XII

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30 de maio de 2016, Luke.

   A pizza havia chegado e como todos estávamos mortos de fome, corremos até a mesa e atacamos!

   "Então...", minha mãe começa a conversa. "Como vocês estão, Luke e Anne?"

   Observo Anne pelo canto dos olhos — que quase engasga-se com o sumo que estava a tomar. "Estamos bem, mãe. Por que?"

   "Não, nada, nada.", ela era péssima em mentir. "E tu, Anne? Como Luke tens andado?"

   "Eca.", Conan, meu irmão mais novo, que até agora não havia saído do quarto se manifesta.

   Anne pigarra e sinto um leve chute em mim por debaixo da mesa, ou seja, um pedido de socorro. "Estamos... b-bem, Karen.", Anne ri nervosa, outra péssima mentirosa. "E como andam as... é... coisas?"

"Bem, bem... Mas nada, nada.", nossos pais todos pareciam desconfortáveis e não me segurei.

"O que querem saber? Mandem logo.", digo impaciente.

Elena dá um pequeno tapinha no braço da minha mãe que ri, "Vocês estão namorando?"

Dessa vez, Anne realmente se engasga com a pizza e começa a rir, "Bom... Na teoria... Sim?", aquela garota só podia estar de brincadeira! Ela queria que eu confessasse que estávamos namorando na frente da nossa família? E bom, sabemos o real significado da palavra namorando no diálogo da minha mãe, como um 'Estão transando?'

Balanço a cabeça em sinal de positivo, encarando Anne ainda mastigando outro pedaço de pizza. "Eu sabia! Era por isso que chegava todo sorridente em casa, né filho?", meu pai acusa-me e sinto uma vergonha momentânea.

"Pois, Anne também vivia sorridente em casa e não sabíamos o que se passava!", esta era a vez de Rick, o pai de Anne falar.

"Gente, chega de falar sobre a nossa vida, né?", desta vez Anne não gagueja. Ela estava falando a verdade.

"Pois! O que planejam fazer neste final de semana?", Elena pergunta aos meus pais.

"Acho que... Não temos nada programado para falar a verdade.", meu pai diz pegando o seu terceiro pedaço de pizza.

"Bom, como o tempo estará bom, pensamos em
acampar.", Elena sorri ao dizer e minha família se alinha na mesma.

E o resto da conversa foi como era difícil montar barracas, como eles tinham medo de ursos e... Parei de prestar atenção quando encontrei os pares de olhos mais lindos do mundo olhando-me. Ela sorri e enfim, nos retiramos da mesa, indo até o quintal que tínhamos.

Uma área aberta e sinceramente, a área preferida da minha casa para a Anne. Deitamo-nos no gramado de barriga para cima e começamos a olhar as estrelas e todas as galáxias que podíamos enxergar com os nossos olhos, eu adorava olhar para o céu e imaginar a imensidão e todos os segredos que haviam ali, apesar que o meu mundo todo estivesse sorrindo ao meu lado.

Enfim, ela toca meu peito com suas pequenas mãos, tentando levantar-se da grama, para enfim, beijar-me.

Um beijo suave com gosto de mistério - e um pouco de pizza -, fazia que sua língua percorresse toda a minha, e no final, um selinho, deixando aquele momento mais especial do que nunca.

Enfim, ela deita-se novamente e aconchega-se no meu peito, até gritar alto com euforia, "Olha! Uma estrela cadente! Faça um pedido!", a pequena fecha os olhos enquanto pensa em seu pedido e tento pensar no meu...

Quero que isso nunca acabe.

(...)

Os teus pais enfim vão embora, deixando Anne aqui, que sorri para mim, até seu sorriso se tornar desespero. "Não tenho pijamas! Merda!"

"Ei, tu podes usar uma T-shirt minha se não te importar.", Anne sorri com a ideia.

Enfim subimos ao quarto para preparar o colchão ao lado da minha cama, mesmo que soubéssemos que ela não dormiria ali. "Fique à vontade para escolher qualquer T-shirt que quiseres.", ela ri-se e abre o guarda-roupa.

"Wow, Luke... Todas ficarão enormes em mim, escolha tu a menor.", Anne ri e enfim fui até o meu guarda-roupa com o rabo empinado, sei o que iria a fazer rir. "O que tás a fazer?", ela pergunta rindo.

"Amiga? Tu vais ser estilizada pelo melhor estilista deste MUNDOO, e diz o que tou a fazer? Mesmo uma pita! Huh?", faço uma voz bué gay e com isso, Anne ri-se sentando à minha cama. "Olha miga, esta aqui é a melhor blusinha que tu podes escolher. Preenche teus seios e principalmente teu rabo, molda-te o corpo, tu arrasaaaa!"

"Tás a exagerar na viadagem!", Anne diz ainda a rir-se "Quero algo na moda, miga!"

"Na moda, hm... preto está sempre na moda neah, então te ofereço essa brusinha linda aqui! Vai moldar-te o corpo coooom certeza!"

"Sabes que amo essa tua T-shirt.", Anne sorri ao tocar o tecido preto com o logo da Thrasher. Ela encara-me e sorri maliciosa, retirando o seu top devagar, retirando seus jeans, botão por botão e isso deixava-me... em êxtase. Logo que a mesma encontrava-se apenas de roupas íntimas, teu corpo aproxima-se do meu. Não, isso iria estragar a surpresa...

"Anne, hoje não...", eu rio enquanto a mesma fazia cara feia ao encostar suas mãos no meu peito e levantar seu rosto para olhar-me, "Não vais me encantar com estes teus olhinhos de cachorro triste."

"Vocês são nojentos.", Conan entra ao quarto como se buscasse algo, "Tens tesoura?"

"Sai daqui, moleque!", eu digo jogando um sapato no mesmo, que mostra a língua para mim e sai. Anne ri e continua com sua carinha de cachorro sem dono. Balanço a cabeça em negativo e a mesma suspira.

"Seu chato.", ela ri e ao mesmo tempo vira de costas dando-me uma bela visão de seu rabo em cuecas pretas de renda. "Oops!", Anne deixa a T-shirt cair ao chão e assim, com o rabo empinado para mim, pega-a do chão - passaram-se tantos pensamentos impuros na minha mente - e vira-se para mim, percebendo o quanto eu estava a encará-la. "Senhor Luke, olhando para o meu rabo? Que coisa feia, ein!", Anne faz-me rir e coloca a T-shirt. "Uau, ficou bueda enorme em mim!"

"Shh, ficou perfeita!", o teu corpo devia ter sido moldado pelos deuses, "E vamos aos filmes!"

(...)

Viramos a madrugada assistindo filmes na sala, mas logo oiço a respiração da minha garota começar a ficar pesada quando no relógio marcava às 5 da manhã. Ela havia adormecido.

O teu rosto estava encostado na minha coxa, deitada com os cabelos para trás e minhas mãos a fazer carinho. Todos os teus traços estavam a relaxar, a dormir tranquilamente e ela parecia-se com um anjo.

Com cuidado toco o seu corpo para não a despertar e a pego no colo, afinal, não arrumamos o meu quarto atoa. Teu rosto agora contraia-se mas não havia acordado.

Ando pelo corredor com ela nos meus braços e desviando de todos os objetos, não queria a despertar. "Filho?", minha mãe chama-me ao me ver andando com Anne nos braços até o meu quarto.

"Diga.", sussurro.

"Cuida bem dela, viu?", ela sorri e volta ao seu quarto.

Eu vou, mamãe.

«MY FAVORITE RISK»Onde histórias criam vida. Descubra agora