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As pontas dos dedos de Tzuyu bateram no volante com o ritmo da música

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As pontas dos dedos de Tzuyu bateram no volante com o ritmo da música. Pink tocou nos alto-falantes.

Por que Sana, que estava na frente dela, dirigia como uma tartaruga? Ninguém se importava com o limite de velocidade quando a polícia não estava por perto.

Sana diminuiu a velocidade ainda mais e virou uma rua com mais buracos do que Tzuyu podia contar. Entre vários abetos altos surgiram minúsculas casas de trailers, de madeira e principalmente com fundações de concreto. Não havia luzes da rua, e quanto mais elas dirigiam para esse parque de trailers, mais degradado o local aparecia no escuro.

O lixo estava ao redor da maioria das cabanas em ruínas. Os edifícios, se você pudesse chamá-los assim, tinham visto melhores dias com tinta descascada, arte de rua e pelo menos uma janela quebrada. Como alguém poderia viver assim?

Sana virou para outra rua, que na verdade não era mais que uma estrada de terra. Reboques velhos, principalmente em ruínas, formavam um enorme U. Nenhum carro estava estacionado na frente deles.

Entre dois trailers, Sana parou o carro e saiu.

É onde ela mora?

Apenas um trailer tinha luzes acesas. Tzuyu engoliu em seco contra a garganta.

Ela nem tinha um taser.

Incapaz de ver algo na escuridão, ela hesitou antes de deixar o carro. Com as pernas trêmulas, ela fechou a porta e marchou em direção a Sana, que a encarou enquanto fechava a porta do carro com muito cuidado, como se tivesse medo de fazer barulho.

Talvez fosse exatamente o que Tzuyu deveria ter feito. E se alguém os tivesse ouvido e saído para roubá-la? O mais rápido que pôde, ela pegou algumas notas do bolso da calça e contou cem dólares. Ela apertou o dinheiro na mão de Sana.

"Aqui. Jogue o dinheiro e as chaves do carro na caixa de correio dele, pegue suas coisas e vamos embora."

Ela apertou os olhos no escuro.

"Hum, se ele tiver uma caixa de correio."

"Eu irei fazer isso", Sana sussurrou. Ela parecia tão ansiosa que ninguém descobriu que elas estavam aqui.

Sana correu para um trailer na curva do U, um sem luzes acesas por dentro. Quando ela colocou o dinheiro e as chaves do carro em uma pequena caixa de metal ao lado da porta, o barulho foi alto o suficiente para acordar os mortos.

Sana ignorou o barulho e correu de volta para Tzuyu para apontar para o único trailer, que ainda tinha as luzes acesas.

"Minha melhor amiga mora lá. Ela tem o pijama do Yuri. Vamos lá primeiro, depois para o meu trailer, aquele ao lado."

Comparado aos outros trailers nesse canto do estacionamento, era óbvio que Sana e sua vizinha mantinham suas casas limpas e arrumadas. Pelo menos Sana não era bagunçada.

Feelings -(Satzu)Onde histórias criam vida. Descubra agora