shooting stars and cigarettes

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leiam com a música da mídia a partir do "✰" até o final, é apenas instrumental e não atrapalha na leitura, além de fazer toda a diferença! dê replay até o final se necessário, e boa leitura <3

O paracetamol, também conhecido por acetaminofeno, é um fármaco com propriedades analgésicas utilizado essencialmente para tratar a febre e a dor leve à moderada. Pode servir como um ótimo analgésico aos rins quando doloridos e infeccionados, mas está associado a problemas renais, ressaltado quando o remédio é tomado em elevadas doses e durante vários anos, principalmente quando não é necessário no organismo.

Esse era o caso de Eddie. Paracetamol era apenas uma em várias drogas que Sônia o fazia ingerir desnecessariamente, para concretizar na cabeça do filho uma falsa doença. E ao invés de curar algo que nem ao menos existia, criava mais enfermidades e insuficiências no corpo do pequeno Kaspbrak, destruindo-o internamente com aquelas pílulas perniciosas.

— Muito bem, Edward! Sua pressão está cada vez mais estável. Está tomando os remédios direitinho? – o doutor disse ao final de uma consulta doméstica naquela manhã.

— Estou sim, Doutor Uris! – o garoto respondeu com um sorriso largo no rosto. Estava mentindo, porque como na noite anterior, não tomou todos os remédios ao longo da semana. Apenas ingeria os mais agradáveis ao seu paladar, que coincidentemente eram os quais ele realmente precisava, e os que Sônia adicionava sem necessidade eram descartados em um único toque na descarga do vaso sanitário.

— Doutor, o Stanley pode ficar um pouco aqui em casa? Por favorzinho – juntou suas mãozinhas no ato de piedade e súplica.

— Tudo bem, Eddie. Vou atender um senhor aqui na vizinhança também, quando voltar eu busco ele, ok? – Sr. Uris bagunçou os cachos de Eddie antes de sair.

Sua mãe deixou-os a sós, para forjar a receita feita pelo médico sem nenhuma criança bisbilhoteira por perto. Eram só os dois garotos na cama, e um falatório exagerado de Kaspbrak sobre seu novo amigo.

— Eu juro, Stan! Ele veio da lua!

— Na lua não há vida, Eddie. Acho que você já aprendeu isso...

— Eu também pensava isso, mas não há outro lugar que ele pode ter vindo. E ele me confirmou isso!

Stanley bateu a mão na testa, balançando negativamente a cabeça. Achou melhor não insistir em contrariar a imaginação fértil do amigo.

— Ta, mas qual o nome dele?

— Richie. Não é um nome bonito?

— "Richie" o que?

— Ele não me disse o sobrenome dele. Na lua eles têm sobrenome como a gente? Ou é algo tipo "Richie Lunático" ou "Richie Bola De Queijo"?

Stan não aguentou e soltou uma gargalhada, encostando suas costas na superfície do colchão. Adorava conversar com Edward pelas pérolas que seus diálogos proporcionaram.

— Do que está rindo?

— Nada, Eddie... não é nada. Mas ele é legal pelo menos? Para estar fumando no telhado de alguém acho que a sua "vida na Lua" não anda muito boa.

— Ele é demais! Quer dizer, não conversamos muito ainda, e eu estava com um pé atrás pois era um estranho. Mas Richie prometeu voltar hoje, e trazer HQs do Capitão Sideral! A vida dele não deve ser chata lá, Stan, mas acho que ver o céu e o astro que ele mora daqui embaixo deve ser bem legal.

Eddie dizia isso pois nem sabia sobre a metade dos problemas de Richie Tozier.

𝐌𝐎𝐎𝐍 𝐁𝐎𝐘,  𝗿𝗲𝗱𝗱𝗶𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora