Não sei se deixei claro nas explicações, creio que não, mas Marceline é intersexual, se não gostar desse tipo de conteúdo, sugiro que não leia.
Marceline on:
As coisas com Bonnie estavam boas, de maneira estranha, mas boas.
Bonnie e eu trocávamos selinhos vez ou outra, estávamos próximas, e Bonnie mesmo tímida e corando quase sempre, parecia confortável perto de mim.
Nesse exato momento estávamos indo fazer compras em um shopping, estava próximo do natal, e Bonnie estava insistindo durante a manhã inteira para irmos comprar enfeites novos. Bonnibel me tinha na palma de sua mão.
"Podemos tomar sorvete?!" Pediu, neguei com a cabeça.
"Vamos comer algo antes, depois podemos tomar sorvete, okay?" Falei, olhando brevemente para ela.
A mesma fez um biquinho adorável e apoiou o queixo na mão, olhando pela janela, concordando.
Estacionei o carro dentro do estacionamento e desci, dando a volta e abrindo a porta para Bonnie, lhe oferecendo minha mão como apoio, ela desceu e eu ativei o alarme do carro, indo em direção ao elevador para irmos ao primeiro andar.
[...]
"Agora podemos tomar sorvete?!" Perguntou Bonnie, tínhamos acabado de sair de um restaurante.
"Sim, podemos." Sorri, vendo ela dar pulinhos, Bonnie andava do meu lado, segurando meu mindinho com toda sua pequena mão.
Andamos até uma sorveteria, e Bonnie pediu uma casquinha com sorvete de flocos.
"Não vai querer?" Perguntou confusa quando me viu pagar sem fazer um pedido para mim mesma.
"Não." Neguei, guardando minha carteira no bolso da frente da minha calça social.
Ela segurou meu mindinho novamente e voltamos a andar, indo procurar os enfeites de natal.
Entramos em uma das lojas e Bonnie se encantou com luzes coloridas para decorar a grande árvore real que estava no canto da sala de estar.
Peguei as luzes da mão dela e coloquei no carrinho, alguns enfeites e uma grande estrela prata brilhante.
Por um segundo me distraí vendo Bonnibel passar a língua pelo seu sorvete. Que Deus perdoe meus pensamentos sujos.
Desviei o olhar, procurando por mais enfeites, evitando uma possível ereção. Eu não deveria ter esse tipo de pensamento.
"Vamos?" Perguntei olhando de relance para Bonnie, que olhava mais alguns enfeites.
"Uhum!" Ela concordou.
Fomos até o caixa e eu paguei, guardando a carteira e pegando as várias sacolas.
Bonnibel me acompanhou até o carro, o seu sorvete já tinha acabado, graças a Deus.
Abri a porta para ela, que entrou e colocou o cinto, deixei as sacolas no banco de trás e assumi meu lugar no volante, indo para casa com um pequeno anjo adormecido do meu lado.
[...]
Bonnibel on:
Acordei sentindo meu corpo balançar de leve e vi que estava nos braços de Marcy, estilo noiva, ela não percebeu que eu havia acordado, e eu observei bem os traços bem esculpidos da mulher que me segurava nos braços.
Seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo alto, meio desleixado, sua social estava com os dois primeiros botões abertos, o maxilar marcado, a boca fina e rosada, o nariz perfeito, os olhos em um vermelho difícil de definir, cílios longos e sobrancelhas feitas, sem um pingo de maquiagem no rosto.
Quem tivesse Marceline seria uma pessoa de sorte, ela é a mais bela obra que já vi.
"Tenho passe livre pra marcar seus traços também?" Ouvi sua voz em um tom divertido, e eu corei, minhas bochechas estavam quentes como o inferno.
Não respondi ela e escondi meu rosto na curva do seu pescoço. Droga! Como eu iria olhar para ela novamente sem lembrar desse momento constrangedor?!
Ela riu e eu fechei os olhos com força, prendendo o ar nos pulmões durante alguns segundos.
Meu corpo foi deixado no sofá e as sacolas de compras no chão, vi Marceline praticamente se jogar no sofá, respirando pela boca com um suspiro.
"Acho que preciso dormir um pouco..." ouvi ela dizer, eu encarava o teto, deitada no sofá.
"Teve uma noite de sono ruim?" Perguntei, finalmente vendo seu rosto cansado.
"Não dormi muito bem..." falou, respirando fundo, soltando o ar ruidosamente. "Estou com um pressentimento ruim." Marceline parecia preocupada.
Ela me olhou e eu continuei calada.
Senti sua mão agarrar meu tornozelo e meu corpo foi puxado para baixo com força, me fazendo tirar a cabeça do braço do sofá. Olhei para a morena confusa, tentando entender o motivo daquilo, mas não tive tempo para perguntar nada.
Seu corpo estava entre minhas pernas, a cabeça deitada no meu peito, os braços envolta da minha cintura, seus olhos fechados e o corpo relaxado.
"Seu coração está acelerado." Comentou.
"Não esperava por isso." Respondi, me permitindo tocar nos seus cabelos.
"Posso soltar seu cabelo?" Pedi, e ela confirmou com a cabeça.
Soltei os fios com cuidado, deixando o amarrador no meu pulso, e afundei os dedos em seus cabelos sedosos, fazendo um leve cafuné na sua cabeça.
"Fazia tempo que eu não sentia isso." Falou ela, e eu juntei as sobrancelhas.
"O que?!"
"Meu coração quente." Falou, e eu sorri, deixando minha mão livre repousar em suas costas.
"Obrigada." Ela sussurrou, tão baixo que eu quase não pude ouvir. "Obrigada por me fazer bem, por me fazer a pessoa mais feliz do mundo. Quem tem você tem sorte, Senhorita Bonnibel." Disse, me olhando.
"Você me tem..." Deixei as palavras escaparem, e corei quando seus olhos me analisaram com intensidade.
"Então eu sou uma pessoa de muita sorte." Disse, a voz baixa, e talvez sedutora.
O que estava acontecendo?!
Seus braços deixaram de estarem enrolados na minha cintura para ela se apoiar no sofá e controlar o peso do corpo sobre mim, acabando com o pequeno espaço entre nossas bocas.
Marceline me beijava lentamente, mas eu conseguia sentir o desejo que seu corpo emanava, conseguia sentir cada músculo tenso de seu corpo, como se estivesse se segurando, se controlando.
Puxei sua nuca, enrolando os dedos nos seus fios de cabelo, ela ainda estava entre minhas pernas, e eu me sentia quente. Muito quente.
"Marcy." Murmurei ofegante contra sua boca.
"Hm?" Ela respondeu ao chamado, me olhando.
Seus olhos em um vermelho vinho, sua pupila dilatada e sua respiração fora do compasso.
Novamente peço desculpas caso não tenha ficado bom.

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7 RINGS
Fanfiction"As coisas funcionam assim, anjo..." "Eu vejo, eu quero." "Eu gosto, eu compro."