Não gosto de poucas coisas em você, pouquíssimas, não odeio nada, não ousaria, você é bom demais pra mim, talvez odeie isso, quando me dá algo e eu agradeço gentilmente por que é isso que me ensinaram, não quero ser ingrata, não quero que pare, quero que entenda a dívida que sinto ter com você.
-saber o meu lugarQuero sentir a mesma dor que você, tá tudo bem, eu aguento, faça disso uma faca de dois gumes e faça de suas dores as minhas por menos que queira me ver sofrer, você não as merece, é bom demais pra sentir tal dor, isso pra mim já é costume, chorarei sozinha pensando em como chorou sozinho enquanto podíamos sofrer juntos.
-empatiaEntendo suas vontades, pois quando me vejo no meu eu mais vazia, imploro de joelhos pra que me preencha, seja com seu carinho, seja com seu corpo.
-toqueÉ injusto como só queria chorar em seus braços, mas me arranca sorrisos, e esqueço que queria chorar.
-sentir-se bemQueria me me dissesse coisas que só eu diria á mim mesma.
-uma história de egoísmoVi um universo de estrelas em seus olhos castanhos.
-constelaçõesAgradeço pelo seu abraço, que permaneceu em mim quando esteve longe e tudo era saudade.
-faltaMe prometeu que não acabaríamos assim.
-dívidasNo começo do que talvez fosse o fim, tu era bom, me dizia o que quero ouvir mesmo se não quisesse falar, os agrados que me faziam sorrir infelizmente, fariam falta.
-saudade do inícioVocê me queria menor, mais fraca, mais sua, e então, me quis assim também.
-posseFoi duro demais com a pessoa que não lembrava como era o toque, então eu voltava acanhada após cada investida carinhosa sem reposta, e desabava, pois no fim o problema seria eu.
-se culpePrecisa aprender a parar de dizer que ama cada detalhe em mim, não precisa amar, Afrodite não me fez sua imagem e semelhança como seu Deus te fez, precisa dizer como ama minhas falhas e meu vazio, que meus defeitos te prendem à mim.
-elogios vaziosNunca vou dizer que não é o bastante, ou que ela seria o mais que me falta, no fundo sabe disso, mas brincamos de esconder nossos sentimentos à tempos, nunca houve necessidade de parar.
-esconder-seQuando me tocar, não sentia nada, então iria brincar de atriz e fingir meu agrado, para ter o seu, e então, sentiria saudade, daquele falso prazer, por mesmo falso, ser tudo que eu poderia sentir.
-mentiraDizer que me elogia, não me faz sentir mais elogiada, reclamar quando reclamo e então reclamar das minhas desculpas, não me faz sentir mais desculpada.
-precisava de maisEu sei que tenta, mas não te vejo tentar.
e quando finalmente chegou o fim, o céu se abriu, o sol rolou pela grama e me disse que eu finalmente estava em paz.
-o novo começovocê ainda me agradeceria por ter colocado um ponto final naquilo que nunca concluía.
na nossa última conversa, parecia tão bem, enquanto eu estava em prantos, e ainda me diz que superei, queria pedir que repetisse, agora, olhando em meus olhos.
-verdadee finalmente, minha vida não era sobre você, não precisaria me travestir do que queria, e enfim, seria eu.
-fim.você disse que abriria mão de seus sonhos por mim, mas eu não viveria meu pior pesadelo por você, ou por ninguém.
-lembranças
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desculpe-me, fico sentimental quando escrevo.
Poetrypequenos poemas, cantos e desencantos em contos, seguidos da desilusão da vida. Inspirado pelos livros de Rupi Kaur, desculpe-me, fico sentimental quando escrevo.