16 | Eu não acho você azarada

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J A N E   W A Y S O N

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J A N E   W A Y S O N

     As aulas se passaram rapidamente, e eu mal tinha me dado conta que todos os alunos da sala já saiam apressadamente.

Encarei o quadro a minha frente. Antes de sair, anotei tudo o que era necessário e, finalmente juntei todas as minhas coisas as guardando na mochila que se localizava ao meu canto do lado esquerdo da minha mesa.

No meio de tanta bagunça que a minha mochila continha, aproveitei para finalmente pegar o meu celular que ainda continuava dentro da minha bolsa. Na volta do intervalo eu não tive mais tempo de pegar o mesmo já que eu tinha outras aulas. Eu poderia ter pego no meio de uma delas, mas achei que não deveria para não atrapalhar de nenhum professor.

Coloquei o meu celular sobre a mesa, e guardei o resto das minhas outras coisas para finalmente me dirigir até a porta e sair da sala.

Com as alças da minha mochila já pendurada nos meus braços, liguei o botão do lado para que a luz da tela se acendesse. Mas sem sucesso.

Ele estava descarregado.

Droga!

Nesse mesmo momento, eu acabo tendo uma vaga lembrança da última porcentagem de bateria que ele tinha até ontem.

Dois por cento. Era óbvio que ele iria descarregar, Jane.

Meu subconsciente fez questão de repreender-me.

Diferente do lugar de antes, onde o meu celular estava guardado, dessa vez eu o deixei no meu próprio bolso da minha calça. Anotando mentalmente que, assim que eu chegasse em casa, eu iria imediatamente o colocar na tomada.

Assim que sai da sala, comecei a seguir o fluxo de alunos que andavam pelo corredor. Todos para uma mesma direção. A porta de saída.

Mas, diferente deles eu iria para uma outra direção. Por isso, sem nenhuma pressa, eu andava lentamente até que todos fossem embora e os corredores ficasse completamente vazio.

Essa era a tática quando eu precisava deixar mais uma carta no armário de Ryan, sem que ele me visse.

Uma adrenalina fez com que eu sentisse um pouco de medo. O que era sempre normal, levando em conta de que era bastante perigoso caso alguém me visse e descobrisse. E esse, no entanto, era o meu único e maior medo. Tanto que eu sempre cruzava os dedos para que nunca ninguém me pegasse em flagrante e achasse estranho, pois eu saberia que seria muito questionador, e com certeza, esse certo alguém acabaria contando para o mesmo. O que estragaria definitivamente tudo e a minha esperança iria-se embora.

Respirei profundo, olhando de um lado para o outro, atenciosamente.

Não tinha mais ninguém.

Com cuidado, virei a minha mochila um pouco mais o lado para que eu pegasse facilmente o envelope guardado. Assim que peguei, eu fechei a mesma.

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