Epílogo

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Contém cenas HOT!

"E esta canção de amor pra você
Não é só uma fase momentânea
Você é minha vida, eu não te mereço
Mas você me ama do mesmo jeito
E mesmo que o espelho diga que estamos mais velhos
Eu não vou te olhar de outra forma
Você é minha vida, minha amada, minha escolhida
E isso é uma coisa que não vai mudar" 

— Never Stop - SafeSuits 

— Já terminou de guardar as coisas amor? — Caleb perguntava enquanto adentrava o nosso quarto

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— Já terminou de guardar as coisas amor? — Caleb perguntava enquanto adentrava o nosso quarto. Ainda era estranho ver esse enorme apartamento como sendo meu também.

Levaria um tempo para que eu me acostumasse com isso.

— Já sim amor... — respondi enquanto terminava de guardar as últimas peças no enorme closet do Caleb. Quer dizer, no nosso closet.

Ele me deixou com o maior lado, ainda não sei bem porque, já que não tenho muitas roupas. Na verdade, não tinha já que ele tratou de comprar algumas mais para mim.

Teria muitas coisas para me acostumar, além do fato de dividir a casa com ele. Estava definitivamente numa nova vida, com um novo cargo profissional, a frente de decisões importantes da empresa, junto com Caleb e os outros gestores. Na ausência dele, éramos nós que tomávamos as decisões finais na empresa. Mesmo com a maneira um pouco autoritária do meu namorado, ele me deixou tomar as decisões na empresa da maneira que eu achasse melhor. A nova filial da Jones, ficava a cerca de 30 minutos da matriz, que era onde o Caleb trabalhava e 15 minutos do nosso apartamento.

Já fazia um mês que eu estava trabalhando como gestora e mesmo estando na minha melhor forma física e plenamente saudável, Caleb fazia questão de me levar e buscar na Jones todos os dias. Ele dizia que era para aproveitar os minutos comigo, mas eu sabia que era por outro motivo. Com a Melissa ainda a solta e o pai dele também, Caleb tinha receio de que eu fosse sequestrada novamente.

Esse horrível acontecimento gerou traumas, em nós dois. Acabou me acarretando em síndrome do pânico e estresse pós-traumático, me obrigando a frequentar terapia 2 vezes na semana e alguns medicamentos para as crises. Para o Caleb foi um pouco pior, resultou em sudorese noturna, pesadelos e muitas noites acordada cuidando dele. Ele reviveu o trauma, dia após dia, num enorme ciclo sem fim. Por longos 3 meses, foi algo muito difícil de acompanhar para ambos, tinham noites que nós dois nos agarrávamos um ao outro, em lágrimas e assim permanecíamos até o dia clarear.

Ele foi obrigado pelo psiquiatra a tirar uma licença medica de 30 dias, para se recuperar e intensificar o tratamento. Muitas vezes ele só conseguia adormecer depois que o calmante fazia efeito. Mas por fim, conseguimos passar pela fase mais turbulenta disso tudo. Nos agarramos um ao outro, como duas ancoras e permanecemos assim até o fim. Ele foi forte por mim quando eu mais precisei, sem hesitar um milésimo de segundo se era isso que ele queria, e eu fiz o mesmo por ele. Não por obrigação, ou dó, mas por amor. Mesmo essa sendo a fase mais difícil do nosso relacionamento — na parte emocional, — foi ali, naqueles momentos de dores e crises, que percebemos o quanto éramos fortes e o quanto nos amávamos. Esse trauma nos serviu para fortalecer aquilo que já tínhamos. O amor!

Até A Última Folha | Livro 1 (DISPONÍVEL NA BUENOVELA)Onde histórias criam vida. Descubra agora