Poesia.

Quem?

Quem você estará beijando agora? Aposto, mil e milhões que está sorrindo após o beijo, seu olhinho está brilhando, as covinhas na sua face estão visíveis, e você passará a mão no cabelo após sorrir. Quem estará agora ouvindo sua voz no ouvido? Escutando suas doces mentiras que adoçam a vida dos tolos. Você vai assistir Chaplin com ela, vai abraçá-la, e ela se sentirá segura. Você vai passar seus dedos entre os cabelos dela, e ela vai estar acolhida. E toda essa sensação de segurança que ela está sentindo, vai acabar, quem sabe na sexta a noite, quando você larga-la sozinha, ou no sábado que você vai jurar que o batom na sua camisa é de sua prima, que você encontrou na noite anterior, ela vai acreditar. E você vai se aproveitar disso para manipular ela. E eu estarei aqui, esperando com dicas para superar o verme que você é, e depois dela você fará com outra, depois outra, e assim sucessivamente, até que você encontre alguém que seja como você, ou pior que você. Nos dois casos eu te desejo sorte, porque o amor genuíno você já perdeu incontáveis vezes.