Capítulo 29

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Eu o encarava com um brilho no olhar, eu podia sentir o meu sangue correr fervente pelas minhas veias e a adrenalina percorrer o meu corpo, eu me sentia totalmente elétrica.

Ele se pôs em posição de ataque e eu fiz o mesmo, seu corpo se moveu como um raio até as minhas costas, mas eu fui rápida e revidei com uma cotovelada seguida de um soco que acertou em cheio seu rosto.

Ele cambaleou para trás com um sorriso coberto por sangue, se firmou e voltou a me encarar agora sério.

- Você vai pagar por isso! - ele disse vindo em minha direção com um soco em direção ao meu estômago, que seria péssimo para mim se eu não tivesse segurado seu punho e o torcendo, consequentemente quebrando o seu braço.

Ele urrou de dor e em um movimento rápido me deu uma rasteira me derrubando, mas de última hora segurei seus dois braços levantando minhas pernas no ar as usando como uma espécie tesoura em seu pescoço,  pressionei a região e dei um impulso que o fez cair no chão.

Subi em cima do mesmo dando uma série de socos e cotoveladas, eu deixaria o rosto dele pior do que ele deixou o de meu anjo, ele iria receber o dobro!

Rolamos no chão trocando socos de todos os ângulos, jogávamos um ao outro no chão, nas paredes resultando em grandes buracos, foi quando dei um soco em cheio o acertando no estômago que o fez cuspir sangue.

- Espero que a surra tenha servido. - eu disse agradecendo mentalmente por não sentir pena.

Ele se levantou com dificuldade cuspindo o resto de sangue e voltou a me encarar, ele estava sorrindo para mim e logo soltou uma gargalhada que ecoou por toda a sala.

- É assim que eu gosto, você está bem forte. - ele disse. - Agora me mate.

Parei por um instante o encarando, ele me olhava de uma forma estranha, como se tivesse vencido a luta, tinha alguma coisa errada...

- Você parece muito feliz para quem vai morrer em instantes... - eu disse estreitando os olhos e ele riu. - O que você está tramando?

Foi quando a pulseira que Edgar me deu vibrou e sua voz ecoou em minha mente:

- Lauren! Pare a luta agora mesmo! está machucando Wendy!

- O quê?! Não pode ser! - pensei de volta.

- Junto ao sonífero estava uma substância estranha e muito discreta, essa substância ligou o corpo dos dois! Se ele morrer Wendy morre também!

- Então o que eu faço? - perguntei sentindo meu coração se apertar só de imaginar como Wendy estava agora.

- Volte para casa depressa! Wendy está muito ferida e somente você pode curá-la, na verdade não sei se vai dar tempo.

Meu coração gelou.

- E se eu curar o maníaco repugnante? - perguntei.

- Pela forma como conheço esse tipo de substância, não irá funcionar. - respondeu.

- Estou a caminho. - eu disse e a voz de Ed silenciou.

Me voltei para aquele maldito a minha frente o encarando com puro ódio, mas infelizmente eu não poderia tocar nele. O mais importante agora era voltar para casa e curar Wendy, aliás Willian estava a salvo.

- Essa barreira é inquebrável e foi feita para reconhecer seu rosto e não permitir sua passagem, teria de ser uma força da natureza para quebra-la coisa que aqui não há. - ele riu.

Corri até a porta onde havia a barreira transparente dando um soco forte e realmente era impossível derrubar, mas por um milagre minhas borboletas apareceram ultrapassando a barreira.

Renascida - Origens Onde histórias criam vida. Descubra agora