Capítulo 10

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CAPÍTULO 10

O barulho estrondoso da música aguçou meu ouvido no primeiro momento em que ouvi a batida. Assim que adentramos aquela imensa casa me forcei a procurar o rosto dos meninos. Riley e Isadora faziam o mesmo, mas, diferente de mim, elas se movimentavam conforme o ritmo. Eu realmente não sei como é que eu deixei eles me convencerem a vir, acho que se eu não os amasse tanto com certeza não estaria aqui. Não curto muito tanto barulho e muito menos uma onda de pessoas praticamente grudadas uma nas outras, é muito pra mim.
- ACHEI! – Isa grita devido ao som alto, suspiro aliviada.
Onde? - Riley pergunta e Isadora aponta para o lugar onde os meninos estavam.
Para não nos perdemos em meio aquela multidão, nos damos à mão e mesmo que empurrando os outros chegamos até eles. Ainda bem! Automaticamente o trio que se encontrava em nossa frente solta um “WOW” enquanto nos olhavam de cima pra baixo e vice – versa.  Admito, fizemos um ótimo trabalho.
- Vocês estão lindas! – Lucas diz enquanto Riley se aproxima dele e os dois dão um selinho, a mesma encosta nele e ele a segura pela cintura.
- Muito lindas! – Farkle reforça também dando um selinho em Isadora.
- Loira, acho que ficaremos de vela hoje, hein! – ele diz.
- Pois é! - concordo com ele e me aproximo.
Todos dão risada.
Seguimos em direção a um lugar mais reservado. Encontramos um sofá e nos acomodamos por lá mesmo. Por um bom tempo ficamos conversando sobre coisas aleatórias até o momento em que eu sinto minha garganta secar e um calor insuportável.
- Tá muito calor aqui, vou dar uma volta e procurar algo para beber, tá? - digo a eles e os mesmos assentem com a cabeça.
Subo até o terraço a procura de uma bebida de preferência bem gelada. Tinha muita gente aqui também, será que essa legião de seres humanos não acaba não?
Curiosa, passo meus olhos por todo o local até que vejo o idiota com quem esbarrei mais cedo hoje, que azar. Ele estava conversando com um garoto moreno alto e duas meninas, o mesmo segurava se não me engano uma cerveja na mão. Tento passar a mais despercebida possível e vou em direção as bebidas.
- Você não tem cara de quem bebe. - uma voz masculina surge atrás de mim enquanto seguro uma cerveja na tentativa de procurar alguma outra bebida. Bufo ao lembrar da voz.
- E nem poderia, ainda tenho 17 anos, sou menor de idade. - digo sem encarar o garoto e com um tom de voz tediosa.
- Então quer dizer que você é novinha? - ele diz.
- Não, não! Eu menti pra você, na verdade tenho 20 anos, sabia? - digo irônica finalmente encarando o garoto de olhos cor de mel. Ele dá risada.
- Você está linda. - ele me olha de cima para baixo. - Tentando agradar alguém? - ele diz galanteador e erguendo uma das sobrancelhas.
- Não me visto para agradar os outros, muito menos homem! Se for pra agradar alguém que seja a mim! - digo me aproximando dele.
- Qual o seu nome, marrentinha? - ele pergunta.
- Não te interessa, mauricinho! - digo e saio andando com um refrigerante na mão.
Antes que eu, de fato, sumisse de lá me viro para trás encarando aquele mauricinho mais uma vez, ele já tinha voltado para seus amigos. Chacoalho a cabeça tentando me livrar de ficar com os olhos presos nele. Maya acorda! Digo a mim mesma.
Depois de mais um tempo, eu e meus amigos voltamos para nossas casas.
Como ficou muito tarde não quis incomodar meus pais e pedimos um táxi.

Volteeei!

Aquele maldito esbarrão em HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora