Capítulo 1 - Miguel

3 0 0
                                    

-Sônia quer dar uma volta?

-Obrigada Éden mas eu quero ficar sozinha.

-Claro, como quiser, se precisar estarei em meu quarto.

-Obrigada – dou um fraco sorriso e começo a subir a enorme escadaria de minha casa.

Quando cheguei no andar de cima caminhei em passos rápidos em direção ao meu quarto, ao chegar no mesmo fechei a porta rapidamente a trancando, encostei minha  testa na porta e respirando, fiquei de costa para mesma e me permiti chorar novamente, deslizei devagar encostada na porta até o chão dobre minhas pernas s abracei e apoiei a cabeça no joelho chorando cada vez mais.

Passei o resto da tarde naquela posição e chorando, o motivo? Eu cheguei do enterro de meu namorado, ele foi morto por uma bala perdida, bom isso é o que os policias falaram e eu também, mas eu sei o verdadeiro motivo de sua morte, o tiro que ele levou era pra mim ter lavado, ou seja, ele morreu para me salvar, e esse é o motivo que mais me deixa triste e com raiva, porque por minha causa o amor da minha vida morreu, e é algo que jamais vou me perdoar.

Depois de longas horas da tarde chorando decide levantar e ir jogar uma água no rosto, caminhei até o banheiro de meu quarto e dei uma boa olhada no meu reflexo no espelho, estava literalmente acabada, com olheiras e olhos inchados de tanto chorar, liguei a torneira e joguei um pouco de água em meu rosto, fechei a torneira e sequei meu rosto com a toalha, novamente olhei para meu reflexo no espelho, fiquei alguns segundos fitando meu reflexo até que escuto meu celular tocando, a jurar pela música What The Hell da Avril Lavigne estar tocando tenho certeza que é a Yuna, peguei meu celular no bolso do caso que ainda estava usando e atendi a ligação.

Yuna: Eae Vespa, como você ta? – ela tem a mania de me chamar assim, ela diz que esse apelido combina comigo, assim como o que dei a ela, Águia.

Sônia: tentando não chorar pela quinquagésima vez – minha voz já estava de choro novamente

Yuna: o meu anjo não chora, sei que é uma dor terrível e falar pra você não chora é inútil, mas você tem que ser forte, por você, por mim e pelo pessoal, e também ele não ia querer te ver assim – ela faz uma pausa a qual eu respiro fundo e me encaro novamente no espelho, é Yuna tinha razão, Miguel não ia querer me ver assim – olha você disse que ia vir pro ensaio hoje, mas eu estou mandando você fica em casa, como líder da banda.

Sônia: olha que eu saiba o líder é o Ícaro – falo dando um leve sorriso

Yuna: sou namorada dele, o que me torna a líder também – ela fala toda orgulhosa o que me faz dar uma leve risada - aaa como eu amo o som da sua risada -  falou sorrindo o que me faz sorrir também – bom meu anjo descansa que a gente se vê amanhã na escola, beijos te amo vespa.

Sônia: também te amo águia.

Desliguei o celular e o coloquei na pia, fui até a banheira e liguei a torneira, fiquei olhando a banheira encher fechando a torneira quando isso aconteceu, me despi devagar e coloquei a roupa no cesto, peguei meu celular e entrei nas músicas colocando no aleatório e entrei na banheira, me afundando ficando somente com a cabeça para fora, nem sei quais músicas estavam tocando, pois estava tão perdida em meus pensamentos que nem prestei atenção, respirei fundo e afundei a cabeça na água.

Fique em baixo da água por longos segundos enquanto pensava, tirei a cabeça pra fora d’água e tomei meu banho, um tempo depois sai da banheira, peguei a toalha e me sequei, enrolei a mesma no corpo e peguei uma segunda no armário para enrolar o cabelo, peguei meu celular desligando a música e indo para o quarto, joguei meu celular na cama e fui até meu closet, peguei uma roupa intima e uma camisola de seda na cor preta e tirei a toalha do cabelo, dei uma leve secada nele o penteando em seguida, voltei ao banheiro para estender as duas toalhas, fui para o quarto e me joguei na cama, não demorou muito eu adormeci.

O Preço de Uma Paixão (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora