capítulo 22

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oi brô, como estão os meus leitores mimados pra caralho? 🤪

Capítulo em comemoração ao aniversário da yerim_ssi, voa mlk😎🤘

ps: perguntas rápidas: leriam um romance cheio de críticas, pais homofobicos, bullying, autoestima baixa|ansiedade e essas coisas? Porque tenho uma adaptação michaeng de um romance assim já pronto + preferem narração em 1° peossoa ou 3°?

Myoui Mina.

Era difícil, mas eu tinha que fazer isso. Eu tinha que desempenhar meu papel, porque, em primeiro lugar, foi por isso ela que me escolheu.

Não adiantava ficar lembrando do passado. Não adiantava vê-la como mais do que uma cliente.

Não adiantava tornar aquilo pessoal, porque só aumentaria meu sofrimento depois que tudo passasse.
Mas era impossível não sentir aquilo.

Eu poderia fingir para ela, mas não para mim. Para ela seria um programa, para mim seria um pouco mais do que isso.

Foi só quando ela se virou, evitando propositalmente meu olhar, que eu percebi que havia dado alguns passos em sua direção. Seu movimento me fez parar imediatamente, então como eu não sabia o que fazer esperei.

Sua expressão era dura e fria. Era a mesma expressão que eu lembrava ter visto da última vez, há meses atrás.

Uma expressão carregada de raiva, rancor e quase imperceptivelmente, um pouco de confusão. Mas eu tinha experiência com aquela expressão, então sabia o que esperar.

Sabia que nada de bom poderia vir dali.
Ela respirou fundo, enquanto visivelmente tentava não explodir, e enfim quebrou o silêncio.

ㅡ Tome um banho. Tire essa roupa e esse perfume de puta barata. Lave o rosto para que eu não sinta nojo de falar com você.

Certo. Era mesmo um pouco daquilo que eu esperava, no final das contas.

Mas é quando você ouve todas as palavras que a dor verdadeira te atinge, então mesmo esperando por aquilo, suas palavras me atingiram como um chicote outra vez.

Exatamente como da última vez.

Eu poderia mandá-la ir a merda e sair dali imediatamente.

Eu deveria matar Chaeyoung? Porque eu estava prestes a fazer isso.

Poderia me negar a receber ordens dela, ou então ignorá-la e exigir dela uma explicação por todo esse tempo que esteve ausente.

Mas eu estava tão machucada, dominada por uma exaustão mental tão grande, tão intensa que aceitei.

Me movi em direção à porta a minha esquerda, usando o resto da minha força de vontade para me manter em pé.

Ao entrar, tranquei a porta imediatamente tirei as roupas e os sapatos que usava.

Segundos depois, estava embaixo de uma ducha de água morna, que me molhava enquanto minha cabeça finamente optava por parar de pensar.

Agora a euforia em reencontrá-la havia ido embora, tudo que restou foi o vazio ao constatar que a Chaeyoung de agora era uma mulher que fazia questão de esquecer que um dia me conheceu e que parecia se importar comigo.

O choro veio rápido demais para que eu pudesse contê-lo, então lágrimas se misturavam com a água que escorria pelo meu rosto.

Deixei que elas saíssem, como se fossem um pouco da tristeza que eu sentia indo embora de dentro de mim.

Fechei o olhos e senti a força da água bater na minha pele, como se pudesse me deixar mais forte e mais viva.

Alcancei o sabonete e esfreguei com força todas as partes do meu corpo.

Minha doce prostituta | michaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora