Capítulo 23 - Descendo Montanha a baixo

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Bela POV'S

Aquelas garotas eram doidas, mas eu as amava muito! Eu sempre fui a mais tímida do grupo, e nunca foi fácil pra mim socializar, mas com elas era fácil.

Desde quando tudo começou, passar pelas dificuldades, se tornou mais fácil porque estávamos unidas. E eu não sei o que seria de nenhuma de nós sem as outras.

Acordei de manhã com Rachel chegando no quarto, e resolvi descer na frente porque estava com fome.

Eu andava tranquilamente pelo corredor, quando de longe vi Felipinho falando com Lion e Dylan no Refeitório, estavam nos esperando para o café.

As meninas ainda iam demorar pra descer, então pensei em procurar Gabriel pra ir comigo dar uma volta e depois tomar o café. Com certeza ele estava com Ryan e os meninos!

Passei pelos meninos, dei um 'Bom Dia', e segui pelo corredor rumo ao laboratório de informática.

Eu andava tranquilamente quando uma mão saiu de dentro de uma das salas escuras do corredor, cobriu minha boca e me arrastou pra dentro da sala.

Me debati o quanto pude na tentativa de me soltar, mas foi em vão. Minha boca foi coberta então por um pano com um cheiro estranho horrível e em poucos segundos minha vista começou a escurecer e as pálpebras a pesar, fiz o que pude para me manter acordada mas não consegui.

Como em um sonho estranho, acordei me debatendo, mas ao abrir os olhos tive um triste choque de realidade. Eu realmente estava presa. Não tinha idéia de quanto tempo havia se passado, mas sabia que dormia já fazia um tempo. Olhei para todos os lados em desespero, procurando algo que me ajudasse a escapar ou uma pisca de onde eu estava.

Mas só consegui constatar que estava amarrada a uma cadeira, com um pano tampando minha boca e com uma dor terrível de cabeça.

Olhei novamente e vi uma sombra se mover. E olhando melhor ali vi uma silhueta, meu desespero aumentou ainda mais eu comecei a me debater em desespero, eu precisava sair dali!

Era Carla! Ela estava viva, recuperada e carregava uma faca. Meu desespero só aumentou e comecei a fazer mais força para me soltar, chegando ao ponto de cortar meus pulsos, mas sem nenhum sucesso em afrouxar o nó.

- Ei Ei Ei, Relaxa! Se eu quisesse te matar já teria feito. Você apagou por tempo suficiente pra isso querida. - A garota falou baixo, de forma calma e suave.

Eu estava apavorada. Uma lágrima desceu pelo meu rosto e eu parei de me debater. Rezava fervorosamente pedindo por favor pra que Deus mandasse alguém pra me salvar e meu coração batia a mil por hora!

- Ei Garota, relaxa! Eu já disse que não vou te matar. - Ela repetiu tranquilamente sorrindo.

Arqueei minhas sobrancelhas me perguntando o porque então de eu estar ali então, e como se pudesse ler meus pensamentos ela respondeu calmamente.

- Eu só quero que pensem que eu vou te matar! E você, vai ser uma garota boazinha e vai me ajudar...

Cerrei os olhos em tom negativo, eu nunca ajudaria aquela maníaca!

- Senão... Mato seu namoradinho e todos os seus amiguinhos! - Ela respondeu sorrindo, como se falasse com uma criança. - Mas nós não queremos isso, não é verdade? Sua amiga ainda pensa que os alunos estão do lado dela, mas ela só pensa isso... Os que realmente estavam, estão quase todos mortos! Eu tenho muitos ao meu lado e vou acabar com vocês! Então... me ajude e não acelere todo esse massacre!

Fechei os olhos e respirei profundamente. Esperando que a garota continuasse seu monólogo.

- O que eu quero com isso? Simples! Garantia de sobrevivência, a comida está acabando, logo ninguém mais vai estar vivo. Eu quero a comida! E você vai ser meu bilhete de passagem, eles vão fazer de tudo pra te salvar, aliás, já estão fazendo! E eu só te devolvo VIVA, se me entregarem toda a comida.

Enquanto Houver LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora