Capítulo 18

889 78 16
                                    

💼Rodrigo Cariston💼

— Porra! — Grito jogando outra cadeira na parede. — Mil vezes porra!

— Filho se acalme. — Disse mamãe o lado de meu pai que me encara sem dizer nada. — Iremos encontrar ele

— Mãe já faz dois dias e não temos nenhuma notícia de Lucas. — Falo sentando na única cadeira que restou do cômodo. — Então não, não tem como se acalmar.

Faz dois dias que ocorreu o casamento de minha irmã mais nova, e a dois dias o meu Lucas foi sequestrado por Miguel. E não tem nada que eu possa fazer para me acalmar, não consigo ter duas noites de sono sem ficar pensando se Lucas está vivo. Não conseguia dormir sem sentir seu cheiro, seu abraço em meu corpo. Durante esses dias eu fiquei encarregado da investigação para encontrar Lucas, Roberto estava e ajudando também junto com a polícia de Detroit. Ordenei que alguns estados que era próximo de Michigan colocassem a foto de Miguel em busca de ser preso, mas se fosse possível colocaria o país inteiro atrás daquele verme.

— Vou me deitar, só me chamem se a polícia ou Roberto estiver aqui. — Vou me retirando deixando meus pais me seguindo com seus olhos.

Subo em direção ao meu quarto ignorando os chamados de meus irmãos que estavam no corredor, a minha alegria de estar lá se foi junto com Lucas. Eu não suportava ficar longe de Lucas, eu tive todo o tempo desde que conheci ele na agência e a única vez que tomo coragem para me declarar para ele, e o mesmo é sequestrado. Não consigo imaginar o que aquele homem pode estar fazendo com o meu anjo, Lucas deve estar com medo. Após entrar em meu quarto fico observando até encontrar a camiseta que Lucas usava no dia do casamento que se mantinha sobre a cama. Pego a camiseta trazendo para mais perto de meu nariz, o aroma de Lucas me calmo, sua essência era divina e ao mesmo tempo relaxante. Deito-me na cama pensando ainda em Lucas, um lagrima escorrega de meus olhos, porém eu tinha que me manter forte para buscar meu pequeno anjo.

Sentir falta dele é como levar um tiro e não ter nenhum estabelecimento da saúde aberto. Sei lá, mas acho que a palavra mais certa é levar uma surra das lembranças, inúmeras e únicas que tenho com você. Nem parece que estou a dois dias desesperado. Cada local deste quarto faz eu sentir seu cheiro, sua presença, mas logo percebo que você não está aqui. Só de ficar pensando, novamente sou tomado pelas minhas lágrimas, isso é a grande falta que você faz ao meu lado, ao lado das pessoas que te amam. Como eu amo!

— Meu pequeno Lucas continue forte que logo eu irei te buscar. — Digo para mim mesmo pousando minha cabeça no travesseiro.

Sinto três pares de mãos encontrarem em meu corpo, me viro assustado e vejo os semblantes caídos dos meus três irmãos. Eles entendiam o silencio, pois não precisava dizer era só olhar a situação que eu estava, gostava do carinho vindo deles, mesmo sendo em momentos difíceis. A união que meus irmãos e eu tínhamos era inexplicável, cada um de nós sentíamos quando ficávamos triste ou incomodado com algo. Sou mais apegado a Adam, enquanto Laura e mais apegada a Elizabeth, mas não deixava Adam e eu de lados. Nossos pais nunca interviram ou perguntaram sobre os motivos de sermos ligados, ao contrário eles faziam questão de ressaltar

"A nossa família além de amor é união, não importa sobre a sua sexualidade e muito menos a sua religião. Estando todos juntos e unidos, nada mudará a nossa felicidade"

— Irmãos, não fique materializando em sua mente sobre a culpa de você ter deixado Lucas ser levado. — Elizabeth quebrou o silencio. — Só ter calma e paciência que você irá encontrar o nosso cunhado.

— Isso mesmo Beth! Pare de ficar chorando pelos cantos escondido da gente e trate de arrumar um jeito de buscar Lucas de volta. — Adam disse pousando seu corpo em cima do meu.

A PropostaOnde histórias criam vida. Descubra agora