OITO

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MIA COLLINS 

A casa tinha cores ternas, um balanço no pequeno pátio da frente, as paredes de cor pastel, o local dava a sensação de ternura. 

Arthur bate na porta, ele tinha um sorriso pleno, na noite passada ele tinha me dito que iriámos a santa Mônica.

Pelo que me foi falado eu conheceria alguém que para ele era: "Um sábio amoroso."

Me acostumo cada vez a não tentar prever as ações dele, primeiro conheci os pais, agora poderia ser uma parente também?

Uma senhora abre a porta, ela aparenta ter oitenta anos ou mais, ela tem um sorriso radiante ao abraçar Arthur.

— Turco? Que honra, se visitada por um dos meus poetas preferidos, quem é a menina? Carmesim? — A senhora diz me fitando, carmesin? Por causa do cabelo? 

Arthur rir, não nego era uma risada gostosa, era como um sopro de uma brisa de outono. 

Mesmo sem autorização, meus lábios se abriram em um sorriso, ele parecia a encarnação fiel de Eros, porém, brilhava como Apolo.

Desde quando penso em comparações poéticas? Essas que estão fadadas á fantasia, eu? alguém que sempre defendeu o racional, mas jamais o emocional. Ignoro minhas contradições, e observo melhor a senhora.

Ela tem um cabelo castanho escuro em um coque lateral elegante, fios brancos sem muito destaque, uma pele cor caramelo, olhos brigando entre verde e castanho, um rosto em formato de morango, um corpo robusto, mas que não mudava em nada sua beleza. 

— Se chama Mia, foi sobre ela que falei ao telefone, lembra? — Ele fala, enquanto entramos. — Mia, essa é Rossy, a mulher que me inspirou a amar a literatura.

A senhora senta na poltrona, pegando tabaco enrolando em papel. 

— A moça que diz não acreditar no amor? — Ela me olha sem descrição. — Pensei que seria feia. 

Não me importo, não brigaria com uma senhorinha, mesmo que ela seja antipática. 

Arthur me puxa para o sofá em frente a poltrona, a decoração era toda Florinda, mesmo a mulher vestia roupas claras, delicadas. 

— Não digo, sei que não existe. — Digo autoritária. 

Ela abre um sorrisinho pretensioso, onde vi isso? 

Olho irritada para Arthur, me pergunto se essa é, sua mentora de arrogância. 

— Se tem tanta certeza, por que fazer uma aposta? Sabe carmesim, penso que isso é para provar algo a si mesma, pois não? — Ela diz fumando, ela tinha uma maneira elegante de fazê-lo. 

Arthur me olha pelo canto de olho, como se me indaga-se.

— Se fosse esse o caso, por que não abraçar a oportunidade? Para de ter certeza que esse sentimento é vago. — Digo, me forçando um sorriso.

O clima se torna tenso, Rossy me olha com estranheza, Arthur percebendo a mudança, começar a falar.

— Querida Rossy, lembra sobre o que conversamos? Pode contar a ela sua história, como vez comigo?

O que de fantástico ela poderia ter para dizer? Deixo um sorriso sindico transparecer. É fascinante como o fato dele acreditar que pode me convencer me diverte.

— Vou tirar esse sorriso do seu rosto, só para isso vou contar minha romântica, admito que até mesmo clichê, história de amor. — Os olhos dela tem um brilho, sua voz está suave, parece entregue a um outro mundo.

O Que é o Amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora