando o fato do homem sentado a meu lado se encontrar realmente puto para um senhor caralho. Fiz a egípcia.

Quando chegamos na minha humilde casinha, esperei ele descer e seguir na frente sem nem dirigir o olhar a mim, antes de seguí-lo, bem caladinho, para dentro. Ele passou direto por todos os homens, que imediatamente foram se curvando em reverência ao chefe. Me controlei para não revirar meus olhos e continuei em frente. Jungkook levou nós dois até o meu quarto que, eu não sei como, ele sabia que era o meu.

Assim que abriu a porta, ele me deu a passagem para entrar na frente. Eu fiz isso, olhando para sua face que seguia encarando longe de mim.

Caminhei em direção a minha cama e virei-me para encará-lo esperando sua bronca ou até mesmo uma surra, qual provavelmente preparara para mim.

Mas ele continuava do lado de fora, os olhos varrendo por todo o meu quarto e a mão ainda segurando a maçaneta.

"O senhor não vai entrar, paizinho?” Eu disse, em tom ácido. Finalmente o mais velho me encarou. Seus olhos se encontravam mais escuros e intensos do que eu me lembrava, furiosos, mas oblíquos.

Ele me lançou um sorriso escarnioso e me encarou de cima a baixo.

E então, fechou a porta consigo fora e, de repente, eu ouvi o som da tranca.

“JUNGKOOK!” Eu gritei, correndo até a porta e constatando que sim, estava trancada. Aquele filho de uma puta de merda havia me trancado no quarto.

“Considere um voto de misericórdia, Jeon Jimin. E espero que pense muito na ceninha ridícula que protagonizou hoje. Terá bastante tempo para isso.”

Dito isso, o imbecil ignorou todos os meus gritos e chamados e saiu, pois o som de seus sapatos denunciara isso.

“SEU FILHO DA PUTA DO CARALHO!” Berrei, chutando a porta com força e correndo em direção às janelas então. Apenas para receber uns acenozinhos dos homens do meu pai, indicando as ordens dele de me manter preso ali.

Ah, mas ele ia ver só quando eu fosse solto dali.

— 🌿
Alguém esperava por isso? Hahaha!
Mas calma que não acaba por aí, ein!

Meu pai é um traficante!Onde histórias criam vida. Descubra agora