002 ✧ arón.

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— “Última chamada para o vôo 056, destino Honolulu, Havaí.” – a voz de uma mulher repetia no auto falante, ecoando por todo aeroporto.

Li a última mensagem de Daphine e respirei fundo, sentindo minha consciência pesar um pouco, mas tentei ignorar essa sensação e guardei meu celular no bolso, logo indo em direção à área de embarque.

Desde que minha carreira começou a decolar como nadador profissional, Daphine não tem lidado muito bem com a minha falta de tempo. Devido aos campeonatos e publicidade, eu não dou mais tanta atenção a ela como antes, e isso tem afetado muito o nosso relacionamento. Nada mais é como antes entre nós dois, parece que não nos reconhecemos mais, e eu me sinto mal por isso.

Decidi deixar isso de lado por um tempo e me concentrar em achar o meu acento no avião. Quando o encontrei, havia um menininho na cadeira ao lado, junto com sua mãe, que estava na próxima. Dei um sorriso pequeno, como cumprimento, recebendo outro em troca logo depois. Coloquei minha mala de mão no compartimento acima do meu acento e me sentei.

— Eu quero o papai! – o menino disse, cruzando os braços.

— Filho, já conversamos sobre isso. – a mulher disse baixo e me olhou, parecendo um pouco constrangida. — Desculpe. Aconteceu um problema com o check-in e o meu marido teve que sentar longe da gente. – levantei as sobrancelhas, como se tivesse entendido.

— Tudo bem, eu entendo. – sorri, simpático. — Eles erram o tempo todo em relação a isso.

— Nem me fale, já é a segunda vez que acontece com a gente.

— Eu quero o papai! Eu quero o papai! – o garotinho falou outra vez, só que mais alto.

— Dá para controlar seu filho, moça? – ouvi uma voz masculina ao meu lado e olhei na direção, vendo um homem sentado na outra fileira; éramos distanciados apenas pelo corredor.

Ele era aquele tipo de homem que tem tendência a ficar careca, mas não quer admitir, então continua deixando o cabelo – que não tem – crescer, resultando em uma cabeça cheia de tufos de cabelo. Ridículo. Suas olheiras eram extremamente carregadas, dando uma primeira impressão horrível para qualquer um.

— Algum problema? – arqueei uma sobrancelha.

— Eu não gosto muito de voar, então fico muito ansioso, e ele não está ajudando muito. – apontou para o menino ao meu lado e deu um sorriso falso.

Ah, pronto. Era só o que me faltava. Ter que aturar um cara escroto agora.

— E isso é motivo para constranger mãe e filho? – uma expressão surpresa tomou conta do rosto do homem, e o mesmo ficou sem uma resposta. — Tem tampões de ouvido no banco. Aproveite o vôo. – devolvi o sorriso falso e revirei os olhos, logo voltando para a minha posição normal.

— Obrigada. – a mulher disse. — Você é jovem, mas é muito gentil. – brincou e eu soltei um riso.

Ouvi alguém fungando, e logo percebi que era o garoto ao meu lado, ele estava chorando. Deu para perceber que a moça ficou de coração partido quando viu seu filho assim.

— Qual é o assento do seu marido? Eu troco de lugar com ele. – ela me olhou com os olhos brilhando.

— Sério? – eu assenti.

Ela me disse onde seu marido estava, e eu logo peguei minha mala, mas antes de começar a andar, o cara escroto dirigiu a palavra à mim, me fazendo olhar para o mesmo.

— Vai procurar um assento ao lado de outro viadinho? Mulheres não são muito sua praia, não é? – disse, num tom hostil.

Respirei fundo, controlando a vontade de acertar um soco na cara desse merda. Olhei para o macho e esbanjei um sorriso irônico.

— Sabe qual é o meu maior medo? – perguntei e ele me olhou confuso. — Acabar como você. Um velho estressado, com uma homossexualidade incubada e disfunção erétil. – dei dois tapinhas em seu ombro e me dirigi até meu novo assento, não dando a chance do cara responder.

O marido da moça estava sentado entre uma senhora e uma garota loira que lia um livro, deixando seu rosto fora de vista. O homem agradeceu por eu trocar de lugar e foi de encontro com sua família; e então, eu pude, finalmente, sentar e curtir a viagem.

Bom, isso foi o que eu pensei que iria acontecer.

A loira ao meu lado tirou o livro da frente do rosto para virar uma página e, de primeira eu olhei e não acreditei, mas depois observei melhor e lá estava ela.

— Leah?! – a garota me olhou e aderiu a mesma expressão chocada que a minha.

O que você está fazendo aqui?! – exclamamos em uníssono.

eu tava escrevendo essa fanfic e me deu uma vontade ENORME de trocar o nomekkkkkkkkkkk, vcs acham que eu devo ou é só fogo no rabo mesmo????

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eu tava escrevendo essa fanfic e me deu uma vontade ENORME de trocar o nomekkkkkkkkkkk, vcs acham que eu devo ou é só fogo no rabo mesmo????

xoxo; lia.

𝐓𝐑𝐀𝐏 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐓𝐑𝐈𝐏, arón piper.Onde histórias criam vida. Descubra agora