Capítulo 13

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CAPÍTULO 13

-JOSH NARRANDO-
Vai demorar? - digo impaciente, me acomodando nas cadeiras, já estou acostumado a vir pra cá.
- Não se preocupe, Júnior. - a loirinha diz e logo me encara com desdém. Reviro os olhos.
Essa espera já tava enchendo o saco. O que o diretor tá fazendo lá dentro? Dormindo? Estávamos sob a supervisão do Júnior, o inspetor. Em alguns momentos trocava olhares com a loira ao meu lado, a mesma me encarava com repúdio, entendo o porquê.
- Hunter e Stewart, entrem. - escutamos a voz do diretor vindo direto de sua sala.
Júnior faz menção para entrarmos e assim fazemos.
- Por favor, sentem - se. - ele diz apontando para as cadeiras que estavam na sua frente. - Estou surpreso por você estar aqui, senhorita Hunter. - ele olha para a garota que, de imediato, abaixa a cabeça. - O que aconteceu? - ele pergunta calmo.
Eu e a tal Hunter nos entreolhamos.
- Ele estava brigando com um garoto e não pude deixar isso quieto, senhor. Não sou assim, acabei interferindo e brigamos. - ela engata. Merda!
- Stewart? - o diretor se refere a mim. - Tem algo a nos dizer?
Levanto o olhar.
- Não chame meus pais até porque o senhor sabe que eles nunca aparecem. - o diretor, me encara, e suspira decepcionado.
- Já liguei para seus pais, eles estão a caminho. - o diretor diz.
Droga! Merda! Droga! Quer saber? Eles nem vão aparecer, é sempre assim. O diretor liga e nem sinal de fumaça dos meus queridos pais.
Alguns minutos se passaram e os pais da garota haviam chegado, meus pais? Ótima pergunta.
Os pais da garota já estavam na sala do diretor a um tempo. Estávamos do lado de fora aguardando para ver no que isso iria dar. Quando eles finalmente saem vão em direção a filha.
O diretor vem falar comigo e diz que entrou em um acordo com os pais da menina e qual seria o meu castigo e em seguida ele volta para sua sala.
Me acomodo na cadeira pensando o que faria agora, então direciono o meu olhar para a família que se encontrava na minha frente. Acho que como nunca tive o amor dos meus pais de verdade, fiquei surpreso quando vi o pai da marrenta a abraçando depois do que aconteceu. Tanto o olhar dele como de sua esposa estavam calmos e cheio de amor. Ver o modo como se relacionavam me fez querer ter esse tipo de afeto. Os três conversavam tranquilamente até o momento em que fazem menção de ir embora.
Mas antes de sairem, a mãe da garota se vira pra mim.
- Você precisa de alguma coisa, quer carona querido? - ela me pergunta.
No primeiro momento, hesito e ela vem em minha direção. - Qual o seu nome?
- Josh, senhora. - digo.
- Não precisa me chamar de senhora, vem, vamos te dar uma carona. - aceno com a cabeça e cumprimento seu esposo. Olho para a Hunter que revira os olhos e sai andando na frente, apesar disso dou um pequeno sorriso. Depois de ter armado toda a confusão e ter metido a filha deles no meio, os pais dela ainda se preocuparam comigo.

Aquele maldito esbarrão em HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora