MY BEST |• Bill Skarsgård

Capítulo 3

MARGOT POV'S

Havia ficado naquela janela por um bom tempo, observando a casa ao lado como uma verdadeira maníaca vidrada naquela figura alta e linda da casa ao lado. Sua voz, sua postura, seu sorriso, tudo nele era encantador. Não me lembrava a última vez que havia realmente gostado tanto de uma pessoa... Bom, talvez uma única vez, era uma criança quando aconteceu.

Naquela época por ser tão jovem, pensei que fosse apenas amizade e quando percebi o que realmente era, tentei me convencer de que na verdade tudo não passava de uma mentira e que não sabia o que de fato aquilo significava. Mas de nada adiantou, quando tive idade o suficiente para entender me dei conta de que mesmo que eu sentisse todo o amor do mundo, ele me deixaria da mesma forma que havia me deixado.

Bill, me deixou como se não fosse nada e não voltou mais. Mas não vou mentir, agradeço por não ter o que ver nunca mais na minha vida pois não saberia o que fazer ou dizer se o visse em minha frente novamente.
Sou tirada da minha linha de pensamento ao escutar a porta bater, vejo John entrar com um sorriso tão aberto que fazia seus olhos verdes quiser desaparecem em fendas tão pequenas.
Arqueio uma de minhas sobrancelhas e cruzo meus braços, já sabendo o que ele iria ter a audácia de me dizer naquele momento.

— Tudo bem, agora vai me dizer a verdade ? Por que estava dando uma de três espiãs demais e por que estava conversando com o vizinho bonitão.— Ele disse com aquele maldito sorriso de que sabia todos os meus segredos mais sujos e que jogaria toda a merda no ventilador, mas a diferença era que ele realmente sabia mas não jogaria nada no ventilador.

Me dou por vencida e suspiro fundo, chamando-o com o dedo para que chegasse perto o suficiente. Chego perto de seu ouvido, como se fosse contar um grande segredo de estado.

—Conheci o novo vizinho dos meus pais, nós nos trombamos quando saí do carro, estava concentrada no celular e quando vi em quem tinha sido... Ele é incrivelmente lindo e me chamou para sair, talvez jantar. Eu não sei , mas irá ser como um pedido de desculpas e ainda não marcamos direito. — Digo gesticulando um pouco com minhas mãos como se assim ele conseguisse entender melhor. Quando terminei, ele nada disse apenas conseguiu sorrir ainda mais. Credo, parecia que seu rosto iria rasgar de tão grande que aquele sorriso estava.

—Mentira ! Você finalmente vai sair da seca ! Esperei tanto por esse dia.—Dizia animado, até mais animado do que eu estava. Não vou mentir, realmente espero que isso aconteça já fazia tanto tempo desde a última vez que havia me deitado com alguém.

— Eu não sei... Mas realmente espero que..—Minha fala é cortada com o toque da campainha soando, faço um sinal para que John espere e saio do quarto descendo rapidamente até a porta de entrada.

—Eu atendo ! —Grito para que meus pais ouçam e logo abro a porta. Sinto meu coração se acelerar rapidamente ao ver o loiro de olhos claros parado em minha porta, com as mãos em seus bolsos e um pequeno sorriso moldando seus lábios finos assim que seu olhar pousa em mim. Saio para fora, fechando a porta rapidamente para que o curioso do Müller não venha querer ouvir algo.

—Olá... Eu queria te convidar para jantar comigo, essa noite. As 19 horas da noite, eu te busco. — O vejo sorrir ao me convidar devidamente para jantar, seu sorriso era tão contagiante que não consigo e acabo sorrindo também passando minhas mãos por minhas coxas, secando o suor que havia percebido agora que tinha nas mesmas.

—Será que você vim me buscar, não incomodará ? Afinal, mora tão longe não é ? —Escuto o som de sua risada como se nesse momento, houvesse contado a piada mais engraçada do mundo, o que com toda a certeza, não havia contado. Mas mesmo assim, me junto a sua risada também rindo daquela forma descontraída, afinal como não iria rir ? Sua voz rouca entrando diretamente em meus ouvidos, seus dentes brancos e perfeitos a mostra... Só se fosse louca.