Carollyne Beckster nunca foi de acreditar em "destino", até seu caminho se cruzar com o de Jack Clyfert.
Estava "destinada" pelos seus pais a se casar com Derik Morning, sem ao menos ama-lo.
Foi em sua emocionante fuga que acabou se deparando com...
Jack levara Carollyne para uma lanchonete onde costumara ir em seus momentos tediosos. Pedira duas xícaras de café e seguidamente se sentara à frente da moça. Ela possuía um charme que ampliara as pupilas de sua melanina, de algum modo ele tinha em mente que poderia ajuda-la.
_Pela sua finura, creio que não seja daqui.-Ele abriu um sorriso, eram dentes certamente alinhados e perfeitos, uma qualidade realmente previsível.
_Realmente...vim do interior nobre. Estou na procura de um hotel. -Jack arregalara os olhos. No interior nobre moravam apenas famílias consideradas divinas, as mais ricas da cidade, é claro, para um pobretão como ele, aquela informação era de tamanho interesse. Tudo era como uma novidade.
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_Como?! O que uma rica moça como você optaria por ficar nestas terras?
_Digamos que eu tenha fugido de casa...-Carollyne retribuiu o sorriso, observou os olhos azúis profundos do garoto que estara na sua frente.
Jack havia compreendido tudo. A garota gastou poucos minutos para resumir os acontecidos. O garoto a admirara pela coragem de enfrentar seus familiares daquela forma, se fosse com ele, faria o mesmo. Jack não queria ter um destino designado pelas pessoas, queria moldar o seu futuro com suas escolhas.
_Como pretende pagar um hotel? -Ele perguntara.
_Vou vender minhas joias...tenho certeza que o valor delas são altíssimos...-Jack observara Carollyne olhando para o seu colarinho, percebera que o valor daquele objeto não era só em euros, mas por algum motivo tinha enorme importância pra ela.
Jack pensara. Tua tia, Amália adoraria a presença de uma hóspede em sua humilde morada. Talvez, seus primos se empolgariam ao conhecer alguém de outro lugar. Eles eram uma família simples e não se importavam em prestar ajuda.
_Ei. Você não precisa vender nada se não quiser. Eu posso te abrigar comigo por um tempo...Desculpa, é simples para uma "dama" como você, não precisa aceitar...
Carollyne percebeu que ele estava envergonhado, o interrompeu.
_Não me trate como uma dama! Eu não me importo com dinheiro, ou onde tu moras. É uma proposta incrível!
A humildade dela contagiara Jack.
_Mas... não vai ser um encômodo da minha parte?
Jack sorriu.
_Vai dar certo. -ele segurou na mão dela. -_Eu não vou deixar uma moça bonita como você andar sozinha por aí nas ruas.
O olhar dos dois se encontraram. Carollyne encontrou conforto e percebeu perfeitamente que podia compartilhar sua confiança em Jack.
