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      A noite estava iluminada pelas luzes cintilantes que adornavam o salão de festas do novo edifício da K-Tech King

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      A noite estava iluminada pelas luzes cintilantes que adornavam o salão de festas do novo edifício da K-Tech King. Era a inauguração da nova filial, e eu estava determinada a fazer dessa noite um sucesso.

      Pelo segundo andar, me apoiava sobre o parapeito que dava a vista à grande e elegante recepção do Hotel Grandview. O evento de gala estava em pleno andamento. O salão estava repleto de convidados de alta sociedade, todos vestidos a rigor. A atmosfera era de sofisticação e prestígio, com músicos ao vivo tocando clássicos suaves enquanto os convidados conversavam e desfrutavam de iguarias requintadas. Não deixava de notar o quão cheio de pessoas de todas as idades e níveis hierárquicos impregnava o local. E, pessoalmente falando, ser filha de um homem importante me dava a liberdade de conhecer muitas pessoas no mundo corporativo.

      Por exemplo, no meio da multidão, Daniel Harrison, um novo rico, estava tentando impressionar os presentes com sua aparência extravagante e suas constantes exibições de riqueza. Ele ostentava um terno sob medida e uma joia chamativa no pulso, e estava fazendo questão de comentar sobre os altos valores de seus investimentos e aquisições recentes.

      Enquanto Daniel falava alto e de maneira pomposa, o murmúrio dos convidados se tornava crescente. Alguns olhares de desaprovação foram trocados, e a conversa ao redor começou a se desviar para outros tópicos. A tentativa de impressionar estava se tornando desconfortável.

      Entre os convidados também estava Helen Carter, uma mulher de comportamento reservado e notável dignidade, conhecida por seu trabalho filantrópico e sua reputação impecável. Observando a cena de longe, Helen percebeu o desconforto crescente e decidiu intervir, com a intenção de suavizar a situação sem causar um alvoroço.

      Com uma abordagem cuidadosa, Helen se aproximou de Daniel, oferecendo um sorriso genuíno, e então trocaram palavras, agora, quase silenciosas. Vendo os dois juntos, era notável o mero contraste de que, definitivamente, o dinheiro não comprava educação e muito menos bons modos de etiqueta. 

      Identifiquei o senhor Salvatore com uma taça de champanhe na mão conversando animadamente com uma mulher mais jovem. Minha atenção redobrou a procura do Andrew, e quando o encontrei de costas na mesma roda de pessoas, apressei meus pés para ir ao seu encontro antes que pretendesse se misturar na multidão.

      Descendo as escadas, precisei segurar a barra do meu vestido de gala preto, que ultrapassava meus pés e era necessário um salto bastante alto para não ir se arrastando ao chão.

      Ao ir me aproximando aos poucos, quem me enxergou primeiro foi o pai dele, que abriu um grande sorriso surpreso.

      — Alexia? Meu Deus, quanto tempo! — Ele arregalou os olhos, abrindo espaço na roda para que eu me encaixasse. Segurei suas duas mãos e ofereci um sorriso gentil. Apesar de cumprimentá-lo, meu olhar não escapava da profundidade dos olhos de seu filho. O senhor Salvatore pareceu notar que não era por ele que eu estava me apresentando. — Foi muito bom revê-la. Mas vamos deixá-los a sós.

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