Scandal | kth + jjk

30. Jeon Jungkook e o caos da fama, confira na página 12

Sunhi não se demorou a adentrar a sala, fechando a porta às pressas como se temesse que alguém passasse por ali e acabasse testemunhando a barbaridade que seus olhos estavam sendo obrigados a ver.

Seu filho. Seu único filho. O garoto que sempre lhe dera orgulho e que a fez abandonar tudo para se dedicar a cuidar dele e ajudá-lo a perseguir seu sonho, agora lhe dava a maior vergonha de sua vida, como um tapa no rosto em frente a uma multidão.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou mesmo já sabendo a resposta.

Ela não encarava Jungkook, não tinha coragem. Não queria ter que lidar com o sentimento de culpa, de falhar na criação dele e, a essa altura, pouco poder fazer para reparar os danos.

— Responda! — indagou a Taehyung. Aquele monstro que empurrou a irmã para dentro do MV como forma de disfarçar o escândalo que a revista Scandal planejara.

— Mãe... — começou Jeon, ficando de pé como uma barreira entre ela e Taehyung.

— Cale a boca! Eu não estou falando com você.

Taehyung revirou os olhos, seu jeito automático de demonstrar desprezo diante de uma tentativa de intimidação. A face estava serena e ele permaneceu sentado, como se a presença dela pouco lhe afetasse, no entanto, por dentro... estava desesperado. Por Jeon. Pelo que poderia acontecer por consequência da descoberta dela.

— Está me perguntando o que está acontecendo, Sra. Jeon? — perguntou o Kim, examinando as unhas distraidamente. — Bom, achei que a senhora fosse grandinha pra entender.

— Seu canalha! — ela berrou, contorcendo a face inteira.

Sentindo-se desrespeita acima de tudo, não mediu suas ações ao pegar o vasinho de plantas da mesa de centro e atirá-lo na direção de Taehyung, o que não chegou nem perto de atingi-lo, pois Jeon foi rápido em apanhar o objeto como um goleiro.

Porém, o Kim acabou levantando-se em reflexo, o que deu vantagem a Sunhi, que logo buscou por outro vaso de decoração, dessa vez de vidro.

E o estrago estava feito.

Na região do ombro, Taehyung sentiu os cacos de tamanhos disformes cortando sua pele. Não foi uma dor horrível, talvez nem precisasse de pontos, podia suportar. Horrível foi ver Jungkook avançando para a própria mãe, de modo a segurá-la pelos pulsos para impedir que ela jogasse mais coisas contra si.

Sabia o quanto era importante para Jungkook que a mãe não se decepcionasse, portanto, enfrentá-la daquela maneira requisitava muita coragem e, sinceramente, Taehyung não queria ser o motivo que o faria recuar de tanta cautela com tanta rapidez.

Ele merecia mais tempo para lidar com aquilo. Estava enfrentando dois pesos sobre si ao mesmo tempo.

— Pare com isso! — ordenou Jeon.

— Parar com o quê, seu imundo?! Me largue, me deixe quebrar esses vasos nesse aproveitador para não quebrar em você.

— Não! A senhora está muito nervosa, por favor, apenas pare, e-

— Nervosa?! — Sunhi sacudiu tanto os braços, que o filho foi obrigado a soltá-la. — Eu estou calma perto da angústia que estou sentindo por vê-lo agarrado a outro homem como uma bichinha. Yugyeom finalmente conseguiu o que queria, te transformou num deles.

Engolindo em seco, Jungkook olhou para Taehyung de soslaio, notando-o segurar o ferimento com a destra para controlar o sangramento lento, mas evidente. Não tinha tempo para aquela discussão, precisava cuidar dele.

— Depois falamos disso.

— Depois, Jeon Jungkook? — ela soltou o ar de forma pesada. — Depois vou estar nervosa de verdade. Me responda agora como você pôde se deixar levar desse jeito.