Capítulo I

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Eu havia acabado de acordar e estava olhando para o teto me lembrando e ao mesmo tempo me repreendendo pelo meu sonho. Era meu primeiro final de semana desde que as férias começaram, seis dias sem ver a minha pequena empata chapéu.

-JAMES SIRIUS WEASLEY POTTER, DESÇA JÁ AQUI! - ouvi minha mãe me gritar e decidi descer antes que ela vinhesse me arrastar pelas orelhas. Iríamos viajar, portanto não era a melhor hora para irritar Ginevra Molly Weasley Potter.

-Senhora? - perguntei assim que cheguei a cozinha e dei um beijo em seu rosto.

- Quem você vai convidar pra viajar conosco, filho? - ela disse sorrindo e indo se sentar na mesa enquanto as louças se lavavam.

- Acho que a Ana... - respondi pensando na minha melhor amiga.

- Bom dia, filho! - meu pai falou enquanto se sentava. - Bom dia, amor! - falou e deu um selinho na minha mãe. - A Ana já foi convidada, Jay.

- Ah... Quem a convidou? - perguntei tentando esconder o meu descontentamento. - Achei que eu iria convidá-la já que ela é minha melhor amiga...

- Ela era sua melhor amiga, James! - respondeu Lilly antes de dar um beijo nos rostos dos meus pais.

- Então, filho - meu pai continuou. - a Lilly chamou. O Alvo também, o Teddy, o Fred, a Roxanne, a Molly, a Victoire, a Dominique, o Louis...

- O Hugo, a Rosa, a Hermione, o Rony, o Jorge, o Gui, a Fleuma, quero dizer, Fleur, o Carlinhos, até o Percy, minha mãe e meu pai, eu, seu pai... - minha mãe continuou contando nos dedos - Enfim, a família toda - disse sorrindo - Oi Al, senta filho!

- De quem vocês estavam falando ?- perguntou o meu irmão, sentando pra tomar café também.

- Da Ana, que por um acaso é a minha melhor amiga - respondi um pouco alterado - Achei que eu a chamaria.

- Besteira! - respondeu o Alvo na mesma hora - Ela nem é mais sua melhor amiga. Esqueceu que ela tá brava com você?

- O quê você fez, James? - minha mãe perguntou bem séria.

- Verdade! Deve ter sido algo realmente sério, né? Pelo jeito que a Ana ficou... - disse Lilly me encarando.

"Essa menina é uma peste, as vezes!" - pensei.

- Então, James, o que você fez? - perguntou meu pai me encarando também.

-  Não quero falar sobre isso... Preciso tomar banho! Vejo vocês daqui a pouco. - respondi me levantando.

- Você tem uma hora e meia! - respondeu minha mãe.

Quando cheguei ao meu quarto, arrumei o resto das coisas que faltavam na minha mala e descobri que arrumar a mala é um trabalho que não ocupa a mente também e me deixou com os pensamentos livres que foram parar em Ana.
Pensei em mandar-lhe uma coruja, mas lembrei que ela deveria está á caminho.
Decidi tomar banho, o que não ajudou muito.

- James, ela é sua melhor amiga! - eu disse para mim.

- Mas, é inegável que você sente algo por ela. Algo além de amizade, ou você não estaria tendo esses sonhos... - pensei, mas nem cheguei a completar.

- Isso não tem nada haver! A Ana é minha amiga! Minha melhor amiga e nunca vai passar disso. - repeti pela milésima vez. E senti dor, infelizmente, não era física, seria bem mais fácil de lidar.

Terminei o banho e sai com uma toalha amarrada na cintura e com outra eu estava secando o cabelo, até ouvir a voz da minha mãe e de Ana.

- Já vou Tia Gina, só um segundo! Preciso dar uma palavrinha com Sirius! - ouvir a voz dela me deixou automaticamente paralisado.

- SIRIUS! - ela gritou enquanto abria a porta e entrava sorrindo no meu quarto. Meu estado de torpor aumentou, parecia que ela se movia em câmera lenta na minha frente. Ela estava com roupas trouxa, uma calça camuflada solta, uma blusa justa e tênis preto, como sempre e o longo cabelo cacheado, azul. Ela estava mais linda do que eu me lembrava.
Ela ainda estava com os braços abertos para me abraçar e viu as roupas que eu estava usando ou a falta delas. - Opa! Foi mal... Volto mais tarde! - ela começou a sair quarto com os cabelos e olhos rosa, mas eu segurei seu pulso, o cabelo dela ficou vermelho-rubi, seu rosto mais corado ainda. Meu coração disparou e fiquei com medo que ela ouvisse.

- Achei que estivesse praticando as transformações com o Teddy. - eu disse sorrindo.

- Estou. Remo tem muita paciência comigo, de verdade! - ela disse sorrindo. - Não sou boa nisso! - respondeu se sentando na minha cama.

A Ana é metamorfomaga. Ela tem dificuldade de controlar as transformações, ela pode modificar quando quer, mas a maioria das transformações acontece de acordo com suas emoções.

- Então existe algo que Ana Luíza Black não seja boa? - perguntei fingindo surpresa e me sentei ao seu lado.  - Então, o que a cor vermelha representa? Nunca tinha visto esse. . peguei em seu rosto para fazê-la, olhar pra mim. O cabelo dela já tinha voltado ao habitual, azul, e tornou a ficar vermelho.

- Não fuja do assunto! - ela se levantou e seu cabelo ficou preto, junto com seus olhos... aquilo significava uma coisa, raiva - Fez o quê eu pedi? - pergunta cruzando os braços.

- Hum... o quê? - pergunto me fazendo de sonso e me afastando.

- Não se faz de sonso! - ela respondeu. A fúria que exalava dela era quase palpável. - Você destruíu ou não aquela agenda idiota? Eu já sei a resposta, mas quero ouvir de você!

- Ainda não... - respondi exitante.

- Ok. Tudo bem! - ela falou mais calma, porém com os cabelos e olhos ainda negros.

- Sério? - perguntei surpreso.

- Claro! Mas... - ela respondeu esse MAS me preocupou - Você não olhe na minha cara enquanto não destruir esse lixo, seu imbecil! - ela responde e vai embora.

Ana Luíza Black, a conheci á 5 anos, no Expresso de Hogwarts. Ela estava sozinha na estação e perdida e pediu a minha família pra ajudá-la a chegar a plataforma. Ela estava sozinha em uma cabine e foi aí que nossa amizade começou. Formamos um grupo, os novos marotos. Ana Luiza Black, Fred II Weasley, Teddy Remo Lupin, e eu, James Sirius Potter. Meu primo/melhor amigo e meu melhor amigo/afilhado do meu pai adoraram a Ana desde o momento que a conheceram.

Lembrei que ainda precisava me arrumar e fui fazer o que devia.

                                                   •••

- Ótimo, agora que estamos todos aqui.. - começou o meu pai - Nada de magia, no aeroporto, nem no avião, nem enquanto estivermos entre os trouxas, nada de termos mágicos. Teddy nada de transformações. Ana, se você poder fazer um esforço...

- Eu vou tentar, Tio Harry! - ela respondeu e seu cabelo e olhos ficaram rosas: vergonha

- Quer saber? Esquece a última parte, sei que você não consegue controlar! Nada de varinha e nem confusões. Quando chegarmos, vamos ficar em uma cidade povoada por bruxos e abortos. - meu pai terminou e esperou a resposta.

- Sim - todos respondemos em uníssono.

- Ótimo! Nós tivemos que alugar um ônibus trouxa pra caber todo mundo, vamos. - Minha mãe falou e todos a seguiram.

James Sirius e a Nova ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora