Eduarda

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1.8

Chegamo em casa era uma e pouca. A Carla tava no sofá e a Valentina apagada no colo dela.

Duda: Desculpa a demora

Carla: Ih tem nada não, eu adorei ouvir baby shark durante algumas horas

Lari: Essa musica gruda na cabeça facin

K2: Papo reto

Grego: K2 tu não tem mais casa não? Ta aqui quase uma semana já, porra- ele riu

K2: Ih Grego, so cala

Lari: Eu vou ganhar o meu, nós ainda vai acordar quatro da manhã- ela subiu

Carla: Já são quase duas- ela riu

K2: Po miga, nem vale dormir- ela me olhou

Carla: Mas tu- ela apontou pro Grego- vai dirigir tem sim que dormir

Grego: Po nem to afim- ele se jogou no sofá

Duda: Ah mas você ta sim

Peguei a arminha da Tina no chão e apontei pra ele.
Ele tirou a dele da cintura e apontou pra mim.

Duda: Você não sabe brincar

Grego: Ta sem munição po- ele riu- desarmei agora pouco

Duda: Até porque tu não seria capaz de me matar

Grego: Vai duvidando mermo

[.....]

Terminamos de colocar as coisas no carro e eram 4h21. O Grego preferiu ir essa hora mermo por causa da policia.

No carro com a gente foi, a Tina, Larissa e Carla.
No dg, a K2, Cabeça com a Julia e o Neguinho e o resto foi separado, eu não conhecia quase ninguem mermo, então.

O Grego deixou a Marta, mãe dele, no comando do morro e fomos. Ele pegou um caminho que eu nem sabia que existia, papo dez. Olhei pra trás e as três mortas feat enterradas de tanto dormir.

Encostei a cabeça na janela e fiquei pensando em tantos bagulhos, papo de visão mesmo. No meu pai, na proposta do Henri, na Tina e nesse estresse aqui do meu lado também.

Grego: Qual foi, Duarda?

Duda: Minha mente ta a milhão

Grego: Eu me liguei po, dá o papo

Duda: To pensando no coroa, será que ele vai?

Grego: Acho que nem a Carla sabe te falar esse bagulho

Duda: Foda cara, foda- prendi meu cabelo

Grego: Só isso? Eu to ligado que não è

Duda: Porra Grego, se tu soubesse o tanto de porrada que ta acontecendo na minha vida

Grego: Rafael po- olhei pra ele- meu nome, cria

Duda: Gostei- sorrir- mas teu vuglo é sinal de respeito pra rapaziada. Só te chamo pelo nome mermo, quando tiver só nós da familia

Grego: Tu é pica mermo

Coloquei a perna encima dele e ja tive certeza que ele ia mandar eu tirar, mas pelo contrario, ele começou a acariciar minha perna e parou na minha coxa, dai eu que coloquei minha mão na mão dele

Grego: Que moral hein, cria

Duda: Eu sou pica né, bebê- ele me olhou sério

É surreal essa sensação, se ligou?! Tipo como, a gente nem tem nada, mas fica dando esses mole. É tipo como se tivessemos num campo magnético, onde sempre, somos puxados um pro lado do outro. Mas ao mesmo tempo tem milhares de pessoas em volta, como as mina que ele pega e.. e o Henri.

De verdade mermo, eu nem to me esforçando e nem vou, se for pra ser, será, tudo no tempo de Deus.

Mas assim, eu não me contive em tirar uma foto, tirei mermo e ele ainda me olhou.

Grego: Tu vai me mandar essa foto

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Grego: Tu vai me mandar essa foto

Duda: E vai ficar querendo, rum- rir

Grego: Se liga doida, eu sempre consigo o que eu quero

Duda: Aprenda a perder, meu mo- rir

Grego: Lembra do nosso papo po- ele apertou minha coxa

Duda: Que papo, Grego?- soltei um suspirou

Grego: Que tu vai pedir pra eu não parar- ele sussurrou no meu ouvido e eu me arrepiei

Recompus o pouco de postura que eu ainda tinha e me virei pra janela segurando o sorriso. Além de não valer nada, ainda é gostoso e ta rendendo pra mim, assim não dá cara.

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