22 | Turbilhões de sentimentos

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J A N E   W A Y S O N

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J A N E   W A Y S O N

     Num rompante incrível, levantei-me da cadeira e cravei o meu olhar firmemente na figura em cima da cadeira no refeitório do colégio. Ela encarou-me com seu olhar desdenhoso.

— Você não tinha esse direito! — falei, alto o suficiente para que Chloe ouvisse. As pessoas ao meu redor me encararam ficando quietas e surpresas pela minha fala, inclusive Ryan, Olivia e Scott.

— O que você disse? — Chloe perguntou, cravando o seu olhar em mim, assim como eu.

— Eu disse que você não tinha esse direito! — repeti. — Você não tinha esse direito de me humilhar para se sentir melhor, somente para aumentar esse seu ego ridículo! — bradei e Chloe me olhou com seus olhos faiscando, provavelmente não gostando do que eu havia acabado de falar.

E, pela primeira vez na minha vida, eu estranhamente havia gostado do seu descontentamento, tanto que minha coragem aumentou ainda mais, fazendo com que eu continuasse:

— Você também não tinha nenhum direito de pegar essa carta. Aliás, que você mandou alguém pegar. — encarei ao seu lado onde sua fiel amiga Jess estava.

Olivia estava certa quando questionou dela ter me tratamento tão bem. Agora tudo fazia sentido; o seu empurrão de propósito e minha doce inocência de ver que havia sido sem querer quando na verdade não foi. Jess fez aquilo para conseguir fazer com que minhas coisas caíssem no chão e ela pegasse a carta que estava dentro da minha agenda que, agora me lembrando melhor, eu nem se quer havia dado o trabalho de verifica-la para ver se a carta ainda estava lá. E esse foi o meu erro.

Como ela sabia, eu não sei. Mas tinha a plena certeza de que era ela, e foi comprovado quando ela desviou o seu olhar do meu, envergonhada.

— Que foi coisinha azarada, resolveu se revoltar agora? Sério? — Chloe riu, debochadamente.

— Talvez. — eu a respondi. — Porque eu estou cansada disso! — olhei todo mundo ao meu redor. — Cansada de sempre ficar quieta e deixar que grande maioria me humilhe como da forma que você acaba de fazer. Talvez eu esteja cansada de pessoas como você, que sempre fazem de tudo para conseguir estragar a vida alheia ou então torná-la simplesmente um inferno! Vocês agem assim porquê? Porque a vida de vocês é infeliz? E por isso se sentem melhor em infernizar a outra? É isso que é mais legal para vocês? Humilharem para se sentir superior? — a cada pergunta foi mais como uma afirmação, mesmo assim, continuei: — Como você se sente agora Chloe? Feliz, por ter revelado uma coisa que era minha e que você não tinha nenhum direito? Ou feliz por isso não ter acrescentado nada em sua vida?

Observei a mesma entreabrir sua boca como se estivesse prestes a falar algo, mas nada saiu, pois logo prossegui:

— Sim, eu escrevo cartas para o Ryan. — revelei para todos que estavam quietos, mesmo que eles já soubessem. — Escrevo porque foi a única solução que encontrei para consegui expressar o turbilhão de sentimentos que eu sinto por ele desde o primeiro ano. Será que ninguém aqui nunca gostou de alguém? Que nunca tentou em se aproximar e mesmo assim nunca conseguiu por ser alguém tímido, sem coragem?

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