Our Only Hope (Titans)

04. Someone From The Past.

Autora's Point of view.

Já deveriam ser umas 16:00 horas da tarde e lá estavam Dick, Hope e Jason em uma viagem para Milwaukee.

Como mencionado antes, Dick iria sozinho a Milwaukee verificar se seu amigo Clay estava vivo, mas a chegada dos "titãs" havia mudado seus planos e depois de um longo debate interno, ele decidiu trazer os dois com ele.

Mas ele logo se arrependeu dessa decisão.

— Já estamos chegando? — Hope pergunta pela centésima vez ao seu lado.

Eles estavam caminhando pelas ruas de Milwaukee já a algum tempo, e para a heroína parecia que nunca ia chegar ao destino final

— Estamos quase lá. — Dick respondeu com os olhos fixos no celular.

Hope bufou e colocou as mãos no bolso da jaqueta e se encolheu com o frio.

— Por acaso estamos procurando o portal pro fim do mundo? Estamos andando a horas e parece que nunca chegamos a lugar nenhum. — Ela reclamou novamente.

— O lugar se chama corvo... — Dick disse, guardando o celular no bolso. — É algum tipo de boate ou sei lá. Clay, o cara que estamos procurando, é o segurança de lá.

— Que pena... — Lamentou Jason, colocando um de seus braços sobre os ombros da namorada. — Seguranças são babacas.

— O Clay não é. Por que você diz isso?

— Meu Tio Ray custumava me levar pros bares com ele quando eu era criança. Ele era legal, mas sempre arrumava confusão e os seguranças nos expulsavam.

— Seu Tio Ray é o verdadeiro babaca da história, Jason. — Hope disse.

— Onde estão seus pais? — Dick perguntou.

— Um no norte, outro no sul, e o Tio Ray morreu de overdose quando eu era criança. — Jason respondeu, fazendo Hope suspirar baixinho.

— Pra onde você foi?

— Muitos lugares.

Hope afastou o braço de Jason de seus ombros e começou a caminhar na frente. Dando graças a deus quando viu a placa escrita "O Corvo" em letras azuis.

Dick parou ao lado dela e bateu duas vezes na porta de ferro. Não demorou muito até que uma pequena abertura se abrisse revelando os olhos de um homem.

Dick tirou seu distintivo do bolso e mostrou ao homem, que por sua vez, abriu a porta por completo.

— Clay Williams está aqui hoje?

— Ele está no salão vip.

— Obrigado, e eu vou levar a garota comigo.

Hope sentiu os dedos de Dick se entrelaçarem nos seus, a puxando pra dentro com ele.

Jason tirou uma identidade falsa do bolso e mostrou ao homem que barrou sua entrada.

Ignorando o ocorrido, Dick continuou puxando Hope para dentro até estarem no meio da escada.

— Okay, por que eu estou aqui?

— Porque, lá fora é perigoso e eu não quero que você se machuque. — Disse ele.

Hope parou no meio da escada, sua boca estava aberta formando um "O" e em seu olhar havia surpresa.

— Então agora você resolveu se importar?

Dick parou onde estava e a olhou brevemente, logo voltando a andar.

— Eu nunca parei de me importar, Hope.

Um sorriso começou a crescer no rosto da garota, mas ela logo tratou de escondê-lo, assim como escondia seus reais sentimentos.

Ela o seguiu até o salão principal, onde pessoas de idades variadas dançavam, bebiam e se pegavam.

De certa forma, ela nunca esteve em um bar ou uma boate antes. Ela só queria soltar a mão de Dick e correr para a pista de dança e dançar até lhe dizerem "Chega", mas infelizmente, ela não podia.

Afinal, tinha uma vida para salvar.

Ao se aproximarem do salão vip eles viram o mesmo homem das fotos parado em frente a faixa vermelha.

— Aquele é ele?

— É.

Os dois caminharam, ainda de mãos dadas, até onde Clay estava.

Clay mantinha sua expressão seria no rosto, enquanto Dick parecia uma criança assistindo ao seu desenho favorito.

— Olá. Como fazemos pra entrar no salão vip? — Dick pergunta com inocência.

— É só dizer a senha. – Clay continua sério.

Dick acentiu, ainda sorrindo, e logo depois trocou um olhar com Hope que esperava ansiosamente pelo reencontro.

— Circo Haley.

Clay então arregalou os olhos olhando o rapaz em sua frente da cabeça aos pés.

— Dick?

Dick acentiu confirmando sua identidade. Clay avansou pra frente e pegou Dick em seu colo o balançando no ar.

— É você não é? — Perguntou fazendo uma careta estranha.

— Sim, sou eu e eu tô sem ar.

Clay logo colocou Dick no chão, pedindo várias desculpas. Hope permaneceu onde estava, rindo de toda aquela situação.

— Quem é sua amiga? — Perguntou ele com um sorriso simpático.

Hope deu um passo a frente, estendendo sua mão para cumprimentá-lo com um sorriso amigável.

— Eu sou a Hope, Hope Wayne.

— Clay Williams, é um prazer conhecê-la, senhorita. — Respondeu ele, apertando a mão dela como comprimento.

— Igualmente.

Clay tirou a atenção da garota e voltou a olhar para Dick, o sorriso em seu rosto foi desaparecendo aos poucos ao perceber os olhares serios dirigidos a ele.

— É realmente muito bom revê-lo, Dick. Mas, por que vocês estão aqui? — Perguntou.

Com um longo suspiro, Dick lhe respondeu.

— Precisamos conversar, Clay.