02

3.4K 527 377
                                    

[Narrador]

"

Make it right.

Querido filho, hoje é seu décimo terceiro aniversário, sinto que está na hora certa de te falar sobre coisas mais adultas...

Você não imagina o quanto eu quero ver seu rosto, quero te dizer palavras lindas e te beijar antes de partir.

Em uma noite interminável, foi você quem me deu a manhã. Posso segurar sua mão agora? Oh, eu posso consertar as coisas.

Creio que no seu ano será tudo especial, você poderá observar várias coisas e perceber o que é certo e errado.

Não sei quais serão seus planos, mas saiba que eu sempre estarei te apoiando.

Seu pai? Ele é um homem tão incrível, está me ajudando a planejar todos os seus presentes, espero que goste da miniatura de piano, ela representará a música, que ela esteja sempre com você.

De: Mamãe."

Naquele ano, Namjoon ganhou não só  a miniatura de piano, ganhou também diversos questionamentos.

Quem era minha mãe?

Por que ela me deixou assim?

Ela não poderia ter lutado?

A vida não era tão fácil como o pequeno Namjoon achava que fosse.

-Namjoon, me empresta teu caderno?--TaeHyung perguntou--não fiz a atividade de Inglês.

-Claro...--entregou o caderno ao seu colega.

TaeHyung era desatento nas aulas, nunca fazia as atividades de Inglês, sempre dizia que não teve tempo para fazê-las.

Aquele garoto tinha tantos problemas em casa, mas ninguém sabia disso. Ele guardava suas angústias e sofrimentos dentro dele mesmo. Sempre esbanjando um sorriso por fora.

Namjoon sempre teve facilidade nas matérias da escola, Inglês era o seu forte, Japonês era fácil de dominar e Matemática era simples de calcular.

O garoto era desejado por muitos naquela escola, mas poucos tinham sua atenção. Ele era misterioso aos olhos dos outros.

-Namjoon oppa--Suzy chegou--você poderia me dar aulas de matemática hoje depois do almoço?--perguntou fofamente irritante.

A garota com traços americanos era caidinha por Namjoon, ele, o qual era caidinho por SeokJin.

-Não vai dá--disse e sorriu fechado.

Uma porta fechada bem na cara.

-Amanhã você pode?--insistiu.

Namjoon suspirou e disse:

-Desculpa, mas eu realmente não vou poder te ensinar matemática.

A garota ficou sem jeito, desviou o olhar enquanto a pequena brisa que passava pelo pátio, bagunçava sem cabelo castanho.

-Tudo bem--riu sem jeito--obrigada mesmo assim, oppa--fez uma reverência antes de sair.

-Cara, ela ta tão na sua--TaeHyung comentou--por que não fica com ela?

-Ela não faz meu tipo...

-Como não? Suzy faz o tipo de todos os caras dessa escola--comentou batendo com a lapiseira em sua cabeça.

-Mas não o meu--Namjoon disse pegando o celular.

Claro que Suzy, a garota americana desejada por todos, não fazia o tipo de Kim Namjoon. Apenas uma pessoa fazia o tipo dele.

Olhos escuros, pele aveludada...Kim SeokJin, o entregador de presentes.

-Você sabia que Park Jimin passou para a universidade de Busan?--TaeHyung perguntou sem tirar sua atenção da copia do exercício.

-Fiquei sabendo...

Park Jimin era o ser mais "amostrado" daquela escola. Gostava de exibir sua inteligência e dizer para todos que era o melhor. Ele sempre ficava em primeiro.

A Universidade de Busan era seu grande objetivo, ele lembrava a todos sempre que fazia seus discursos na frente da turma quando recebia seu certificado de reconhecimento em todos os simulados.

Aquilo irritava Namjoon, não era inveja, apenas odiava ver alguém tentando ser melhor que todos em vários requisitos. Era realmente irritante.

-Eu odeio esse inferno--Yoongi, melhor amigo de TaeHyung, chegou jogando sua mochila na pequena mesa.

-Bom dia para você também--TaeHyung disse depois do susto--fez eu errar aqui ó.

-Ta fazendo o quê?--Yoongi perguntou se inclinando para ver.

-Atividade de Inglês.

-Vou fazer não, quero que aquele teacher se fôda--xingou.

Namjoon apenas observava a situação.

Yoongi sempre era rabugento em horas que antecediam as 10. Ele era desligado para os estudos. Tinha os pais unidos e adoráveis. Ambos tentavam fazer com que o filho desse valor a tudo que recebia.

Namjoon sabia de todas aquelas informações através de boatos que corriam por aquela grande escola. Não era diferente quando os assuntos se tratavam dele. Diziam que a mãe dele tinha sido uma covarde por ter permanecido no país para morrer. Naquele ano, muitas mulheres fugiram para poder terem seus filhos longe daquela política. Foi tanto que no ano, Japão e China declararam super lotação.

18 Presentes NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora