Eduarda

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Terminei de fechar minha ultima mala, a mais simples, com as coisas que ficavam no meu quarto. As outras malas, tanto as minhas, quanto as da Carla, já haviam sido levadas hoje de manhã.
Passei pelo quarto do meu pai e foi inevitável não entrar.

Duda: Eu sinto tanta sua falta- olhei em volta e pude sentir o perfume dele

Carla: Eu também- olhei pra ela que estava parada na porta

Duda: Dói ficar sem ele né

Carla: Todas as manhãs.. quando eu olho pro lado e não vejo dele, me da um vazio

Duda: O coroa faz falta- rir fraco

Carla: Duda, você sabe que tem a mim, né?- ela sentou perto de mim

Duda: Sei e agradeço por isso

Carla: Não, não precisa. Eu to aqui por vocês. Você e teu pai são tudo o que eu tenho

Duda: E eu digo o mesmo- rir

Carla: Antes que eu me esqueça, não coloca a máscara e faz todo mundo de odiar, igual da última vez

Duda: Eu tava mal- passei a mão no rosto- tava achando que o coroa tinha morrido, só deus sabe a dor que eu sentia

Carla: Entende uma coisa, esconder uma dor, não vai fazer com que ela suma

Duda: È.. eu sei

Carla: Vamos descer? O Polegar já deve ter chegado ou tá chegando

Duda: Vou ter que criar outra vida- rir e ela me olhou

Carla: Voce nunca vai deixar de ser quem è, nunca

Duda: Vamos antes que eu desista e fuja daqui, vai- rimos

Assim que descemos já tinha um cara encostado em um carro, a Carla foi falar com ele, prevejo que já se conhecem.

Carla: Duda, esse è o Polegar, o moleque è um dos nossos 

Polegar: Iai mina, firmeza?

Duda: Iai mano, firmeza?

Carla: Vocês temo mesmo nível de mentalidade, se darão bem

Polegar: Mano, o bagulho vai ser assim, quando nós chegar lá, eu deixar a Carla na boca pra falar como Grego e Eduarda na casa da Larissa

Duda: Primeiro, prefiro que me chamem de Duda e segundo quem è Larissa?

Carla: A maior paixão do Polegar- ele olhou pra Carla com a maior cara de cachorro sem dono

Polegar: Po Carlinha, aí tu me quebra né

Carla: Eu só digo a verdade

Duda: E eu serei cúpida. Se até o final desse mês vocês não ficarem juntos, eu troco meu nome

Polegar: Eu te acompanho até o cartório- ele riu entrando no carro

Carla: De la pra delegacia né, porque mais suja que sua ficha, só um bueiro 

Polegar: A Carla tirou o dia pra me humilhar hoje, papo reto

[...]

Quando chegamos no pè do morro, logo nossa passagem foi aberta e entramos.
O Polegar deixou a Carla na boca e me levou até uma casa do alto do morro e bem grande por sinal.

Polegar: Tamo entrando, larissa- ele abriu a porta e tinha uma mina no sofá

Larissa: O Grego autorizou tu trazer suas quenga pra ca?

Polegar: Primeiro, ela não é quenga e muito menos minha. Segundo se eu tivesse com alguém, não trazia pra casa, mesmo gostando de ver tua cara bolada e terceiro, essa é a filha do Chefe

Larissa: Ah sim- ela veio até mim- seja bem vida

Duda: Valeu- sorrir

Larissa: Pode deixar que eu ajudo a mina agora, pode ir

Polegar: Valeu mina, qualquer coisa aciona

Duda: Jae

Ele saiu e nos sentamos no sofá. Ficamos um tempo conversando, enquanto alguma homens subiam minha malas e a da Carla.
Ela me explicou bastante coisa por aqui, sobre os bailes, a rapaziada, etc.

Larissa: Ah, tem as gêmeas, K1 e K2

Duda: Tranquilas?

Larissa: A K1 é o diabo no corpo de mulher, já a K2 é tranquila, amiga de geral por aqui

Duda: Como eu vou saber quem é quem?

Larissa: A K1 tem cabelo curto, a K2 tem o cabelo mais comprido

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