A rotina costumeira foi incomum há dois dias precedendo a visita ao Olimpo, Bastet já não acompanhou Malu em todas suas atividade, se recolhendo em seu templo com uma dúvida que a perturbava. Mesmo tentando ser sentir indiferente uma parcela dominante dela queria esclarecer aquela história.
Hades havia mandado Bai She Zhuan observar alguém do seu interesse, aparentava que as coisas não iam conforme o esperado e ele queria inspecionar de perto. Bastet lembrava com nitidez a informação que a cobra branca forneceu.
Parece que ocorre uma traição.
Quem o trairia em sã consciência? Ponderou a deusa. Logo a resposta chegou em choque.
— Azila — chamou a serva, que com precisão chegou ao quarto.
— Senhora..
— Diga-me se descobrisse que seu marido anda traindo você, o que faria ?
A serva ficou confusa com a pergunta inusitada, mas não tardou em responder.
— Eu não tenho marido, senhora — falou sendo sincera, muitos dos servos de Bastet não possuian familiares vivos.
— Tenho ciência disso — a deusa assentiu entediada. — Por isso suponhamos que caso tivesse o que faria.
— Ficaria muito magoada — ela respondeu pensativa, para um garota de apenas 20 anos, Azila não tinha tanta experiência.
— Algo mais? — a deusa instigou, fitando a garota.
— Talvez… eu começaria uma briga.
Bastet bateu palmas, exatamente a conclusão que que buscava afinal quem manteria a calma diante de uma traição? Muitos poucos talvez, mas Hades ela sabia que não seria impassível, não quando sua amada Perséfone o havia traído.
Se jogando sobre a cama macia ela encarou o teto ponderando o que faria com aquela informação, já tinha ouvido sobre algumas supostas traições da deusa da primavera. Segundo rumores Perséfone tinha um apreço por mortais e dessa vez talvez não fosse diferente.
— Há algo de errado senhora? —inquiriu Azila.
— Nada que possa nos afetar — a deusa garantiu resfolegada. — Pode voltar.
O resto do dia ela aproveitou para estudar detalhadamente sobre os gregos, de certo que está em território desconhecido e sem nenhuma informação não era vantajoso. Os papéis revirados cobriam a cama, a deusa constatou que olimpianos possuiam uma casta relações entre eles.
Atena despertou curiosidade na felina. Segundo o que ela tinha lido e ouvido foi a deusa da sabedoria que por ciúmes amaldiçoou medusa, enquanto mulheres eram punidas homens saiam ilesos. Revirou os olhos em indignação, que tipo de sabedoria era aquela onde Atena foi levada por ciúmes e não razão? Aparentou que todos eram suscetíveis ao amor, mas não reduziu a revolta.
O cheiro foi sentido antes dele cruzar as finas cortinas, com o corpo musculoso exposto Anúbis parou diante dela, puxando um dos papéis, a deusa tomou novamente de forma abrupta. Não se esqueceu da noite do jantar, Anúbis jogaria ela a covas para se manter isento.
— O cheiro dela está impregnado em você — ela disse com aspereza.
O deus deu de ombros e sentou lado dela, a pose soberana nunca relaxada.
— Se algo acontecer eu protegerei eles — garantiu se referindo a família de Malu.
— Você disse que eles eram perda de tempo — ela retrucou, Anúbis não sentia tanta afeição pelos mortais.
— E são, porém é um favor que devo a você — ele explicou, pegou o papiro examinando as escrituras.
— Pelo o quê? — ela indagou imprecisa.
— Por tudo — disse, divagando por explicações que faziam sentido apenas na sua cabeça.
Não deixou de notar o tom nostálgico dele, havia algo mais que não falava. No entanto, se Anúbis oferecia ajuda era mais que bem vinda.
— Me lembre que faze-lo dever mais favores — Ela sorriu.
Capítulo muito pequeno mesmo, eu sei, mas foi preciso.
No próximo tenho uma surpresinhaa pra vcs 😌
Esperem até lá.
By Illy
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Bastet: Entre Deuses [LIVRO 1]
FantasyOs deuses sempre foram indiferentes entre si, gregos, egípcios e indígenas. Todos possuiam seu orgulho intocável, mas nada que a intervenção de humanos para submetê-los a um encontro. Mas, toda causa tem uma consequência, ações sem meditar pode lev...