Jane Wayson nunca foi notada por seu crush Ryan Parker, cujo é um garoto popular apenas por ser encantador e um bom garoto, filho da diretora do colégio de onde estuda e por quem é apaixonada desde o primeiro ano do ensino médio. Bom, pelo menos é o...
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J A N E W A Y S O N
Eu fitava o teto do meu quarto.
Meus pensamentos estavam a mil, e desde que cheguei em casa até o fim da tarde eles ainda continuavam nessa mesma sintonia, sempre voltando-me a lembrar da cena em que vi no corredor hoje mais cedo no colégio, como se fosse um flashback.
Eu estava tão magoada com tudo que eu nem queria conversar com ninguém. Minhas caixa de mensagem no Snapchat estava lotada. Oli havia me mandado um monte, fora as ligações que eu não atendi nenhuma.
Sabia que ela poderia estar preocupada já que eu fui embora com o Josh sem nem mesmo a esperar por também irmos no mesmo ônibus para casa. Mas, naquele momento, eu desejava ficar sozinha... Não queria que ela soubesse o porquê de eu estar assim desse jeito. Por mais que eu estivesse para baixo, eu sabia que passaria, pois no final eu tinha que superar de alguma forma.
Ver Ryan Parker beijando a Chloe foi como um tapa na minha cara, e o pior é que eu ainda não queria acordar para real.
Pensei que eles tivessem terminado, mas tudo parecia ser o contrário...
Você é tão iludida, Jane.
E como sou... Por que eu tinha que gostar tanto dele? Por que eu tinha que ter um crush nele, sendo que nunca trocamos uma conversa e nem mesmo éramos amigos?
Guardar os sentimentos era mais doloroso do que se machucar fisicamente. Quer dizer, se você ralar o joelho ele cura, mas e os sentimentos?
Suspiro profundamente, e me viro na minha cama ficando de barriga para baixo e minhas mãos apoiadas no meu rosto.
Fecho os meus olhos, ouvindo todo o silêncio em que meu quarto estabelecia. O abro novamente pôr perceber que o pôr do sol do fim da tarde batia plenamente no meu quarto quase escuro.
Decido me levantar, pisando no chão de calços e seguindo diretamente até a janela do meu quarto para fechar tanto ela quanto a cortina branca que batia na minha escrivaninha.
Ao me aproximar mais e mais, percebi a iluminação solar fixada sobre o meu livro que acabei de ler por completo. Cartas para a Julieta.
O livro era lindo, rico e extremamente encantador para um belo romance feito de pesquisas e fatos verídicos que são até mesmo comprovadas. Nele eu consegui sentir o verdadeiro significado do amor através das cartas, e o mais incrível de tudo foi ver que a obra de Shakespeare, Romeu e Julieta, foi uma inspiração para a história além do incrível fato de se passar em Verona, Itália.
Uma vez eu já havia assistido o filme que, diga-se de passagem, era digno do livro das irmãs Friedman. Tão belo quanto, e também tão inspirador...
Cartas...
Um pensamento aleatório veio na minha mente. De um jeito louco eu diria, mas e se...
