Capítulo 15 - Sanduíche natural

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   Na sala de Ino, o silêncio reinava no lugar. A loira não estava compreendendo tudo aquilo que sua amiga havia acabado de contar, Ino escutou tudo calada e ao final dessa história, continuou calada. Demônios? Caçadores das sombras? Era algo absurdo demais para se acreditar em um primeiro momento.

    Sakura havia percebido pela feição de sua amiga que ela não havia acreditado em nada, ficou desolada, estaria louca?

   Ino se aproximou da amiga e lhe abraçou, não disse nada, apenas abraçou. Sakura volta a chorar nos braços de sua amiga.

— Eu estou ficando louca? — A rosada dizia aos prantos.

— Amiga, se acalma, respira. — Ino dizia passando a mão nos cabelos rosados.

   Elas ficaram um bom tempo daquele jeito, abraçadas, Ino tentando entender aquela história maluca que sua amiga acabará de contar e Sakura questionando sua própria sanidade. De repente, elas se separam repentinamente quando ouvem a porta do apartamento ser batida.

   Ino se levanta do sofá e vai até à porta para atendê-la e tem uma surpresa em ver quem era a visita da noite.

— Doutor ... Doutor Madara? — Ino diz assustada. Havia acabado de escutar uma história de que o homem na sua frente era um demônio, como reagiria de uma forma diferente?

— Sakura está aqui?

— S-sim. É ... Sakura? Ma-madara está aqui.

   Sakura se levanta e vai até à porta e encara o demônio com seus olhos meio inchados por conta do choro, detalhe que Madara reparou bem.

— Estava chorando? — Sua preocupação era notável.

— Madara não quero falar com você agora. Eu falei que precisava pensar sobre nossa conversa.

— E eu falei que não contei a história toda.

— Madara, por favor. Hoje não. — Sakura diz fechando a porta na cara do demônio.

— Sakura ... Vocês brigaram?

— Não, Ino, eu te contei o que aconteceu.

— Sabe o que eu acho disso tudo Sakura? É que vocês brigaram sim e sua mente criou essa história mirabolante pra esquecer a briga.

   Essa fala da amiga só confirmou que ela realmente não havia acreditado em nada, claro, quem em sã consciência acreditaria, só vivenciando para crer. Sakura respirou fundo, se acalmou e percebeu o erro que havia cometido ao contar para a amiga.

— É Ino, a gente brigou. A história foi uma forma que eu criei para não entrar nesse assunto. — Confessa.

— Sakura... Não precisava ter inventado essa história, você podia confiar em mim. — Ino volta a abraçar a amiga. — Olha, eu sabia que vocês tinham algum rolo, estava nítido no olhar de vocês. — Ela solta uma risada marota. — Mas não achei que vocês estavam tendo algo sério.

— Sim, começamos a namorar e sempre tem aquelas brigas de casais, sabe? Pois é, foi o que aconteceu.

— Sei ... Olha amiga, sei que não é o momento mais apropriado para te dizer isso, mas acho que você deveria fazer terapia.

— Oi? — Sakura se afasta dos braços da amiga.

— Sakura está nítido que você está em negação por causa de uma briga, criou uma história totalmente absurda para esconder esse acontecimento.

— Ino, não quero conversar sobre isso ...

— Ok, quando estiver pronta, tá bom? Vamos ir dormir, já está tarde e a gente trabalha cedo.

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