CAPÍTULO VIII

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LUCCA FRACHELLI

Emma estava demorando no banho e decidi apresá-la, quando abri a porta, estava toda ensaboada e cantarolava algo, fiquei ali alguns minutos a observando.

Emma Manzulli era linda, dona de uma beleza surreal, capaz de arrancar olhares por onde passava. Seu corpo, esse então, escultural! Apesar de ela ser baixinha, suas curvas eram maravilhosas, e eu era sortudo em tê-la.

Enquanto estava envolto em meus pensamentos, vi Emma me olhando sem entender o que eu estava fazendo ali, foi então que avisei que o jantar estava pronto, e que ia esperar por ela na cozinha. Após fechar a porta e caminhar em direção a sala vi que a caixa havia sido aberta, e a curiosidade falou mais alto. Sentei na cama e comecei a ler os papéis que estavam espalhados pela colcha, e a cada palavra eu sentia meu estômago revirar.

O ódio percorreu meu corpo quando li a palavra Londres, a mudança de Emma não seria para São Paulo, como eu havia sido estupido. Claro! No dia do jantar ela queria me falar algo, e lembro que não falou. Enquanto estava ali, atônito lendo todas as informações que estavam no papel não percebi que ela havia terminado seu banho. Quando finalmente comecei a juntar as peças, vi Emma enrolada na toalha, parada me observando, eu apenas fixei meu olhar no seu e aguardei.

Quando finalmente Emma falou, com sua voz doce, senti meu estômago revirar.

- Amor, olha pra mim... eu sinto muito, mas deixa eu te explicar. – Sua voz estava embargada e eu sabia que a qualquer momento ela iria desabar em lágrimas.

- Estou esperando, Emma. – O ódio havia tomado conta de mim, e eu sentia meus músculos tensos, como eu pude ser tão burro?!

- Eu não sabia como te contar sobre Londres... amor, deixa eu... – Era nítido que havia uma explicação, mas eu não queria ouvir mais nenhuma mentira que ela pudesse contar.

Já não estava conseguindo controlar minha raiva, foi então que gritei em sua direção:

- SÉRIO EMMA?! ENTÃO VOCÊ APENAS PREFERIU ACEITAR MEU PEDIDO DE CASAMENTO, VOCÊ IA ME CONTAR QUANDO? QUANDO ESTIVESSE DENTRO DO AVIÃO? OU MELHOR, QUANDO ESTIVESSE NA SUA NOVA RESIDENCIA EM LONDRES?

Antes que ela pudesse me responder, me levantei e sai a passos largos do seu apartamento. Enquanto dirigia em direção a minha casa ouvi meu celular tocar diversas vezes, deveria ser ela. Não queria falar, não com o ódio que estava sentindo. Foi então que vi o número da Rebecca me ligando, o que aquela pessoa inconveniente queria tão tarde comigo?! Atendi e sem rodeios perguntei:

(ligação)

📱Lucca: Fala Rebecca, aconteceu algo?

📱Rebecca: Chefinho, preciso que venha até o Tribunal... é algo urgente.

Aquela voz enjoada me irritava e hoje eu já estava sem paciência! Foi então que fiz o retorno e fui em direção ao TJ, para ela me ligar tão tarde, provavelmente algo havia acontecido. Quando cheguei lá só havia a luz do meu gabinete acessa e a luz do corredor, Rebecca estava sentada em sua mesa e fez sinal para que fosse até ela.

Minha cara de poucos amigos falava por si só, puxei uma cadeira, me sentando próximo a Rebecca, que logo começou falar sobre um dos casos que eu era responsável.

Um preso havia fugido, e ela me contou exatamente o que havia acontecido, então me levantei e fui até minha sala, e liguei para todos os delegados que conhecia, pedindo para que localizassem com urgência o detento, pois ele era considerado perigoso, devido aos assassinatos em série que havia cometido.

Após diversas ligações minha cabeça havia começado doer, então pedi para que Rebecca me trouxesse um analgésico. Ela voltou com o remédio e um copo com água, e sem que eu dissesse algo, puxou a cadeira que ficava de frente com a minha mesa e sentou-se. Eu olhei sem entender e ela começou a falar:

- Você está bem chefinho? Percebi que está um pouco abatido... – Realmente aquela voz me causava enjoos, e após respirar profundamente eu respondi.

