X

322 44 6
                                    




Estou terminando de arrumar as malas assim como o capeta ordenou e já vestida aguardo ele vir destrancar a porta do quarto para que eu tome o café da manhã não sei se lá em baixo ou aqui mesmo no quarto. E logo que escuto o som da maçaneta girar me viro para ver quem é e vejo que é Belinda entrar. Ela vem com roupas normais e não com o uniforme de sempre. Ela está linda e sorri para mim.

- Bom dia senhorita_ela diz sorrindo e sorriu de volta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


- Bom dia senhorita_ela diz sorrindo e sorriu de volta

- Bom dia Belinda. Você está linda. Para onde vai?_pergunto curiosa

- Ahh obrigada. O patrão me chamou para ajudar com as mudanças. Pelo menos a parte da cozinha de o que deve ficar ou não_ela diz chegando mais perto e nota minhas malas

- Então você vai também_digo feliz por saber que ao menos não me faltará a sua companhia

- Sim. Posso ajudá-la com as malas se quiser

- Não precisa. Eu prefiro ficar aqui até que o italiano perigoso venha me chamar_digo desviando o olhar

- Italiano perigoso?_ela pergunta estranhando

- É. O seu patrão_a faço perceber

- Ahh tá_ela diz e começa a gargalhar em seguida

- Qual é a graça?

- Nada não_ela diz me olhando de forma estranha e eu reviro os olhos. Porém me lembro de algo que preciso saber e Belinda é única que pode me contar.

- Belinda. Lembra da última vez que falamos e você prometeu me contar sobre o Nicola?_pergunto e noto ela ficar tensa

- Lembro sim_ela diz desviando o olhar

- Então. Eu estou a espera Belinda. Eu preciso saber com que tipo de pessoas eu estou_digo a tentando convencer mas ela se mantém calada - O italiano perigoso me disse que o Nicola me drogou a dias. Eu não sei se você soube disso mas eu fiquei dois dias inconsciente Belinda.

- O quê?_ela diz vindo se sentar ao meu lado - Eu não soube não. O patrão me deu folga nesses dois dias. Talvez foi por isso.

- Talvez

- Mas eu não duvido que tenha sido ele_ela diz com o olhar perdido

- Ele quem?

- O Nicola_ela diz cerrando os dentes

- Porquê você diz isso?

- Porque..._justo quando Belinda ia falar e me dar alguma pista por menor que seja para eu começar por descobrir como escapar das mãos desse homem o maldito italiano entra no quarto dando o maior susto a mim e Belinda.

Seus olhos fixaram-se automaticamente nos meus e sua presença passou a comandar o quarto inteiro. Belinda se levantou e ele a fuzilava com os olhos e foi então que ela pediu licença e passou feito um furacão ao lado dele. Ela fechou a porta deixando nós dois a sós. Ele se aproximou calmamente de mim e ao chegar onde eu estava ele afastou um fio de cabelo que cobria parte do meu rosto.

- Do que falava com Belinda?_sua voz sai mais rouca que o normal mas ele me parece calmo

- Ela somente veio me cumprimentar. Ela é uma boa pessoa. A única nesta casa_digo a última parte com ironia mas ele ignora

- Vim buscar você para tomarmos café-da-manhã.

- Tá bem_digo já saíndo e noto seus olhos em cima de mim. Ignoro o mesmo e sigo para a sala de jantar a qual já conhecia.

Ao chegarmos lá nos sentamos e tomamos o pequeno almoço silenciosamente. Mas havia uma pergunta que pairava segundo após segundo na minha cabeça e não pude conter minha língua.

- Parle(fale) logo_ele diz me fazendo olhar para ele. Acho que notou minha inquietação pois não conseguia me manter quieta na cadeira. Procurava as palavras certas para introduzir o assunto mas como elas não me apareciam decidi falar assim mesmo.

- Eu sei que não me comportei bem desde que cheguei aqui e talvez não tenha o direito de exigir nada mas a única coisa que eu peço é que você me diga o que fizeram com o meu pai_digo olhando fixamente para ele que não olha diretamente para mim porém percebo que ele me escuta. Continuei olhando para ele aguardando minha resposta por algum tempo. Muito tempo. Até que ele olhou finalmente para mim me deixando atenta a suas próximas palavras

- Escute bem o que irei dizer para você Kendra pois direi apenas una vez_ele diz e se aproxima mais de mim focando a luz daquele par de olhos azuis nos meus - Non preoccuparti mais com esse homem. Non pergunte mais dele. Nem tão pouco piangere(chore) per ele_ele diz como se meu pai o desse nojo e não entendo porquê. Porém acredito que se ele me deu essa resposta foi porque ele deu um fim no meu pai. Meu paizinho. Minhas lágrimas caíram automaticamente e baixei o rosto.

- Non merita le tue lacrime, piccola./Ele não merece as suas lágrimas, pequena_ele diz levantando meu rosto. O encaro incrédula.

Como ele não merece minhas lágrimas? Se ele é meu pai. A única família que tenho desde que me conheço por gente praticamente. Apesar de tudo me dói saber que a este momento seu corpo possa estar sem vida e abandonado em qualquer lugar. Minha vontade é de cospir todas as palavras que tenho guardadas dentro de mim no momento. Mas me limito a levantar da mesa e subir de volta até o quarto.

Fiquei por lá durante algumas horas até que fui chamada por um dos homens que estavam com o italiano perigoso no dia em que fui tirada da minha casa a força. Ele disse que eu deveria descer com ele até o carro no qual eu iria junto com Belinda e eu obedeci. Ele ficou por levar minhas malas e em seguida entrou no carro com outro homem. No carro a nossa frente vi o italiano perigoso entrar com mais alguns homens e depois disso saímos da casa.

[...]

Durante o caminho Belinda tentava trocar conversa comigo mas eu simplesmente estava sem ânimo para tal e me mantive calada o caminho todo. Ela compreendeu e se manteve calada também até que chegamos em mais uma mansão em formato de prisão pois a vista da linda casa na qual estámos adentrando agora somente me foi possível ao passarmos do enorme portão e moro que escondiam a casa do lado de fora.

Por estar tão frustrada eu ignorei todo aquele paraíso onde eu estava agora e me limitei a perguntar para uma mulher que me pareceu funcionária da casa, onde ficava meu quarto. Assim que ela respondeu eu me dirigi para o quarto quase me perdendo no local mas achei o quarto tal e qual ela o descreveu. Entrei nele e lá estava ele. O italiano perigoso me olhava de forma diferente das outras vezes pois ele estava serio demais me deixando assim com o ar pesado porém me mantive quieta...

























OmertàOnde histórias criam vida. Descubra agora