Capítulo 13 - Alegria de pobre dura pouco

1.2K 126 26
                                    

   Alguns dias se passaram tranquilamente, Sakura estava mais radiante do que nunca; Madara havia lhe convidado para sair.

   Ora, mas eles já saíram tantas vezes juntos, por que dessa vez ela estava alegre com o convite? Bom, agora eles eram definitivamente namorados, claro que seria especial. Sakura ainda estava se acostumando com a ideia de estar se relacionando com um demônio, tudo poderia acontecer em sua vida, era algo instável, mas ela queria arriscar naquilo.

   Seu expediente no hospital foi bastante tranquilo, Kaguya se recuperava bem de seu transplante, Konohamaru estava aparentemente bem também. Ela fez as visitas de outros pacientes e foi para a emergência, que também estava bem tranquila... Tudo estava tranquilo demais.

   Foi para seu apartamento se arrumar para seu encontro, não quis se arrumar demais, obtou por um vestido preto básico, calçou suas sapatilhas da mesma cor que o vestido e deixou seus cabelos soltos; no rosto usou apenas um gloss.

   Escutou sua porta da frente abrir, passos vinham em direção ao seu quarto.

— Está bonita hoje, pirulito. — Madara diz escorado na porta do quarto da rosada, admirando-a.

— Estou linda todos os dias, por favor né.

— Convencida. — Madara sorri de canto.

— Aprendi com um certo alguém. — Ela o olha sorrindo. — Vamos?

   Era um belo final de tarde, eles foram caminhando tranquilamente pelas ruas da cidade, até chegarem ao seu destino, um restaurante. Sakura não conhecia aquele estabelecimento, havia ficado a critério do demônio em escolher o local para o encontro, e olha ele acertou em cheio.

— Não acredito que você me trouxe em um rodízio de pizza. Hahahaha, Madara você está sempre me surpreendendo. — Sakura diz as gargalhadas.

— Aí, eu achei sua cara. — O demônio ri também. — Se quiser ir a outro lugar... Não tem problema. — Sugeriu.

— Claro que não. Vamos entrar logo.

   Madara havia reservado uma mesa a dois na área aberta do restaurante, estava um clima bastante agradável. Os garçons começaram a se aproximar da mesa com as diversas opções de pizza, Sakura estava aceitando todas, queria experimentar de tudo.

— Não vou ficar surpresa se eu sair daqui com uns cinco quilos a mais.

— Você não engorda de pura maldade.

— Você que o diga né. Eu só te conheço comendo. — Ela respondeu com a boca cheia.

— E eu só te conheço comendo de boca cheia, porquinha. — Madara dá um leve peteleco na testa da rosada.

   De repente começa a chover do nada, uma chuva muito forte, que acabou molhando o casal que estava na área aberta.

— Felicidade de pobre dura pouco né. Nem pude experimentar a minha pizza de strogonoff. — Sakura bufa.

   Passou alguns minutos e a chuva foi se passando, eles então resolveram ir embora. Madara sugeriu ir a outro lugar com Sakura que resistiu um pouco, mas acabou sedendo.
Eles foram até uma pracinha que havia próxima ao restaurante, lá havia um riacho cheio de peixes. Madara comprou duas pipocas e se sentou na beira do riacho e começou alimentar os peixes.

— Isso não é proibido? — Sakura questiona com a sobrancelha arqueada.

— Se for, não estou nem aí. Olha como eles ficam felizes quando a gente alimenta eles. — Madara encara Sakura. — Senta aqui.

   A rosada se sentou ao lado do demônio, apoiou sua cabeça em seus ombros e começou a alimentar os peixes junto com ele. Ambos estavam em silêncio, mas era aquele silêncio bom, o silêncio de estamos juntos e é isso que importa. Sakura sorria boba pra si mesma, vivenciando esse momento que muitos diriam que só acontecem em filmes, ela vira o rosto de Madara em sua direção e o beija.

   Durante o beijo, o celular de Sakura começa a tocar, de princípio ela ignora, mas as ligações se tornam mais constantes.

— Atende logo esse telefone pirulito. Vê quem é.

— Deixe me ver... É do hospital. — Sakura retorna.

   "Sakura, emergência com um de seus pacientes, por favor compareça ao hospital o mais rápido possível"

— Madara, desculpa mas tenho que ir.

— O que aconteceu? — O demônio se levantando.

— Emergência no hospital. Tenho que ir para lá agora.

— Quer que eu te leve?

— Vai me levar como? Voando? Hahaha.

— Tecnicamente, sim.

— Oi? Você só pode estar brincando com a minha cara.

— É sério big big. Você quer chegar no hospital, sim ou não?

— Sim... — Sakura responde meio receosa.

   De repente, grandes asas negras e deslumbrantes aparecem nas costas de Madara, Sakura as admira porém estava assustada, sua ficha de que Madara realmente era um demônio caiu. Sem deixar que ela diga qualquer coisa, ele a pega no colo e levanta vôo. Em instantes eles chegam em uma esquina antes do hospital.
Sakura fica sem reação, se despede brevemente e corre até o hospital.

   Chegando lá, procurou saber sobre seus pacientes, o paciente em estado urgente era Konohamaru, ela nem esperou a enfermeira terminar de falar e foi correndo até o quarto do garoto.

   Ao chegar no quarto de Konohamaru, não o encontra, ela então resolve procurar Neji, para que ele a informe de algo.

   Andando pelo hospital, ela esparra com quem procurava, Neji havia saído de uma sala de cirurgia com uma feição triste.

— Doutor Hyuuga, onde está Konohamaru? Fui ao quarto dele e não encontrei o garoto.

— Doutora Haruno, Konohamaru sofreu um AVC hemorrágico, fizemos a tomografia para comprovar o AVC, e o levamos para a sala de cirurgia para a retirada do sangue dentro do cérebro. Como você bem sabe, ele havia acabado de sair de uma grande cirurgia, houve complicações nessa e ele infelizmente não resistiu.

— Mas ele estava bem de manhã... Ele estava bem.

— Ele foi um grande paciente nosso, um pequeno grande guerreiro, mas isso acontece e é nosso trabalho superar essas perdas e seguirmos em frente, por favor, precisamos informar a família.

   Sakura e Neji foram informar a avó do garoto, que estava sentada tranquila lendo. Ao receber a notícia, seu livro cai ao chão e ela cai aos prantos.
   Sakura se manteve firme, mas quase não aguentou ao ver aquela senhora que havia perdido a filha há poucos dias, perder o neto.

   A rosada volta a sua casa, já era bem tarde da noite, enquanto caminhava tranquilamente até seu prédio, alguém prende sua boca com a mão e a puxa para o beco entre o prédio de Sakura e o prédio vizinho, o rapaz loiro de olhos azuis a vira para ele, ela tinha a breve impressão de que já conhecia aqueles olhos.

— Olá mundana, sentiu saudades? — Ele diz sorrindo. — Vim aqui dizer, que meu chefe quer uma resposta sua. Ele pediu para não demorar.

   O rapaz a solta e some misteriosamente, deixando a rosada ali naquele beco assustada. A noite era pra ter sido perfeita, mas imprevistos sempre acontecem.

My Demon Onde histórias criam vida. Descubra agora