- Não Rebecca, e se quiser ir para sua casa, eu cuido do detento sozinho, até porque agora não tem muito o que ser feito. – Virei minha cadeira em direção a janela que ficava atrás de mim, e então ouvi passos quando olhei para o lado, ela estava encostada na mesa, próxima de mim e observando minhas expressões.

- Olha chefinho, trabalho há anos com você, sei que tem algo te incomodando, e meu sexto sentido diz que esse 'algo' é a Emma. Estou certa?

Não deveria misturar o profissional com o pessoal, mas tinha que desabafar com alguém, e naquele momento não tinha muita opção de escolha, então contei o que havia acontecido e Rebecca ouviu atentamente, e então voltou a falar:

- Chefinho, não estou acreditando que ela mentiu, logo para você, um homem honesto e sincero.

Ela realmente estava disposta a ganhar um aumento me bajulando daquela maneira. E então respondi:

- Emma é uma mulher determinada e isso é o que mais admiro nela, eu fiquei sim feliz por essa oportunidade, mas fiquei puto por ela ter mentido para mim! E ainda de quebra aceitou o pedido de casamento, como se realmente desse certo essa relação a distância.

- Ela agiu como uma criança mimada, isso sim! De certo modo ela não quis abrir mão de nenhum, mas ela sabia que uma hora ou outra teria que decidir entre você ou Londres.

- E no fim... ela escolheu Londres. – Disse pensativo, fixando meu olhar na vista que tinha do meu gabinete.

Foi então que senti Rebecca acariciar meu ombro, seu toque me causou repulsa, automaticamente me levantei, e fui me afastando. Ela ficou parada por um breve segundo, apenas observando eu me afastar.

Fui em direção a porta do gabinete e fiz sinal para que ela pudesse sair. Senti seus olhos passearem por todo meu corpo, e então começou a caminhar em minha direção.

Quando estava perto o suficiente, Rebecca colocou uma de suas mãos no meu ombro esquerdo, levando-a até minha nuca, eu tentei afastá-la e foi então que ela tentou me beijar, o salto que estava usando, de certa maneira facilitou que Rebecca ficasse próxima de minha boca. Em um movimento rápido a afastei, impedindo o beijo. Sua outra mão estava passeando por meu tórax, e então senti um certo arrepio. PORRA! Eu era homem, e Rebecca uma mulher atraente, mas não que fizesse o meu tipo.

Pensei em Emma, e em tudo o que havia acontecido, eu não faria isso, ainda mais com a minha secretária. Os carinhos de Rebecca continuaram e senti meu amigo ganhando vida, merda! Precisava me controlar ou então ia ferrar com tudo!

Quando percebi, as mãos dela percorriam o zíper do meu jeans, e então, eu a puxei em direção ao sofá que ficava em minha sala, sentando de uma maneira confortável e a olhei, seus olhos queimavam de desejo e eu sabia quais eram suas intenções.

Com um movimento rápido ela se ajoelhou, ficando em minha frente, seu olhar mostrava o que ela queria, e suas mãos percorriam minhas coxas motivando meu corpo a ceder, senti meu pau latejar, e então, suas mãos foram até meu zíper, abrindo e puxando minha calça em direção ao chão, quando seus olhos pousaram em minha extensão, Rebecca mordeu o lábio inferior, como se desejasse isso há muito tempo. Em um movimento ágil, ela puxou minha cueca, e soltou um gemido quando colocou suas mãos em meu membro.

Em seguida senti sua língua percorrer todo meu pau, e eu soltei um gemido. Ela realmente sabia o que estava fazendo, enrolei seu cabelo cacheado em uma de minhas mãos e comecei a conduzi-la, Rebecca soltava gemidinhos abafados, me fazendo ir a loucura com aquela boca! Sabia que não aguentaria por muito mais tempo, aquele boquete realmente estava delicioso.

Foi então que ouvi um pigarro e de repente tudo ficou turvo, vi aqueles olhos verdes me fuzilando e a partir daquele instante, o tempo passou em câmera lenta...

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