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Na manhã seguinte, acordei e notei que Shawn não estava. Ele precisava de café para funcionar, então deve ter ido pegar um pouco.

10 minutos depois ele volta com café e uma caixinha rosa.

- Ohhhh, o que tem na caixa? - perguntei.

- Abra. - ele disse me dando um selinho.

Era um um donut de chocolate, meu favorito.

- Awww, Shawn, isso é tão doce. É um agradecimento pelo sexo? - rimos.

- Não...eu só sei que são os seus favoritos...mas também...agradecer pelo...sexo.

Eu ri enquanto mordia o donut.

- De nada...- disse. Pude ver que Shawn estava pensativo - Você quer falar sobre, não quer? - perguntei sabendo que o autismo dele o fazia querer falar e questionar tudo. Ele assentiu - Ok, quais artigos você leu?

- Não li nenhum artigo...- disse hesitante.

- Shawn...

- Ok, certo, você me pegou. Eu li alguns artigos...- Shawn admitiu e eu soltei um riso abafado - Então...uh...noite passada...teve um momento onde você...estava molhada e...ahm...- assenti. Definitivamente lembrava do quão molhada estava.

- Uhum...- disse tentando ver qual era o seu ponto.

- Isso..já aconteceu antes? Porque eu li que nem todas as mulheres conseguem..uh...fazer isso.

Eu sabia do que ele estava se referindo.

- Eu acho que só aconteceu um punhado de vezes. - disse confiante.

- Oh...ok. Eu...me sinto melhor. - falou.

- Tudo parece melhor. - disse subindo nele. Larguei o café dele na mesinha. Conectei nossos lábios, que tinham gosto de creme.

Depois de nos beijarmos, finalmente decidimos nos arrumar e ir para o aeroporto. Era nosso último dia juntos por um tempo, e apesar de isso não ser algo que eu olhava contra, sabia que o que aconteceu entre nós foi grande. Importante. Especial. Pode não parecer uma grande coisa, mas termos aumentado a nossa intimidade nos deixou mais próximos. Eu podia sentir nos toques, nos beijos, nas trocas de olhares. Nossos dedo entrelaçados enquanto andávamos pelo aeroporto.

O momento que eu mais temia chegou. Ele pegou minhas mãos e me beijou pela última vez.

- Vejo você em duas semanas...eu te amo. - disse me encarando.

- Duas semanas que parecerão eternas...

- Eu sei, me desculpa. Vou sentir sua falta.

- Eu também...eu te amo...me avisa quando pousar, ok?

- Sempre. - ele disse me dando um sorriso que poderia me matar.

Duas semanas, nem era tanto tempo.

Errado, Camila. Era uma eternidade.

Plano de voo (Versão em PT) - ShawmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora