O Maior erro da minha vida

Capítulo 11

Para sua liberdade literária.

And I don't if you don't want me

I'm yours right now

I put a spell on you

* * *

2 semanas.

14 dias.

336 horas.

  Rick Jenkins havia pulado minha janela naquela noite e eu não o vejo há duas semanas inteiras. Rick não apareceu na faculdade e se tiver aparecido, eu não o vi.

Onde você se meteu ?

  Mando mensagem pela segunda vez e ele não visualiza.

— Rachel ? — Chamei assim que a vi cruzar o corredor perto do refeitório.

— Aly...

— Você tem visto o Rick ? — Tentei não parecer desesperada. Perguntei com calma e ela deu de ombros.

— Ele deve ter viajado. — Rachel responde abrindo a a bolsa logo em seguida. — Rick viaja muito. Ano passado, ele viajou por dois meses e não me avisou!

Dois meses ?!

— Vou falar com a minha mãe. Ele poder ligado para ela. — Rachel pegou o celular e começou a discar. — Mamãe mora na França. — Ela explicou rapidamente.

— E o seu pai ?

— Ele morreu há quatro anos. — Rachel suspira rapidamente e depois volta ase concentrar no celular. — Mãe? Eu to bem, mãe. — Ela sorri com algo que a mãe falou. — Mãe, você falou com o Rick nos últimas dias? Eu sei, mãe... Qualquer coisa, me avisa. Eu amo você também.

- Então ? - Eu perguntei já roendo as unhas.

    Eu estava agindo como uma fanática, uma louca desvairada que não conseguia parar de pensar no olhar distante e sem expressão no rosto de Rick quando eu perguntei sobre Matías. O que eu mais temias era verdade. Era real. Eu só sou covarde demais para querer ouvir as palavras saindo da sua boca.

Eu matei aquele cara, Alyssa.

Rick falaria isso e eu iria desabar.

Eu sou um assassino, Alyssa.

E se tudo isso for a minha imaginação fértil criando um história mirabolante para que eu não me preocupe com o que realmente preciso lidar ?

Minha mãe.

  Respiro fundo e deixo aqueles pensamentos o mais enterrado possível dentro da minha mente.

— Desculpe, Aly, mas ela não sabe do Rick. — Ela devolve o celular de qualquer jeito para a bolsa. — Quer um conselho ? Meu irmão sabe bem o que faz. Ele tá bem. Ele sempre tá bem. — Ela me dá um sorriso fraco e sai em direção ao corredor leste.

Rachel tinha razão nisso. Quem era eu para estar tão enlouquecida em saber o paradeiro de um cara que me beijou uma ou duas vezes?! Eu não era nada além de um passatempo divertido para ele, do mesmo jeito que ele era para mim.

Eu acho.

Minha intenção desde o início era ser mais como o Gabe havia me pedido, abandonar os traumas e os surtos e me dedicar a ser o mais " normal " possível, mas eu não conseguia parar de pensar naquele olhar.