To-Do List

Capítulo 11

(Lola’s P.O.V)

Um barulho alto e estridente me atingiu fazendo com que eu desse um salto na cadeira. Eu dormi na aula, droga.

- Eca! – resmunguei enquanto limpava com as costas da mão a baba que escorria ao canto da minha boca.

Eu estava exausta. Passeio fim de semana inteiro com o Bieber e os Netos do Jack Daniels percorrendo todo o Zoológico do Brooklyn, mas eu não posso reclamar, foi realmente divertido, ainda mais se você tem um Chaz de tiracolo para escandalizar por não ter conseguido alimentar as girafas.

Não consegui segurar o riso ao lembrar do seu chilique.

Juntei todas as minhas tralhas que espalhei sobre a mesa enquanto dormia. Por que ninguém me cutucou?

Joguei tudo dentro da mochila e pendurei a mesma sobre o ombro. Percorri meus olhos sobre um papel amarrotado procurando pela minha aula seguinte. Meu celular vibrou sobre a mesa. Vibrou outra vez.

O que vai fazer hoje à noite? J. xx

                                   O que vai fazer hoje à noite? I. xx

Isso é realmente sério? Eu estava recebendo dois convites para sair?

A última coisa que eu queria fazer era escolher esses tipos de coisa. Enquanto eu caminhava pelos corredores, até a sala onde eu teria aula de Física, tentei decidir entre um e outro.

xx Desculpa Ian, mas eu já tenho outros planos :/

Por mais que Ian fosse um gato e, provavelmente, ele fosse um cara bom ele era aquilo o que Serena disse: um caso de uma noite só. Não era o tipo de caso que eu iria querer aprofundar.

Ou será que a realidade era outra? Será que eu estava o recusando porque o real motivo era que Justin se fixou em minha mente de uma forma invasiva me impedindo que eu a abrisse para outras possibilidades? O que me afeta mais é que eu havia prometido a mim mesma que não confiaria, que não daria ousadia.

Só que ele sempre estava ali, rogando para que eu entregasse meu coração a ele. Ou, pelo menos, era o que me parecia.

- Você não me respondeu – ele disse sussurrando em meu ouvindo enquanto seus braços me agarravam pela cintura.

Senti um frio na barriga quando duas mãos me tocaram e todos os pelos que cobriram o meu corpo se eriçarem por conta da sua voz rouca.

- O que pretende fazer comigo hoje? – eu disse girando nos calcanhares para encarar seus olhos cor de mel.

Joguei seus braços ao redor do seu pescoço e ele mantinha suas mãos na minha cintura. Nossos rostos estavam próximos, a poucos centímetros um do outro. Tentei ignorar o fato de que estávamos protagonizando uma cena estranha para olhares alheios.

 - Vou te levar a um lugar divertido – ele pensou por um momento – Você quer ir?

- Eu já te neguei a minha companhia alguma vez?

Ele riu e, com um aceno da cabeça, negou.

O sinal soou.

- Tenho que ir – proferiu rápido – A gente se vê a noite.

Eu assenti. Ele depositou um beijo na minha bochecha e, por um momento, eu desejei que tivesse sido em outro lugar.

Eu fiquei parada no mesmo lugar, observando-o desaparecer pelos corredores.

                                   [...]

Estava perdida em meus pensamentos, tentando me concentrar nas palavras que eu ouvia, não levava em conta o caminho que estávamos percorrendo.