Apolo

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Eu não acredito no dito popular que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, alguém como eu que parece nascida para sofrer não pode ter esperanças, depois de tantas experiências ruim constatei esse fato, então decidi apenas aceitar, não foi tão difícil, depois ver meus pais se odiarem por vários anos e perder eles em um acidente desisti de grandes acontecimentos, tudo o que me restou foi meu irmão mais velho e mais bonito, eu sou a típica garota sem graça, corpo magro, sem curvas ofensivas, alta, cabelos loiros e lisos (“ralos” e meu adjetivo favorito), olhos azuis, são i que tenho de mais bonito, uso óculos, não sou miopi, tenho dificuldades na leitura, mais sem eles ainda vejo alguém na minha frente, minhas roupas são comuns, sem muito estilo, tenho dezessete anos e sou virgem nunca fui beijada, afinal quem ia querer beijar a garota sem graça?... eu moro com meu irmão ele tem vinte e cinco, e uma grande diferença entre nos, ele e um bom irmão, cuidou de mim depois da morte dos nossos pais a três anos, nos somos muito próximos, só temos um ao outro, quero dizer era assim, agora ele tem os amigos dele, casamento esta fora de cogitação, ele se considera independente, e um homem jovem demais para casar, mais eu não tiro sua razão, Lincoln ou link como prefere ser chamando e alto e forte, o típico malhado, tem cabelos claros como eu e os olhos castanhos quase mel, e charmoso e sedutor, minha melhor e única amiga Amelia, morre de amores por ele, ela não e feia, tem um e sessenta e cinco de altura, belas curvas se veste bem, e tem lindos cabelos castanhos, mais ela não quer ser só mais uma, apesar de eu saber que eles já se pegaram, claro que ela nunca confessaria, mais eu sei. Minha vida tão básica e comum continuaria assim por toda minha vida, eu já não tinha esperanças de grandes acontecimentos nela, eu apenas vivia, e vivia, era mais fácil. Mais isso mudou quando conheci o chefe e melhor amigo do meu irmão, ele era Apolo, céus que homem. Mais ele era isso, Andrew era um homem de vinte e seis anos, que nunca jamais olharia para mim, ele falava comigo como se fosse uma criança, aquilo me dava nos nervos. Nunca vou esquecer o momento mais intenso da minha tão sem graça existência, o dia que conheci Andrew Deluca a reencarnação de Apolo (não que eu acredita-se, mais se sim, seria ele), alto cabelos pretos e crescidos, olhos loucamente tentadores com aquele azul, não o típico azul céu de um lindo dia de sol, mais um azul especial de um dia chuvoso, seu dia preferido para ne aninhar em uma cama quente enquanto escuta o som das gotas de chuva em seu telhado, boca carnuda, queixo quadrado em uma barba crescida, mais não era feio, ela era bem cuidada, pele bronzeada, corpo malhado, e bem vestido não era para menos ele e o dono da mais conhecida loja “esplendor”, o nome lhe caia bem, era exatamente isso, um esplendor, você não comprava apenas roupas, sapatos e acessórios, mais conseguia tratamentos de beleza, comia ali, era um grande shopping, resumindo era isso, tinha de tudo da maior qualidade imaginável. Andrew e o sonho de toda mulher, o meu sonho impossível.

- Mer? – ouvi a voz de link entrando em casa, estava atrás do sofá com meus óculos, usando qualquer coisa e lendo meu livro favorito (romeu e julieta), levantei meia desengonçada e perdi o ar ao ver Apolo na minha frente (me refiro ao andrew ), ele sorriu como se visse uma criança, fitei aqueles olhos chuvosos

- oi link, boa tarde – sorri sem jeito
- Mer, esse e o Andrew – eu já sabia quem ele era, já ouvi seu nome um milhão de vezes não só de link , mais na tv, ele era quase um artista – Andrew, minha irma Meredith

- e um prazer menina – Andrew me estendeu a mão

- digo o mesmo – falei apertando aquelas grandes mãos que fizeram meu corpo tremer – eu vou deixar você a vontade

- não se incomode – Andrew pediu

- não faz mal, o chão e desconfortável, tenho um sofá melhor no quarto – sai trocando os pés ate estar em meu seguro quarto, eu nunca jamais ia esquecer os olhos de Andrew

Todos os dias minha mais tola esperança era rever andrew, poder ouvir sua voz de trovão e ver seus olhos chuvosos, eu me frustrava diariamente a espera do momento em que veria ele, como se ele fosse querer me encontrar novamente, ele provavelmente estava se perguntando de onde eu sai, não era possível ser irma de link, ele que mesmo antes da esplendor já era bonito e bem vestido, eu sempre fui assim, magra e pálida, tinha vergonha de mim mesma, eu continuava a esperar mês a pós mês mais não aconteceu por quase um ano eu não o vi, nem uma única vez parecia crueldade do destino me causar tal sofrimento, eu nunca jamais ia o esquecer, e desde aquele dia eu nunca mais consegui ser a mesma, havia algo de masoquismo em minha atitude, ficava sonhando acordada com o dia em que ele me notaria e me beijaria, o dia em que ele me amaria, me torturava lembrando dos detalhes do seu rosto e do seu sorriso, da sua voz, as vezes sentia vontade de perguntar a link sobre andrew, mas não acredito que ele iria me responder algo além de um “vai bem”, então me mantive calada, nem Amelia  sabia do meu amor platônico

UM LOUCO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora