MY BEST |• Bill Skarsgård

Capítulo 2

MARGOT POV'S

Acordo com o som de um despertador, era um som estranho de natureza, águas, pássaros e balançar de árvores uma calmaria até boa se não soubesse o que viria a seguir. Logo o som extremamente alto de macacos, elefantes e todos os possíveis animais da Savana se não do mundo todo, começaram a soar.

— Que merda... John, eu já não disse pra você mudar essa porcaria de despertador ? — Resmungo em alto e bom som, totalmente irritada com essa sinfonia estranha de vários animais. Espero sua resposta mas não a escuto, a única coisa que ainda se ouvia era o despertador e um ressonar baixo.

Jogo o cobertor para o lado e me sento rapidamente na cama, olho para o colchão ao lado de minha cama vendo o moreno deitado ali com a boca aberta, braços e pernas totalmente espalhados como se estivesse morto. Que horror.

— John, pelo amor de Deus, acorda !— Praticamente grito lhe dando um forte na testa, em questão de segundos ele acorda em um pulo olhando para os lados totalmente perdido até parar seu olhar em mim.
Arqueio uma de minhas sobrancelhas e com um sorriso de canto em meus lábios bato dois dedos em meu pulso como se dissesse " Está na hora, estamos atrasados." E me levanto, estico-me levemente me alongando o máximo que conseguia para assim seguir até o banheiro.

Faço minha higiene matinal e logo entro debaixo do chuveiro, não demoro em tomar um banho morno para tirar toda a preguiça e suor da noite anterior. Apoio minhas mãos no azulejo do banheiro e suspiro fundo as coisas no trabalho andam tão difíceis, ser a editora da revista Vogue não é fácil. Nem um pouco, ainda mais quando se faz alguns trabalhos como modelo para a própria, tantas filiais e tantos problemas juntos me deixam de cabelo em pé. Mas que problemas seriam estes ? Bom...

Faziam exatamente 12 anos que havia me mudado para a tão movimentada Nova Iorque, minha vida estava andando sendo muito bem encaminhada por mim com um ótimo emprego, uma casa magnífica, uma vida social estável e com um ótimo amigo vulgo este que ainda está jogado no colchão ao lado da cama. Minha vida realmente estava muito boa até receber a uma ligação da minha mãe dizendo que meu pai estava doente e que ela temia por sua vida, sem pensar duas vezes fiz minhas malas e voltei para a Califórnia, tirei uns dias do trabalho querendo me concentrar somente em meus pais e no acompanhando médico do meu pai, exclusivamente.

Assim que cheguei já arquei com todas as despesas do meu pai, consultas, medicamentos, visitas constantes ao hospital paguei por tudo e ainda um pouco mais. Dois dias depois John também chegou aqui, descobri que ele viria para cá apenas quando recebi em meu celular uma mensagem dele dizendo " Estou indo" e então na manhã seguinte ele estava tocando loucamente a campainha da casa dos meus pais que por sinal ainda moravam na mesma casa do mesmo bairro que vivi até os meus 16 anos.

Ri baixo com a lembrança de como nos conhecemos, foi uma piada mas isso não se aplica agora. Desligo o chuveiro e me enrolo em uma toalha, parando em frente ao espalho passo meus produtos faciais por todo meu rosto com calma, cuidando da minha pele assim como fazia todas as manhãs. Logo que termino, visto um shorts e uma blusinha de alças ambos da cor preta, coloco um par de lingerie branca e saio do banheiro encontrando John agora em pé observando a janela de meu quarto.

— Ei, não vai usar o banheiro ? Daqui a pouco o café saí e temos que levar meu pai para fazer os exames. — Murmuro chegando perto de seu corpo e o abraçando por trás, deixo um beijo em seu ombro logo me afastando descendo até a cozinha.

— Anda John ! Te espero aqui em baixo hein, não me faça subir de novo.— Grito ao chegar na cozinha, me sento a mesa já pegando uma panqueca com a mão mesmo a enfiando em minha boca.

—Não coma com a mão ! — Minha mãe bate em minha mão o que me fazia rir, em plenos os meus 28 anos de idade e minha mãe me repreendendo por comer com a mão. Como eu senti falta de casa!. Olho para a minha mãe com um grande sorriso moldando meus lábios, éramos tão parecidas em tantas coisas...
Me sinto satisfeita em ter puxado praticamente tudo para ela.