Senhor. Capitão. Líder... Steve Rogers

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2012

Steve Roger's POV

Meu nome é Steve Rogers.

Nasci em 4 de julho de 1918 no Brooklin.

Meus pais eram Joseph e Sarah Rogers.

Eles morreram.

Conheci Bucky.

Virei o Capitão América.

Conheci Peggy.

Bucky morreu.

Eu fui congelado quando com um avião em um rio.

Mas estou vivo.

Em 2012.

- Senhor Capitão América, bom dia!  - Natasha Romanoff. Por que eu sinto que esse nome vai me atormentar muito a partir de agora? Enfim, ela aparece na sala de estar com aquele sorrisinho de lado que, confesso, me irrita um pouco. Acho que preciso dormir. – Nick Fury deseja conversar com o senhor na sala de reuniões.

Apenas fiz um aceno com a cabeça e caminhei em sua direção. Seu rosto se firmou em uma expressão de indiferença enquanto virava de costas para mim e me guiava até onde Fury estava. Mas, de alguma forma, aquela expressão me incomodou. Assim como me incomodou ela me chamar de senhor, eu só tenho 27 anos! Na verdade tudo nessa mulher me incomoda. Seu jeito presunçoso de andar, a soberba em seu olhar, seu modo irônico de falar. Tudo. Exceto seus olhos. Existe algo nesses olhos que eu não consigo explicar como me instigam.

- O senhor pode se sentar nessas cadeiras. – disse ela se encostando na parede a minha frente.

- Quantos anos te falaram que eu tinha mesmo? – eu disse e aquele sorriso voltou.

- Ninguém me falou nada senhor Rogers, mas fiz as contas e o senhor está agora com 94 anos. Incrível como manteve o porte físico.

- 94... Uau.

94 anos... Eu poderia ter tido uma longa velhice, estar cheio de bisnetos agora, ou ter morrido de velhice. Às vezes eu me pergunto porque minha vida precisa ser tão sofrida assim. Perder tanta gente no meio do caminho, nunca ir a um encontro, nunca ser aceito... Eu não tenho nada além de um escudo e um estresse pós-traumático. Pego a bússola do meu bolso e olho a foto que tem dentro. Nunca mais vamos nos encontrar. Nunca vou saber se teríamos dado certo, ou se nos odiaríamos eternamente. Nunca vou saber o sabor de seu beijo, ou se conseguiria fazer ela feliz. Será que você ainda está viva? De repente a presença de Romanoff de faz mais intensa, como se tivesse me encarando e analisando todos os meus passos. Tenho uma babá de idosos agora?

- Vai ficar me encarando, ou vai perguntar logo de uma vez o que quer perguntar? – perguntei. Por que você está com toda essa impaciência Steve Rogers?

- Pensei que tinha modos no século passado. Isso se falaria para uma dama. – ela fala em tom de deboche. Sério? Dou uma breve risada. Não é possível que vou ter que lidar com ela logo agora.

- Eu, claramente, não estou mais naquele século. E você, claramente, gosta de coisas objetivas. – olho para Romanoff, ela voltou para aquela expressão de indiferença que me deixa intrigado. – Acho que com você eu posso ser sincero a este ponto. Eu estou cansado de ser só o cara congelado no gelo com um, aparente, histórico incrível. Somos soldados. Eu sei reconhecer um de longe.

- Soldado... Eu não sou. Eu sou uma espiã. Você deveria se atualizar. Capitão. – impassível, como sempre, ou como quer mostrar.

- Você não pode mentir para mim. Você já foi controlada pelo governo. Você já perdeu pessoas. Você já ficou calada para um supervisor. Talvez eles tenham dado a você uma missão diferente da minha. Mas eu consigo ver quem passou pelo o que eu passei. Pela dor. – e talvez seja por isso que eu me sinto tão atraído por você, é a sua história que me cativa. Sim, é a história.

It's Been a Long, Long Time - Romanogers (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora