Capítulo 6 - Um vulto familiar

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   No dia seguinte, Sakura acordou desnorteada, sem entender direito o que aconteceu, viu sua perna enfaixada e ficou preocupada com aquilo.

— Meu senhor amado, o que é isso? Preciso ir ao hospital, oh paizinho. — A rosada diz se desesperando. — Calma Sakura, calma. Vai ficar tudo bem, não é nada, vamos pro hospital e vai ficar tudo tranquilo. — Ela diz a si mesma.

   Com muito esforço ela troca de roupa, e desce até a portaria pra pegar um táxi para poder ir pra emergência do hospital em que ela trabalhava, já que era o mais próximo de sua casa.

   Chegando lá, Ino avista sua amiga e fica preocupada.

— Sakura do céu, o que aconteceu mulher? — A loira diz ajudando a rosada ir até um leito mais reservado, para que ninguém do hospital pudesse vê-la.

— Ino nem eu sei, acordei com a perna enfaixada, não lembro de quase nada.

— Não pode folgar que já quer sair pra beber Saky? Falta de vergonha nessa cara. — Ino ri desfazendo o curativo improvisado que o demônio havia feito. Quando ela termina, se assusta com o corte feito na perna de sua amiga, mais especificamente, em sua coxa.

— Sakura do céu, o que aconteceu? — O tom na voz de Ino era de preocupação.

— É...

- Nada demais senhorita Yamanaka. — Madara aparece do nada interrompendo a fala da rosada com um jaleco de médico e no lado esquerdo havia um crachá do hospital com seu nome.

— Mada... Madara?! — Sakura disse incrédula.

— Vocês se conhecem? — Ino perguntou sem entender o que estava acontecendo.

— Nos conhecemos ontem a noite no bar, ela acabou bebendo demais, caiu e acabou machucando a perna em um vidro de garrafa de cerveja.

— E como você sabe meu sobrenome?

— A Doutora Tsunade me passou os nomes dos residentes e tenho uma ótima memória. Enfim, não devo explicações para você, ajude sua amiga com o machucado dela e faça a ronda nos meus pacientes, você está comigo hoje.

— Eu nem sabia que ele trabalhava aqui. — Ino cochicha para Sakura.

— Agora trabalho senhorita Yamanaka, menos conversa e mais trabalho. — Madara diz se retirando do leito em que as duas residentes estavam.

— Tão ignorante, mas tão lindo. — Ino diz e Sakura fica vermelha.

— Não gostei dele.

— Sei, não gostou tanto que saiu com ele ontem a noite né danada. Fala pra mim Sakura, vocês se pegaram né? — Ino falou mais baixo para que ninguém ouvisse.

— Que? Nunca. Meu Deus Ino. Termina logo com minha perna, quero ir embora.

— Não minta pra mim. — Ino deu uma risadinha safada. — Eu percebo as coisas Sakura.

— Está percebendo coisas demais pro meu gosto. — A rosada revirou os olhos. — Em quanto tempo você acha que vai melhorar?

— Você é médica querida. Você sabe que vai ter que ficar uma semana com os pontos, pergunta besta. — Ino revira os olhos. — Quando tirar os pontos você pode continuar vindo trabalhar, mas fazendo curativos e tomando os remédios certinhos.

— Ah, ótimo! Uma semana sem vim trabalhar, eu tô no caso da Kaguya mano, Shizune vai arrumar outra residente, certeza. Ino por favor, não comenta com ninguém não, faz os pontos e me dá um atestado de um dia apenas, não posso sair desse caso.

— Sakura, Sakura...

— Prometo não me esforçar muito, vou andar pouco e usar calças mais folgadas, por favor Ino.

— Tá bom, tá bom. — Ino diz. — Mas você está me devendo uma.

— Ok, obrigada.

  Ino deu os pontos na coxa de Sakura, deu o atestado de um dia para ela alegando que ela estava presente no hospital por estar tomando soro devido a uma desidratação que teve, e depois chamou um táxi para que a amiga pudesse voltar para casa.

   Ino sabia que o que ela tinha feito era errado, mas não podia deixar que Sakura perdesse um caso tão importante e raro como esse. 

  Porém a loira ficou com uma pulguinha atrás da orelha sobre Madara, que era o novo chefe da cardiologia, a história dele não foi muito convincente e ela iria descobrir a verdade.

   Sakura passou o dia inteiro em sua casa, entediada. A noite chegou, e ela leva um susto ao ver Madara entrando em seu apartamento.

— Agora resolveu brincar de médico no hospital em que eu trabalho? - A rosada questionou.

— Deveria ser mais grata, estou fazendo isso por você.

— Ah menos né Madara. E o que caralhos aconteceu com minha perna?

— Ah isso? Hahahaha é uma história bem engraçada. — Madara cai na gargalhada só de lembrar da rosada doidona de maconha.

— Meu senhor amado, me diz que eu não dancei pelada e cai do pole dance em cima de um vidro de garrafa???

— Que? Não doida, você só foi sequestrada e um caçador das sombras machucou sua perna.

— SÓ??? Você diz só???? Eu fui sequestrada!!!! Meu Deus do céu o que eu fui fazer da minha vida. — Sakura diz angustiada. — Como eu não me lembro disso?

— Pelo o que eu percebi, injetaram maconha no seu organismo, aí você ficou doidona. Aliás, você disse que eu era bem bonito e gostoso, não sabia que achava isso de mim. — Madara deu um sorriso malicioso e queria ver a reação que a rosada teria.

— Eu não disse isso não. Posso ter ficado chapada, mas não mentirosa. — Sakura fica levemente vermelha, tentando não demostrar que estava constrangida.

— Admita que eu sou maravilhoso.

— E exibido também. — A rosada revira os olhos.

— Eu só digo a verdade pirulito. Aceita que dói menos, todas me acham lindíssimo. Até sua amiga acha.

— A Ino acha até um bode velho bonito, então vamos abaixar essa bolinha aí tá.

— Não vou perder meu preciso tempo com você chiclete, vou comer que ganho mais. — Madara diz indo em direção a porta.

— Traz comida pra mim também! Um x-tudo bem caprichado e uma coca.

— E por que eu deveria trazer comida pra você oras?

— Porque isso aqui é culpa sua. — Sakura aponta para sua coxa. — E anda logo por quê tô morrendo de fome.

— Folgada. - O demônio revira os olhos e sai.

  Madara demora muito para poder chegar com os lanches, e Sakura fica levemente preocupada.

— Ele é um demônio, por que tô me preocupando tanto? — Sakura questiona á si mesma.

   Porém Madara estava demorando de pirraça, estava andando bem devagarzinho para poder testar a paciência da rosada.

  Nessa caminhada do demônio, ele sentiu uma presença estranha pelas redondezas do prédio em que a rosada morava, ele então resolveu investigar.

   Ao lado esquerdo do prédio havia um beco que levava á outro prédio, o demônio entrou naquele local escuro e viu brevemente um vulto de alguém que ele parecia conhecer bem.

— Itachi?! — O demônio se questiona surpreso, ao ver o vulto desaparecendo.

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