05. An unexpected part 1.

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Nem mesmo o barulho alto e extremamente irritante da campainha soando pela casa foi capaz de me despertar do transe que estava.

Só podia ser algum tipo de karma ou eu estava pagando por uma boa parcela de todos os meus pecados.

Além de ter que suportar Josh todos os dias no colégio, teria que lidar com a sua presença irritante por ele simplesmente ser o meu vizinho.

Ok. Eu não mereço isso.

— Any? — pude ver Sofya estalar os dedos na frente do meu rosto.

— Meu Deus, alguém joga água na cara dela. — Sabina diz já sem paciência.

— O que ela tem? — sua voz me faz despertar, fazendo-me piscar algumas vezes e erguer o rosto para olhá-lo.

Josh estava em pé com as mãos no bolso me olhando, sua expressão era neutra.

— Não é da sua conta. — respondo e ele me olha com desdém.

— Any, em que mundo você estava? — Joalin pergunta preocupada.

— Eu só estava pensando em algumas coisas. Podemos começar? — desvio o olhar do loiro em minha frente.

Ter ele nos meus pensamentos e dentro da minha casa já era o suficiente para odiá-lo mais ainda.

Joalin resmunga ao ser praticamente jogada do sofá por Josh, que parecia estar dentro da própria casa de tão à vontade que estava.

— Já aviso que vou ficar com a parte dos desenhos. — Sofya diz pegando uma das folhas.

— Eu e Sabina vamos ficar com a pesquisa e vocês com a prática. Tudo bem? — Joalin nos olha apreensiva e eu balanço a cabeça.

Não tinha outra opção mesmo.

Sofya se sentou no tapete felpudo que ocupava boa parte da sala e começou os desenhos, Sabina e Joalin pesquisavam no notebook que haviam trago e eu estava sentada na frente de Josh, relendo algumas folhas que Sabina trouxe com a explicação para fazermos a maquete.

O silêncio estava extremamente desconfortável, vez o outra podia sentir seu olhar sobre mim, mas quando o retribuía, ele simplesmente desviava.

Qual era o seu problema comigo?

Passei as mãos em meus cachos e respirei fundo, buscando por coragem para falar diretamente com ele. Não entendia o porquê, mas sua presença me intimidava de alguma forma.

— Vamos começar? — quebro o silêncio. Ele ergue o seu rosto já me olhando e concorda.

Eu poderia facilmente me perder no oceano azul que era os seus olhos.

— Você faz a base e eu faço a parte de cima. — Josh diz ainda me olhando e eu balanço a cabeça.

Coloco o material de apoio em nossas pernas e pego as sacolas, espalhando pelo sofá as coisas necessárias para construir o projeto. Confesso que estava abismada com a sua facilidade em fazer as peças, enquanto eu, ainda estava decidindo qual cor colocaria na base.

— Tem certeza que quer ficar com essa parte? — Josh diz ao me olhar.

— Sim. Só estou indecisa para escolher a cor.

— Any, tem mais de cinco minutos que você está olhando para os vidros de tinta. Não vai pintar a sua casa ou o seu quarto, é só a base da maquete. — ele diz de forma óbvia.

— Eu sei, mas não quero que fique feio ou que não combine com as outras cores.

— Isso é um trabalho de biologia, não um trabalho de artes do jardim de infância. — Josh diz de forma irônica e revira os olhos.

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