A mentira escondida por trás da máscara

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A polícia chegou rapidamente ao local. Antes que o homem pudesse reagir, já estava enjaulado em uma viatura.

Nove continuava no chão, se escondendo em meu abraço. Ela chorava, desesperada e envergonhada.

Pablo continuava furioso. Pablo, Nove e eu fomos até a delegacia. Demorou um pouco para sermos atendidos. Saímos de lá de madrugada, pois a polícia ouviu nossos depoimentos e conferiu a prova que tínhamos contra esse monstro.

Mais calma, Nove me abraçou e agradeceu pelo meu ato de coragem.

- Se não fosse seu irmão, jamais teria conseguido te salvar. - disse, segurando sua mão.

Pablo veio até nós.

- Vai ficar tudo bem, mana. Esse monstro nunca mais vai nos perturbar.

- Muito obrigada. - disse ela, ainda em lágrimas.

Minha mãe não parava de me ligar, eu sei que ela poderia me dar uma surra, mas atendê-la ao lado de Nove, não era uma boa ideia.

- Quer carona, Fred? - perguntou Pablo.

- Não. Pode deixar que meu táxi já está a caminho.

- Beleza então. Até mais. - disse ele, entrando no carro.

Eu nem sabia que Pablo dirigia.

- Fica bem, amor. Manda mensagem quando chegar.

- Ok, bebê. - beijei Nove e sentei no banco que tinha na frente da delegacia.

Enviaria uma mensagem para ela, caso ainda estivesse vivo, com certeza minha mãe estava furiosa.

Ao chegar em casa, minha mãe estava no sofá, assistindo televisão.

- Mãe?

- Filho de uma quenga, aonde você estava?!!!

Apesar de ter xingado ela mesmo, quem se ferraria era eu.

- Me desculpe, mãe. Deixa eu explicar.

- Espero que você tenha uma boa explicação, pois a cinta vai alisar suas costas.

Respirei fundo e então contei tudo. Minha mãe ficou perplexa. Ela não conseguia acreditar na encrenca que me meti.

- Filho, a vontade é de te bater, por não confiar em mim, mas reconhecendo a gravidade da situação, eu te desculpo... - sorri aliviado. - Quero conhecer essa garota. Já que ela é sua namorada, tenho o direito de conhecê-la.

- Não, mãe. Ainda é muito cedo.

- Nem venha com não. Você mentiu para mim e por isso não direito de escolhas.

- Mas...

- Stefen!!!! Já chega.

Quando ela pensava em ir para o quarto, a interrompi.

- O que foi agora?

- Sabe aquela máscara que estava usando um dia desses?

- O que tem ela?

Mesmo tremendo de medo, confessei.

- Eu menti para essa garota que meu rosto era deformado e toda vez que vou ver ela, uso essa máscara.

- Como é?!! - perguntou, vindo em minha direção como uma onça.

- E até hoje, escondo minha face com medo dela saber que sou um nerd, um idiota que ela desprezava na escola.

- Eu vou te matar!

- Calma, mãe! Por favor! - pedi, levantando os braços sobre minha cabeça, como forma de proteção.

As mensagens que não tive coragem de te enviar.Where stories live. Discover now