"Novos começos chegam, muitas vezes, disfarçados de finais dolorosos."
- Desconhecido
Já faziam 3 meses desde a morte da minha mãe. Minha avó voltou para sua casa no dia anterior, eu estava em meu quarto arrumando minha mala. Eu estava pronta para recomeçar. Mesmo com toda a dor que eu estava sentindo, eu sabia que um dia eu conseguiria sobreviver a isso, mas não aqui. Pelo menos ainda não.
Eu e minha melhor amiga Maggie, estávamos indo dividir moradia no centro da cidade. Eu tinha me formado mesmo aos trancos, terminei a faculdade de publicidade em casa. Pela perda recente que eu tive meus professores e o reitor da faculdade foram muito compreensivos e me deixaram terminar os trabalhos de conclusão em casa. Agradeço as minhas notas e a minha melhor amiga por ter me ajudado com isso, pois sem a ajuda dela eu não teria entregue tudo que precisava e consequentemente não teria me formado. Mas eu devia isso a minha mãe mais do que tudo, que sempre se esforçou tanto para que eu fizesse uma boa faculdade. Então eu tinha que me formar por ela e me formei, agora estava prestes a mudar de casa.
Eu tinha uma entrevista na segunda, em uma empresa de publicidade e propaganda, responsável por planejamentos de campanha e se conseguisse a vaga ficaria responsável pela parte do planejamento da empresa, consegui a oportunidade graças a Maggie que já trabalhava lá no mesmo setor que eu iria trabalhar. Ela entrou como estagiária e acabou sendo efetivada.
— Já terminou a mala Madu? — minha melhor amiga estava na porta do meu quarto, pois somente ela me chamava de Madu. — Minha filha como você demora para fazer essa bendita mala hein. — ela se jogou na minha cama, deitando por cima das minhas roupas.
— Se você sair de cima das roupas eu termino mais rápido, "flor". — joguei uma blusa em cima dela, ela bufou e me mostrou a língua.
— Joga tudo na mala e vamos logo, nosso voo sai daqui a 2:30 horas e se continuar assim vamos nos atrasar. — iríamos embarcar hoje, as 21:00 horas, chegaríamos por volta das 23:30 horas a capital. A Maggie alugou nosso apartamento a cerca de 5 meses atrás, já fez boa parte da mudança e mobiliado o restante. Eu levaria poucas coisas e o restante iria comprar lá, pois não queria nada que lembrasse de casa, pelo menos não por agora.
— Se continuar me apressando eu vou jogar você, pela janela palhaça. — comecei a rir, e recebi um travesseiro na cara.
Terminei de colocar as últimas peças na mala, fechei e deixei ao lado da cama. Ia levar 2 malas, a de mão e a de viagem. Na de mão coloquei tudo de importante, documentos, passagem, carteira, celular e mais alguns itens, tanto de higiene, como itens mais pessoais.
Meu pai que nos levaria ao aeroporto, não sei como ele está encarando tudo isso, pois como sempre foi reservado, então não é de falar de sentimentos, mas sei que não será fácil. A casa ficará vazia e por mais reservado que ele seja eu sei que será difícil para ele passar por tudo isso.
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Até A Última Folha | Livro 1 (DISPONÍVEL NA BUENOVELA)
RomanceLivro l da Trilogia Jornadas do coração "O amor só vale a pena, quando encontramos alguém que nos transforme na melhor versão de nós mesmos" Maria Eduarda havia acabado de perder a pessoa que mais amava no mundo: Sua mãe, que faleceu devido a um câ...