IX:

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"Kendra"

Abri meus olhos com dificuldade e notei que as cortinas do quarto aínda se encontravam fechadas e me perguntei como aqui vim parar sendo que adormeci na sala. Então abri as mesmas e vi que aínda estava de noite porém parecia que havia dormido durante uma eternidade e só então finalmente acordei. Minha cabeça aínda tentava colocar tudo no lugar devido ao sono que se afastava aos poucos de mim e voltei a me sentar e bebi um copo de água que alí tinha e fiquei olhando o nada e tentando puxar o que teria acontecido já que estou com as roupas trocadas e até banho sinto que fui dada. 

- Kendra!_sua voz sai autoritária me fazendo virar para sua direção automaticamente.

-..._minha resposta foi um olhar amedrontado pois ele estava com os olhos negros mas o pior era a espécie de arma que ele trazia em sua mão.

- Precisamos conversar_ele diz se aproximando e com um tom serio. Mostrando seu corpo bastante musculoso e suas veias pulsarem de raiva ele se senta em uma cadeira de frente para mim. - Você quer saber quanto tempo esteve adormecida nessa cama?_ele pergunta com um tom nervoso me fazendo querer tirar lágrimas

- Sim_meu "sim" sai num sussurro

- Dois dias. Esteve impregnada nessa cama durante dois maledettos dias_ele eleva o tom de sua voz na última parte e a primeira lágrima cai pois não sei qual é a culpa que tenho nisso tudo. Minha cabeça está confusa

- Então porquê está berrando para mim?_pergunto tentando entender

- Devido a sua negligência chorona!_ela diz se ajoelhando para mim e segurando meu rosto

- Então agora a culpa é minha de ter ficado esse tempo inconsciente? Eu não entendo onde está a minha culpa nisso tudo_o enfrento com toda a dor e medo que sinto

- Porque você confia muito fácil mas pessoas. Nicola te drogou. Eu não sei como nem porquê mas o imbecil te drogou e por você estar sobre o efeito dos analgésicos que está tomando isso lhe caiu muito mal_ele berra para mim como se fosse meu pai e minhas lágrimas caem aínda mais

- Mas ele só estava sendo simpático. Ele não faria isso...

- Você não sabe de nada chorona_ele diz me cortando e se levanta me olhando com uma cara sarcástica me fazendo sentir a mais tola e ingênua do mundo.

- Então me diga para que eu possa saber!_exalto minha voz o fazendo me encarar raivoso e incrédulo - Eu vivo trancafiada nesse lugar sem saber qual será o meu fim

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- Então me diga para que eu possa saber!_exalto minha voz o fazendo me encarar raivoso e incrédulo - Eu vivo trancafiada nesse lugar sem saber qual será o meu fim. É claro que eu não sei de nada!

- Baixe seu tom de voz_ele diz cerrando os dentes mas não me calo

- Não me importa o que irá fazer mas o único que quero são respostas_exigo a ele que respira fundo como se procurasse por paciência

- Não me provoque chorona_ele diz olhando para mim enervado e eu bufo frustrada me voltando a sentar na cama quando sou puxada bruscamente por ele através de meus braços sinto uma dor suportável invadir minhas nadegas e elas ardem em seguida. Sua mão dá outro tapa ao me ouvir soltar um grito.

OmertàOnde histórias criam vida. Descubra agora