Capítulo 2

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👔Lucas Bernard👔

Pense em um menino que você já conviveu e que tem uma personalidade horrível. Pensou? Então, para mim esse é o Alex. Alex Dumbar. Ele era meu inimigo mortal de toda a faculdade. Motivo? Pelo simples fato de eu ter chegado a mesma universidade que ele e, por consequência, não gostar de mim por sei lá qual motivo. Muitos dos meus colegas de sala não o suportam, creio que deve ser inveja de nós ou algo a mais, porém não irei atrás para descobrir. E por pensar no diabo, acabo esbarrando nele no corredor.

— Desculpe. — Falo, sendo cortês, porém ele se incomodou com o fato de acidentalmente ter passado ao lado de sua pessoa.

— Ficou cego e agora fica esbarrando nos outros. - disse, com sua voz e rosto esbravejados.

— Aí Alex, cale sua boca e saia da nossa frente. — Ainda bem que não precisei falar nada. Amber salvadora da pátria!

Alex ignorou completamente o que minha amiga disse e foi logo se afastando com seu grupo de beldades sem personalidades. O que não posso negar é o fato de Alex ser um menino muito bonito, mas suas implicâncias comigo na faculdade me fizeram ter nojo da cara dele. Sento no meu lugar e em minha frente Amber, que se senta já reclamando sobre a apresentação de Alex, se bem que não era só ela que reclamava, e sim a turma toda.

Havia se passado as duas primeiras aulas quando deu o intervalo. Amber esticava-se na cadeira enquanto eu guardava minhas coisas. Retiramo-nos da sala e fomos direto para a cantina pois estávamos morrendo de fome. Pego meu celular e envio uma mensagem para tia Diana avisando que estava na faculdade. Mesmo sabendo que estou aqui, não deixo de avisar, pois nunca se sabe quando um imprevisto pode acontecer. E como de costume, sempre quando vou fazer algo de importante acabo esbarrando nas pessoas sem querer. Peço desculpas a quem eu esbarro e vou me sentar em uma mesa perto de uma árvore. O que mais admiro nessa universidade é a cerca de concreto que envolvia a árvore, pois além de ser um refúgio para os pensamentos de quaisquer pessoas que se sentasse ali, também tinha tomadas para carregar o celular. Como diria tia Diana "Universidade muito à frente de meu tempo"

Pouco tempo depois vejo uma Amber toda agitada com as fichas de comida. Sabíamos que a rotina de todos os dias ir pegar a comida e sentar era complicada, afinal, esse lugar sempre lota quase todo o tempo, mas não ao ponto de Amber estar aflita. Percebo que ela não parava de olhar para os lados, e isso já estava me incomodando. Parecia que estava devendo para um mafioso.

— Vamos, fala logo de uma vez, Mademoiselle — Falo em francês para ela perceber que não estava sozinha, mas não obtive resposta. — O que aconteceu? Você está bem?

— An? Oi amigo, estou sim. — Disse, voltando seu olhar sem graça para mim. — É que estou vendo se avisto uma pessoa.

— E essa pessoa, seria quem? — Pergunto, curioso.

— Uma amiga... — Balbuciou, dando de ombros. De cara, desconfiei da resposta.

— Tudo bem amiga... Vou fingir que acredito. — Vou levantando para ir pegar nossos pedidos. — Já volto.

Vou em direção a fila, que por sinal já estava grande. Afinal, todos ali deveriam estar famintos. De repente, sinto um par de mãos frias tocando e apertando minha cintura, o que me fez virar com tudo dando um susto na pessoa. Para minha decepção, vejo que era Alex, e atrás dele seu grupo. volto para o meu lugar ainda sentindo as encaradas que ele me dava. Aquilo já estava me incomodando pelo simples fato dele estar atrás de mim, nem na sala ficamos tão perto como estamos agora. Alex me dava receio, não por seu porte corporal ser enorme, mas sim por ter um ar intimidador, que por muitas vezes é assustador. Porém, eu sei muito bem colocar pessoas daquele tipo no lugar, ou pelo menos tento.

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