A solidão é o inverso da amizade.

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Aqueles dias pareciam que não queriam passar, como se Cronos apreciasse observar Felicity sentindo tudo que sentia, e não era pouco. Havia angustia, afinal que tipo de garota inveja uma "amiga"? Tinha também decepção, havia sido um golpe, principalmente dada a idade de ambas e as relações que tinham. E, junto a tudo isso, Felicity tentava ficar "feliz" pela felicidade alheia. Ela não era um monstro e nem queria se sentir como um. Diferente de Felicity, Sara e Laurel não escondiam o que sentiam, as irmãs eram incontrolavelmente controláveis e deixavam isso bem claro para Helena. E, no meio disso, Tommy sequer entendia o que acontecia. Merlyn estava tão perdido quanto um cachorro em meio a um tiroteio, bem como o animal, ele era propenso ou a fugir ou permanecer quieto, ele escolheu permanecer quieto. Então, as relações continuavam iguais, ele falava com Oliver na mesma proporção que debatia com Felicity e Sara, e na mesma proporção que atentava Laurel. Uma semana depois Oliver pediu Helena em namoro na frente de toda a escola, surpreendendo só o amigo, todos estavam esperando essa atitude, menos Tommy, eles sequer tinham conversado sobre, no entanto, ele o parabenizou e sorriu com a cena.

-Parabéns, cara. -Disse o puxando pela mão para um abraço.

Nos dias seguintes, Oliver e Helena pareciam só ter olhos para eles mesmos, estavam juntos na maioria dos momentos, uma especie de sombra, o que não deixava de ser estranho para Felicity ver cenas românticas de ambos pela escola... Bom, nem sempre aconteciam na frente de todos, para falar a verdade eles eram mais adeptos as praticas às escondidas.

Assim que a porta foi empurrada e se fechou em um baque, Oliver empurrou Helena para cima da mesa do professor, a perna da menina logo subiu e se escanchou nos quadris dele, o atrito entre os órgãos genitais fazia com que ambos gemessem, Deus, era uma tortura, mas eles adoravam aquela sensação de perigo correndo pelas veias. Quando a algum barulho se iniciava, dando indícios que a aula logo começaria, eles se distanciavam e iam se sentar em alguma cadeira, uma próxima da outra, como se ambos quisessem gritar ao mundo que estavam juntos. A aula era banhada por caricias, alguma bem provocantes que consistiam na mão em lugares em que a maioria dos estudantes só podia imaginar que ela teria coragem de colocar, principalmente, na sala de aula, mas, contra tudo e todos, la estava ela.

Quando o sinal tocava eles se davam as mãos e saiam para ficar na arquibancada, comiam muito pouco, na maior parte do tempo tinham bocas coladas e mãos atrevidas revirando as suas vestes. O tão presente Oliver tinha outras prioridades.

Outras demonstrações de carinho só serviram para Felicity percebe que, dentro tantos sentimentos estranhos que ainda sentia, atração não era um deles, já que não sentia nada ao vê-los juntos, certa, talvez seja eufemismo dizer que nada, havia algo, mas esse algo não se comparava ao que ela idealizada... Tudo tinha passado tão rápido que ela chegou a se questionar se realmente não sentia, se aquilo poderia te sido fruto do seu subconsciente que procurava meios de afasta-la de sofrimentos desnecessários, afinal, era não passava de uma adolescente.

Com o passar dos dias, a loira se aproximou mais de Thomas, Laurel e Sara, juntos eles eram o centro das atenções daquele lugar, seja pelas notas altas ou pela simples demonstração de divertimento que desenvolveram intuitivamente, as pessoas olhavam aquilo, queriam algo daquele tipo, uma amizade que nem mesmo diferenças físicas e sensos pessoas pudessem se opor. Assim, todos queriam ser seus amigos e acompanha-los, queriam rir com as piadas nada engraçadas de Tommy e se entreterem ao ver Laurel fazer algum comentário sarcástico. . Helena odiava essa atenção sobre Felicity, mas ela tinha seu prêmio: Oliver Queen, e para ela Felicity nunca o teria, de nenhuma forma.

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As férias de inverno daquele ano logo chegaram determinando que o ano letivo estava no meio, as ruas ficaram brancas, bem como escorregadias e crianças brincavam de construir bonecos de neve com constância, acabando com as cenouras de casa e sumindo com chapéus e gravatas que só eram encontrados no dia seguindo.

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